sábado, 29 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ VIII ]

Campo de Santa Clara - (2009) Foto de APS - (Dia de "FEIRA DA LADRA" no CAMPO DE SANTA CLARA) in ARQUIVO/APS
Campo de Santa Clara - (2009) Foto de APS (A "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in ARQUIVO/APS

Campo de Santa Clara - (1950) Foto de Eduardo Portugal ("FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in AFML

Campo de Santa Clara - (entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia - (Loja de móveis na "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) - in AFML

Campo de Santa Clara - (Entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia - (Lugar da "FEIRA DA LADRA" in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ VIII ]
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«A FEIRA DA LADRA ( 2 )»
A «FEIRA DA LADRA», na sua existência multissecular, esteve instalada em vários locais da Capital (ao todo treze, que se saiba), e assumiu a feição mais condizente com eles e com a época respectiva.
A sua história é, por isso repositório de dados que, em muito, auxiliam na compreensão da história de LISBOA.
CRONOLOGIA DA FEIRA DA LADRA
  1. - "CHÃO DA FEIRA"- CASTELO DE SÃO JORGE, junto à ALCÁÇOVA(1185-1223).
  2. - Local que os ALVAZÍS de LISBOA achassem ser mais conveniente (Reinados de D. Afonso II e D. Sancho II, com probabilidade de um recuo no tempo.
  3. - Fora da ALCÁÇOVA, no arbítrio do Concelho (por disposição de D. Afonso III, datada de 07.03.1273). Posteriormente a esta Carta Régia e até 1429, ignora-se onde se terá implantado.
  4. - «ROSSIO» ( A partir de 1430 até ao final desse século, nos séculos XVI e XVII e até ao terceiro quartel do século XVIII. Alternada ou simultâneamente funcionou também.
  5. - «RIBEIRA» (Até 30.07.1755, data em que foi proibida).
  6. - «PRAÇA DA ALEGRIA» (Numa situação de facto, desde 1773 até ao Edital de 27.11.1809 que aí foi fixada - alastrava pela «RUA OCIDENTAL DO PASSEIO», até perto do «PALÁCIO DOS DUQUES DO CADAVAL» e «LARGO DO PASSEIO PÚBLICO» que chegou a ser conhecido por «LARGO DA FEIRA». Daqui foi transferida, por edital de 19.02.1823, logo concretizado em 18.03.1823.
  7. - «CAMPO DE SANT'ANA» (Onde se especializou como feira de fato e trapos, só até 10.07.1823.
  8. - «PRAÇA DA ALEGRIA» (Aqui voltou e permaneceu até Abril de 1834).
  9. - «CAMPO DE SANT'ANA» (Tendo a deliberação de 1834 sido suspensa, na sua execução, por motivo de reclamações várias, a transferência apenas se efectuou em virtude do Edital de 27.04.1835).
  10. - «CAMPO DE SANTA CLARA» (Deliberação de 19.12.1881 e Edital de 23.02.1882, inauguração a 04.04.1882.
  11. - «CAMPO DE SANT'ANA» (Devido a novas reclamações de feirantes, regressa a este lugar, poucos dias depois).
  12. - «CAMPO DE SANTA CLARA» (A partir de 01.07.1882 até ao presente, realizando-se às terças-feiras e sábados desde 1903, por força de deliberação de 05.11. desse ano e Edital de 12 do corrente mês).
  13. - «SÃO BENTO» (Aos sábados, entre 1882 e 1903).

Quanto ao objecto da «FEIRA DA LADRA», se algumas vezes foi um mercado com certa especialização, poderá concluir-se com verdade que toda a casta de coisas nela vem sendo transaccionada, desde as mais valiosas até às que preencham finalidades práticas do dia-a-dia. Excepção feita à venda de artigos usados que, por motivos controversos, esteve suspensa por algum tempo, tanto na «RIBEIRA» quanto no «ROSSIO», de acordo com a Postura de 1610, o Assento da vereação de 30.07.1755 e Edital de 26.01.1768.

Actualmente, nesta área de 2748,98 metros quadrados da freguesia de «SÃO VICENTE DE FORA», a feira não sofre qualquer limitação, ressentindo-se apenas do quase total afastamento dos autênticos "ANTIQUÁRIOS" (cuja actividade tanto a favoreceu no passado) por motivo de adaptação a novas formas negociais. Procura a edilidade valorizá-la o mais possível, como inegável ponto turístico e dentro do conceito de cariz medieval de «MERCADO FRANCO DE LISBOA».

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ IX ] - O CONVENTO DE SANTA CLARA»





quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ VII ]

Campo de Santa Clara - (2009) - Foto de APS ( "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in ARQUIVO/APS
Campo de Santa Clara - (2009) - Foto de APS (Um sábado de "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in ARQUIVO/APS

Campo de Santa Clara - (1960) - Foto de Armando Serôdio ( "FEIRA DA LADRA" venda de roupas) in AFML

Campo de Santa Clara - (1950) Foto de Eduardo Portugal ("FEIRA DA LADRA" nos anos cinquenta do século XX, no Campo de Santa Clara) in AFML

Campo de Santa Clara - (entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia (Alfarrabista na "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in AFML

Campo de Santa Clara - (s/d) Fotógrafo não identificado (Panorama sobre o Campo de Santa Clara e Feira da Ladra) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ VII ]
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«A FEIRA DA LADRA (1)»
Muitas são as memórias antigas deste sítio, a título de exemplo, refira-se a antiquíssima «FEIRA DA LADRA», ainda hoje bem palpitante no coração da cidade.
Em 1882, a «FEIRA DA LADRA» mudou-se para o «CAMPO DE SANTA CLARA», ficava então no «CAMPO DE SANTA ANA» hoje «CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA». Tinha passado pelo «CASTELO», «ROSSIO», «PRAÇA DA ALEGRIA DE BAIXO» e veio, finalmente, para este lugar do «CAMPO DE SANTA CLARA».
Sobre o seu nome - (e, como é natural, especialmente acerca do étimo da palavra "ladra" neste contexto) tem-se debruçado os olisipógrafos, sem que as explicações dadas consigam obter o consenso.
Dos vários estudos efectuados é possível extrair algumas teses, quase todas com um mínimo de condições para serem consideradas fidedignas.
Assim: 1)- Tese da localização tida por originária. A feira ter-se-ia realizado próximo do Tejo, na «RIBEIRA DO TEJO», às «PORTAS DO MAR», portanto na praia, na margem (LADA) direita do RIO. Deste modo, «ladra» seria a corruptela de «lada» (de lado) que antigamente significava «beira do rio» ou «margem». Segundo «VIEIRA DA SILVA», esta tese, perfilhada por «PINHO LEAL», «ALBERTO PIMENTEL» e «JÚLIO CASTILHO», parece constituir uma criação do primeiro.
Foi vigorosamente combatida, em vários artigos publicados na imprensa, por «RIBEIRO GUIMARÃES».
- 2)- Tese da transacção característica de objectos velhos e miseráveis. A palavra «LADRA» seria oriunda, de acordo com os corifeus desta tese, de qualquer dos dois termos «LÁZARO» ou «LADRE», cujo significado varia entre miserável (lazarento) e leproso. Cita-se, em abono da asserção, a passagem da «EUFROSINA» do clássico «JORGE FERREIRA DE VASCONCELOS», em que o autor lhe chama «FEIRA DE SANTA LADRE» e aproxima esta designação da utilizada realmente a uma feira que em «PARIS» se realiza "SANT-LADRE", também conhecida por "SAINT-LAZARE" (São Lázaro) (ver mais aqui), "OS HOSPITALEIROS E OS CAVALEIROS DE SÃO LADRE".
Nesta larga controversia, acabou por ser considerada verosímil por «ALBERTO PIMENTEL» e rejeitada por «JÚLIO DE CASTILHO».
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A «FEIRA DA LADRA» foi também conhecida, por «FEIRA DAS ALMAS» (o que, inevitavelmente, em termos de nomenclatura, fez nascer outras teses:
- 1)-«ALMAS», no sentido de peças de couro que reforçam o calçado e se colocam entre a palmilha e a sola que sobrariam em grande quantidade, pelo chão da feira, depois da execução de sapatos e botas pelos sapateiros nela estabelecidos (Cfr. VIEIRA DA SILVA).
- 2)-«ALMAS», na asserção de «almas do outro mundo», pelo aspecto funéreo, quase macabro, que à distância a feira assumia, ao abrir de madrugada, nos seus tempos primitivos, alumiada por velas de sebo (Cfr. "MÁRIO COSTA", «Feiras e outros divertimentos populares em Lisboa» ed. de 1950.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO)«CAMPO DE SANTA CLARA [ VIII ]-A FEIRA DA LADRA (2)».





sábado, 22 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ VI ]

Campo de Santa Clara - (2009) - Foto de APS (Antigo CAMPO DA FORCA hoje "PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES", num dia de "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) in ARQUIVO/APS
Campo de Santa Clara - (2010) (Palácio Sinel de Cordes-Palácio Godinho, hoje Escola Básica do 1º Ciclo Lisboa Nº4) in GOOGLE EARTH

Campo de Santa Clara - (1968) Foto de Armando Serôdio (Campo de Santa Clara, lugar do antigo CAMPO DA FORCA, hoje "PRAÇA DE BERNARDINO ANTÓNIO GOMES". O Jardim na parte de cima à direita, foi construído em 1862 e mais tarde baptizado em homenagem ao político "PEDRO DO AMARAL BOTO MACHADO") in AFML

Campo de Santa Clara - (1949) - Foto de Eduardo Portugal (Fachada do "PALÁCIO SINEL DE CORDES" também conhecido pela "PALÁCIO GODINHO") in AFML

Campo de Santa Clara - (c. 1940) Foto de Eduardo Portugal - (Fachada do "PALÁCIO SINEL DE CORDES" no Campo de Santa Clara, ao fundo à direita espreita o "PALÁCIO LAVRADIO") in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ VI ]
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«PALÁCIO SINEL DE CORDES - PALÁCIO CORREIA GODINHO - ESCOLA BÁSICA Nº 4 - CAMPO DA FORCA»
Em meados do século XVIII a família de «SINEL DE CORDES» optou viver na zona Norte do «CAMPO DE SANTA CLARA», tendo mandado construir um palácio entre a «TRAVESSA DO CONDE DE AVINTES» e a «RUA DA VERÓNICA» que mantém uma boa fachada e onde funciona actualmente uma «ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO».
Este edifício foi erguido pelos «SINEL DE CORDES» que anos mais tarde era pertença de «JOSÉ CORREIA GODINHO DA COSTA», 1º Visconde de CORREIA GODINHO, Juiz do Supremo Tribunal Militar. Diz-se também que foi este «CORREIA GODINHO» que mandou colocar a balaustrada na plantibanda e adorná-la de quatro estátuas.
Também conhecido pelo «PALÁCIO GODINHO», no princípio do século XX, esteve neste local instalado a «LEGAÇÃO DA ITÁLIA».
O Palácio setecentista com a sua frente virada para o «JARDIM BOTO MACHADO», sofreu um grande incêndio, sendo depois todo o seu interior reconstruído.
Nos anos 30 do século XX foi instalada uma escola primária elementar, que ainda lá permanece com o nome de: «ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO LISBOA Nº 4» no número 142 desta artéria.
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"CAMPO DA FORCA" - "PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES"»
Na «PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES» no espaço compreendido entre a parte de baixo do talude que suporta o «JARDIM BOTO MACHADO» e o «HOSPITAL DA MARINHA», em determinada ocasião da nossa história, foi palco de execuções capitais, o que lhe valeu o nome de «CAMPO DA FORCA», "teatro" público para o cumprimento das sentenças a condenados.
As execuções teriam terminado neste lugar (a pedido das Freiras Clarissas) mas, nos séculos seguintes, o lugar ainda era conhecido como «CAMPO DA FORCA» até quase ao final do século XVI.
Embora nesta altura as execuções já aqui não se realizassem, existiu um caso de excepção em 3 de Fevereiro de 1631. Era um cristão-novo e chamava-se «SIMÃO PIRES DE SOLIS» (ver mais aqui), acusado de desacato cometido na vizinha «IGREJA DE SANTA ENGRÁCIA» (PANTEÃO NACIONAL desde 1916), foi condenado à fogueira neste «CAMPO DA FORCA» e quando as chamas já o envolviam, terá gritado uma maldição: "É tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem...". Uma lenda relacionada com as obras de «SANTA ENGRÁCIA».
A obra foi inaugurada em 1966, mais de três séculos de "maldição".
O nome da «PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES» foi a homenagem que a Câmara Municipal de Lisboa arranjou para o notável médico da «MARINHA DE GUERRA PORTUGUESA» e cujo o busto, sobre plínto, se ergue no centro da «PRAÇA», frente ao «HOSPITAL DA MARINHA» do qual foi director. Diz-se que este foi o primeiro médico a aplicar anestesia pelo clorofórmio em 1848.
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) -«CAMPO DE SANTA CLARA [ VII ] - A FEIRA DA LADRA (1)»





quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ V ]

Campo de Santa Clara - (2005) Foto de Vitor Neves (Antigo Palácio Resende no Campo de Santa Clara, hoje O.G.F.E.) in PANORAMIO
Campo de Santa Clara - (2009) Foto de APS (Palácio Resende, Templo de Santa Engrácia, Antigo Campo da Forca hoje Praça Dr. Bernardino António Gomes, um dia de "FEIRA DA LADRA") in ARQUIVO/APS

Campo de Santa Clara - (2009) Foto de APS - (Palácio Resende e Praça Dr. Bernardino António Gomes, num dia de "FEIRA DA LADRA") in ARQUIVO/APS Campo de Santa Clara - (1968) Foto de Armando Serôdio (Palácio Resende, datado dos séculos XVII e XVIII, onde se instalou o antigo Depósito de Fardamento e Calçado do Ministério da Guerra, (vulgarmente chamado de Casão Militar) hoje O.G.F. E.) in AFML

Campo de Santa Clara - (Entre 1898 e 1908) Fotógrafo não identificado (Palácio dos Condes de Resende, Arquivo Histórico Militar) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ V ]
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«PALÁCIO DOS CONDES DE RESENDE»
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Data dos finais do século XVI o estabelecimento da família nobre dos senhores de «RORIZ E RESENDE» no «CAMPO DE SANTA CLARA», acompanhando a primeira fase da ocupação urbana deste arrabalde iniciada pela Infanta «D. MARIA». Segundo registos paroquiais, já em 1606, «D. JOÃO DE CASTRO», senhor do "MORGADO DE RESENDE", baptizou uma filha na freguesia de «SANTA ENGRÁCIA», dando como morada as "suas casas" neste Campo.
Em meados do século XVIII, encontra-se o solar na posse de um herdeiro, também chamado «D. JOÃO DE CASTRO», que assume, legado pelo avô materno, o cargo de "ALMIRANTE DE PORTUGAL".
Deste modo, a casa dos «SENHORES DE RESENDE» passa a estar ligada ao cargo de «ALMIRANTE DO REINO», o que se irá manter ao longo dos anos.
Em 1704, encontra-se detentor de ambas «D. LUÍS INOCÊNCIO DE CASTRO» e será seu filho, «D. ANTÓNIO JOSÉ DE CASTRO»(05.07.1719-10.12.1782) em 1754, que receberá o título de «1º CONDE DE RESENDE» (título criado por "D. JOSÉ I" em 09.06.1754).
Depois do terramoto de 1755, o Conde e família refugiam-se na «AJUDA», junto às «REAIS BARRACAS» onde se instalara a família real, mas depressa regressaram ao seu palácio do «CAMPO DE SANTANA», aí se encontrando no último quartel desse século.
Até 1882, os «CONDES DE RESENDE» continuaram a habitar o palácio de família, não estando definitivamente determinado quando o terão vendido e quem terá sido o primeiro comprador. Da história posterior do palácio ressaltam alguns episódios interessantes.
Assim, em parte do edifício instalou-se o «TEATRO DA SOCIEDADE THALIA», para cuja inauguração, ocorrida em 11.04.1844, «ALMEIDA GARRETT» escreveu a comédia num acto «O TIO SIMPLÍCIO», que foi um grande êxito.
Em 1873, outro espaço para espectáculos ocupou parte do Palácio: «O TEATRO POPULAR DE ALFAMA», que pouco tempo durou. Anos depois, em 1916, um grande incêndio, que se diz ter sido de origem criminosa, consumiu parte da antiga casa dos «SENHORES DE RESENDE» que, passado algum tempo foi reconstruída.
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Data do primeiro quartel do século XX a instalação neste edifício das «OFICINAS DE FARDAMENTO E CALÇADO», e dos «ARQUIVOS DO MINISTÉRIO DA GUERRA e HISTÓRICO-MILITAR». Os arquivos não se encontram já nestas instalações e o «PALÁCIO RESENDE» é vulgarmente conhecido por «CASÃO MILITAR».
Construção muito volumosa, apresenta a fachada principal assente no lado poente da «PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES», (antigo CAMPO DA FORCA), estendendo-se a lateral Sul pela «RUA DO PARAÍSO». É no ângulo de intersecção destas alas que se poderá ver o brasão de armas da família dos «CONDES DE RESENDE, ALMIRANTES DO REINO». Todo o edifício se apresenta muito descaracterizado, sendo de notar a imponência e dimensão do seu traçado arquitectónico que obras feitas ao longo dos anos não conseguiram alterar.
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Com a abertura da linha férrea de «LISBOA-TORRES VEDRAS» o edifício em «ALCÂNTARA» (onde estavam guardados os arquivos), foi vendido à Companhia concessionária da Linha. Devido à urgência de construir a «ESTAÇÃO DE ALCÂNTARA», foi o arquivo transferido para a ala Sul do antigo «PALÁCIO DOS CONDES DE RESENDE», no «CAMPO DE SANTA CLARA», iniciando-se a mudança em 28 de Novembro de 1884 e com um prazo de 10 dias. Para «SANTA CLARA» foi também transferido, em Janeiro de 1885, o «ARQUIVO ADMINISTRATIVO» que se encontrava no edifício do «ARSENAL DA MARINHA» desde 1878. (1)
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- (1) - PORTAL DO EXÉRCITO PORTUGUÊS- Versão de Acessibilidade na WEB.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ VI ] - PALÁCIO SINEL DE CORDES-PALÁCIO GODINHO-ESCOLA BÁSICA Nº 4 - CAMPO DA FORCA.




sábado, 15 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ IV ]

Campo de Santa Clara - (2010) - (Palácio Barbacenas no Campo de Santa Clara esquina com a Rua da Verónica, hoje messe dos Oficiais de Lisboa) in GOOGLE EARTH
Campo de Santa Clara - (2010) - (Porta de entrada e Brasão do Palácio Barbacenas, no Campo de Santa Clara) in GOOGLE EARTH

Campo de Santa Clara - (c. 1940) Foto de Eduardo Portugal ( Palácio Barbacenas, fachada Sul e Nascente) in AFML


Campo de Santa Clara - (Entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia (Palácio Barbacenas e Mercado de Santa Clara) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ IV ]
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«O PALÁCIO DOS CONDES DE BARBACENAS»
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O «PALÁCIO DOS CONDES DE BARBACENAS» é um belo exemplar de arte Barroca, com o risco do Arquitecto «MANUEL DA COSTA NEGREIROS».
Mandado erigir por um dos senhores de «BARBACENA», sendo o último título atribuído ao 7º Visconde e 2º Conde «FRANCISCO FURTADO DE CASTRO DO RIO DE MENDONÇA E FARO», que nasceu em LISBOA em 11.12.1780 e morreu na mesma cidade a 11.03.1854.
Esteve no BRASIL com seu pai, assentou praça ali em 1789 no Regimento de Cavalaria. Em 1797 pediu baixa, e voltou a PORTUGAL tendo estado ao serviço de «JUNOT», com a finalidade de disciplinar alguns Regimentos de Cavalaria nas províncias do Sul. No final da «GUERRA PENINSULAR» a sua patente era de coronel e, embarcando para o BRASIL, ali lhe foi conferido o generalato.
Volta ao Reino em 1818 é nomeado para sufocar a revolta liberal.
Mas o Conde preferiu demitir-se.
Em 1823 toma partido pela causa de «D.MIGUEL» e em 1825 assume a pasta da guerra um ano. No ano de 1828, foi o Conde «CHEFE DO ESTADO-MAIOR» das forças «MIGUELISTAS», até 1833 ano em que «D. MIGUEL» o fez Marechal a 11 de Junho.
Casou com sua tia materna, «D. MARIA DAS DORES JOSÉ DE MELO», que nasceu a 30.10.1783, filha do 2º casamento do «MARQUÊS DE SABUGOSA».
O Palácio passou para herdeiros colaterais, e foi depois adquirido pelo décimo «CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA-(1858-1869)», «D. MANUEL BENTO RODRIGUES DA SILVA-(1800-1869)» que lhe valeu por algum tempo, a denominação popular de «PALÁCIO DA MITRA».
O «PALÁCIO DOS CONDES DE BARBACENA» tem um interessante conjunto de mansardas ornadas de fogaréus. O Brasão dos «BARBACENAS» vê-se ao nível das janelas do primeiro andar. Palácio muito elegante no seu estilo "BARROCO" e com dez varandas coroadas de ática.
No interior tem admiráveis azulejos setecentistas, destacam-se o átrio, salas e escadarias, com representações de cenas de caça, bucólicas e palacianas.
Este Palácio foi também usado como «HOSPITAL-MILITAR» durante alguns anos, no final do século XIX, continuando a depender do «ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO», sendo hoje (e muito bem conservado) a «MESSE DOS OFICIAIS DE LISBOA» em «SANTA CLARA».
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ V ] - PALÁCIO CONDES DE RESENDE-CASÃO MILITAR»



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ III ]

Campo de Santa Clara - (2010) (Palácio Lavradio hoje pertença dos Tribunais Militares) in GOOGLE EARTH
Campo de Santa Clara - (2000) Fotografia de autor não identificado (Antigo Palácio Lavradio hoje Tribunais Militares) in SKYSCRAPERCITY
Campo de Santa Clara - (1945) Foto de André Salgado (Palácio Lavradio no Campo de Santa Clara) in AFML
Campo de Santa Clara - ( 195_?) - Foto de Ferreira da Cunha (Palácio Lavradio, Palácio Sinel de Cordes e Jardim Boto Machado) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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CAMPO DE SANTA CLARA [ III ]
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«PALÁCIO LAVRADIO»
Muito próximo ao Jardim podemos observar o «PALÁCIO DO CONDE DE AVINTES» ou «PALÁCIO LAVRADIO».
Segundo a tradição, este belo palácio setecentista do «CAMPO DE SANTA CLARA», enquadrado pela «TRAVESSA DAS FLORES» na parte Norte e lateralmente a «TRAVESSA DAS FREIRAS» e «TRAVESSA DO CONDE DE AVINTES», está assente no local em que a Infanta «D. MARIA», filha de «D. MANUEL I», possuía casas de habitação que davam acesso ao célebre «CONVENTO DE SANTA CLARA», que dera o nome a este arrabalde da cidade.
É de facto possível que, pela proximidade do Mosteiro das «CLARISSAS», fosse este o chão daquele antigo paço. Na realidade, o que aparece como provado é que neste sítio existiam desde o século XVI casas na posse de descendentes de «D. FRANCISCO DE ALMEIDA», primeiro Vice-Rei da ÍNDIA.
A um seu descendente «D. LUÍS DE ALMEIDA», Governador da cidade do «RIO DE JANEIRO», recebeu de «D. Afonso VI» em 1664 o título de «CONDE DE AVINTES», nome que se estende à travessa de delimita o Palácio.
Em meados do século XVIII, «D. TOMAZ DE ALMEIDA(1670-1754)» primeiro PATRIARCA DE LISBOA, adquiriu o solar da família ao irmão primogénito e mandou edificar no local um grandioso palácio que, depois de concluído em (1730), ofereceu a um sobrinho, «D. ANTÓNIO DE ALMEIDA SOARES PORTUGAL», 4º Conde de Avintes.
«D. ANTÓNIO DE ALMEIDA», foi Vice-Rei do BRASIL e, em 1758 e o Rei «D. JOSÉ I» concedeu-lhe o título de 1º Marquês do LAVRADIO.
Aquando do terramoto de 1755, este palácio, à semelhança de outros edifícios do «CAMPO DE SANTA CLARA», poucos danos sofreu, tendo continuado a ser habitado pela família até 1874, data em que morre «D. ANTÓNIO DE ALMEIDA(1794-18748º Conde de Avintes e Marquês do LAVRADIO.
O palácio foi adquirido pelo ESTADO em 1875, tendo-o «FONTES PEREIRA DE MELO» destinado a ser utilizado para instalação dos «TRIBUNAIS MILITARES», que hoje ainda lá podemos encontrar.
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O «PALÁCIO LAVRADIO» construído em meados do século XVIII, apresenta uma imponente fachada virada para o «CAMPO DE SANTA CLARA» e «JARDIM BOTO MACHADO». Dividido verticalmente em três corpos, sendo o central bastante estreito ladeado por pilastras adossadas, terminado por frontão, ornamentado com escudo. No andar nobre deste corpo, vêem-se duas janelas de peito encimadas por áticas semicirculares que enquadram uma porta janela coroada também de ática, que abre para uma varanda ligeiramente saliente, sobreposta ao portal principal. Em cada um dos corpos laterais, destaca-se uma ordem de janelas de sacada sobrepujadas de áticas triangulares.
A rematar o frontão, apresenta-se a estátua da Justiça, representada por uma figura feminina sentada, ostentando a espada e a balança como símbolo, que tal como os outros elementos decorativos, couraças, elmos, escudos, sobrepostos à balaustrada que remata o edifício, são acrescentes tardios, feitos depois da entrada em funcionamento dos «TRIBUNAIS MILITARES».
Interiormente, as obras para a sua rentalibização levaram à alteração de espaços e da decoração, existindo ainda como motivo de interesse o revestimento azulejar de algumas zonas, nomeadamente da entrada e escadaria principal.
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ IV ] -PALÁCIO DOS CONDES BARBACENAS (MESSE DE OFICIAIS)»



sábado, 8 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ II ]

Campo de Santa Clara - (2009) Foto de APS (Campo de Santa Clara, Mercado de Santa Clara num dia de Feira da Ladra) in ARQUIVO/APS
Campo de Santa Clara - (2010) - (Panorama do Campo de Santa Clara) in GOOGLE EARTH

Campo de Santa Clara - (2010) - (Mercado de Santa Clara) in GOOGLE EARTH

Campo de Santa Clara - (s/d) - Foto de Eduardo Portugal (O Arco grande de cima a feira da Ladra no Campo de Santa Clara) in AFML

Campo de Santa Clara - (s/d) - Foto de Eduardo Portugal (Mercado de Santa Clara) in AFML

(CONTINUAÇÃO)

CAMPO DE SANTA CLARA [ II ]

«O CAMPO DE SANTA CLARA (2) e MERCADO DE SANTA CLARA»

A construção da chamada «CERCA FERNANDINA» ( 1 ), em 1373, manteve o «CAMPO DE SANTA CLARA» fora do perímetro urbano, e será a partir do «CONVENTO DAS CLARISSAS» que se irá iniciar o desenvolvimento e a ocupação da zona.
No local onde se ergueu o «MOSTEIRO», existem hoje umas construções de pouco interesse arquitectónico, onde foi instado depois do terramoto o «ARSENAL REAL», que posteriormente passou a ser «FÁBRICA DE ARMAS E EQUIPAMENTO MILITAR». No enfiamento de construções desse lado, contudo, ainda existem algumas pequenas casas que mantêm uma feição setecentista.

(1) - «CERCA FERNANDINA» No reinado de «D. FERNANDO» (1367-1383), três vezes o exército de Castela entrou em Portugal. Depois de 1373 aquando da assinatura de um tratado de aliança com a «INGLATERRA» e da invasão do exército de «HENRIQUE II» sobre LISBOA, pilhando e incendiando os bairros indefesos da Cidade que crescia fora dos muros da velha e acanhada «CERCA MOURA». Tudo isto levou à decisão de se construir uma nova cerca que protegesse toda a cidade. Ocupando cerca de duas mil pessoas, os trabalhos foram iniciados em Setembro de 1373 e ficaram concluídos em 1376. Existiam 77 Torres e 38 Portas, aumentou seis vezes a área murada da cidade que ficou rodeada por 5,35 Km de muralha, com 8 metros de altura e 2,2 de espessura.

Uma das aberturas da cerca chamada «POSTIGO DE S. VICENTE» ficava sensivelmente no local, hoje chamado de «ARCO GRANDE DE CIMA» com ligação ao «CAMPO DE SANTA CLARA». O ARCO que actualmente existe, foi construído em 1808 uns metros mais para nascente do «POSTIGO DE S. VICENTE», este com ligação ao «MOSTEIRO DE SÃO VICENTE». Existia outra entrada para o «CAMPO DE SANTA CLARA» mais a Sul, chamado «POSTIGO DO ARCEBISPO».

MERCADO DE SANTA CLARA

O «MERCADO DE SANTA CLARA», que se encontra na parte poente do «CAMPO DE SANTA CLARA», é o mais antigo mercado coberto ainda de pé na cidade de Lisboa.
Inaugurado em 1877, foi construído pela «COMPANHIA DE MERCADOS E DE EDIFICAÇÕES URBANAS» que manteve a sua concessão e exploração, até ao ano de 1927.

Após os 50 anos que esta «COMPANHIA» explorou o «MERCADO», a CÂMARA tomou posse do imóvel, conforme constava numa cláusula do contrato, sendo finalmente municipalizada. Sabe-se que antes das suas obras da construção do Mercado, já ali existia um lugar de venda, conforme nos diz o edital de 1863: "que aquele lugar era destinado para a venda de leite, perus e cordeiros".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ III ] - PALÁCIO LAVRADIO - TRIBUNAIS MILITARES».

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CAMPO DE SANTA CLARA [ I ]

Campo de Santa Clara - (2011) LEGENDA - 1)-PALÁCIO LAVRADIO ou PALÁCIO DO CONDE DE AVINTES actuais TRIBUNAIS MILITARES. 2)-PALÁCIO SINEL DE CORDES ou PALÁCIO GODINHO actual ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO LISBOA Nº4. 3)-PALÁCIO DOS CONDES DE BARBACENA actual MESSE DE OFICIAIS dependendo do ESTADO MAIOR DO EXERCITO. 4)-MERCADO DE SANTA CLARA. 5)-TEMPLO A SANTA ENGRÁCIA actual PANTEÃO NACIONAL. 6)-PALÁCIO DOS CONDES DE RESENDE actual O.G.F.E. 7)-ANTIGO CAMPO DA FORCA actual PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES. 8)-CONVENTO DE SANTA CLARA actual O.G.F.E. OFICINAS GERAIS DE FARDAMENTO E EQUIPAMENTO. 9)-FEIRA DA LADRA.
Campo de Santa Clara - (2009) - (O Campo de Santa Clara visto do céu) in GOOGLE EARTH

Campo de Santa Clara - (194_) foto de Eduardo Portugal (Arco grande de cima ou de S. Vicente)
in AFML

Campo de Santa Clara - (s/d) - Pintura de Roque Gameiro ( O CERCO A LISBOA - 1147) in HISTÓRIA VISTA


CAMPO DE SANTA CLARA [ I ]
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«O CAMPO DE SANTA CLARA (1)»
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O «CAMPO DE SANTA CLARA» fica localizado na freguesia de «SÃO VICENTE DE FORA». Está situado entre as seguintes artérias: «RUA DO ARCO GRANDE DE CIMA», «RUA DO MIRANTE», «RUA DO PARAÍSO», «RUA DA VERÓNICA», «CALÇADA DO CASCÃO», «PRAÇA DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES», «TRAVESSA DAS FREIRAS», «TRAVESSA DO CONDE DE AVINTES» e «TRAVESSA DO PARAÍSO».
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No espaço ocupado pelo «CAMPO DE SANTA CLARA» em 1147, nem ali, nem pelas imediações se encontrava casa alguma. Diz-nos também o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO» nas suas PEREGRINAÇÕES EM LISBOA que: "(...) era nos séculos velhos um campo descoberto, descarnado de edifícios, em encosta gradual, que caía, a nascente, sobre as ribas do Tejo.
Era na época um monte inculto, começando no meio da actual «TRAVESSA DA VERÓNICA» e desdobrando-se até à margem do TEJO. Ainda agora é muito amplo, pois desde o «ARCO GRANDE DE CIMA», (datado das remodelações filipinas), que servia de passagem superior e ligava o Convento com os terrenos da sua cerca), até à «RUA DO MIRANTE», passando pela proximidade do «TEMPLO DE SANTA ENGRÁCIA» e do «HOSPITAL DA MARINHA», tudo está compreendido na sua demarcação.
Apesar de tanta gente por aqui transitar, bem pouca se recordará de que nestes terrenos acamparam e sepultaram os seus mortos, as aguerridas hostes de CRUZADOS «FLAMENGOS» e «ALEMÃES», ao serviço do fundador da nossa monarquia.
Como é sabido, «D. AFONSO HENRIQUES» conseguiu uma aliança com os «CRUZADOS».
Combinado o plano de ataque ao «CERCO DE LISBOA», ficaram os nossos soldados com os «FLAMENGOS» e «ALEMÃES» no «MONTE DE SANTA CLARA», e os guerreiros aliados «INGLESES» no «ALTO DA SENHORA DOS MÁRTIRES» ou «MONTE FRAGOSO», próximo do actual «CHIADO».
«D. AFONSO HENRIQUES» como sendo um rei previdente e católico, logo que começou o «CERCO», mandou edificar no campo uma capela e uma enfermaria. Coroado que foi de glória o seu arrojado intento, tratou imediatamente o vencedor de lançar a primeira pedra do edifício de «S. VICENTE», e como o terreno ficava aquém das muralhas mouriscas «CERCA MOURA», chamaram-lhe «SÃO VICENTE DE FORA», e tal ficou para sempre.
Sabe-se que tanto a Igreja como o Convento à época, eram, porém, de acanhadas dimensões.
O «CAMPO DE SANTA CLARA» está ligado ao sítio desde o ano de 1294. Deve-se o seu nome à «ORDEM FRANCISCANA DE SANTA CLARA», que em 1288 resolveram edificar no local as suas instalações religiosas. Temos conhecimento de que aquela casa religiosa das «FREIRAS DE SANTA CLARA» prosperaram muito e que com o terramoto de 1755 tudo foi reduzido a escombros e cinzas.
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ II ] -O CAMPO DE SANTA CLARA (2) E MERCADO DE SANTA CLARA»