sábado, 31 de julho de 2010

AVENIDA 24 DE JULHO [ VIII ]

Avenida 24 de Julho - (2009) - (Políptico de S. VICENTE DE FORA, pintura do século XV, sendo a autoria atribuída a "NUNO GONÇALVES", representando a "ADORAÇÃO DE S. VICENTE" - MNAA) in ENCICLOPÉDIA
Avenida 24 de Julho - (2009) - Fotógrafo não identificado (Museu Nacional de Arte Antiga, Palácio de Alvor-Pombal do século XVII. Também conhecido pelo Museu das Janelas Verdes) in ENCICLOPÉDIA

Avenida 24 de Julho - (1975) Foto de Armando Serôdio (Escadas José António Marques junto da Cruz Vermelha, vendo-se o Edifício do MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA e a Avenida 24 de Julho em baixo) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA 24 DE JULHO [ VIII ]
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«MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA»
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Debruçado sobre a «AVENIDA 24 DE JULHO» com entrada principal pela «RUA DAS JANELAS VERDES», encontramos o «MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA» (ver mais aqui), popularmente conhecido por «MUSEU DAS JANELAS VERDES», instalado num palácio dos finais do século XVII (mandado edificar por um dos TÁVORAS), e num anexo cuja construção, terminada em 1940, integrou a pequena igreja do antigo «CONVENTO DE SANTO ALBERTO».
Este Museu, o primeiro do país pela importância do seu acervo, nasceu em 1884. Nessa altura, tinha colecções e responsabilidades teoricamente mais vastas, pois a sua primeira designação oficial foi «MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES E ARQUEOLOGIA».
A génese das suas colecções situa-se porém bem mais cedo, na conjuntura da revolução liberal triunfante em 1834. É desse ano a abolição das Ordens Religiosas, que implicaria a passagem para o Estado de milhares de objectos artistícos até então propriedade dos Mosteiros.
As mais destacadas peças desse património foram encontradas e muito mal instaladas em Lisboa, no edifício do recém-extinto «CONVENTO DE S.FRANCISCO», passando a ser gerida por uma instituição entretanto criada - a "ACADEMIA DE BELAS-ARTES" (1836).
O êxito retumbante de uma exposição internacional, em 1883, determina a compra do «PALÁCIO DOS CONDES DE ALVOR», às «JANELAS VERDES» e consequente organização do «MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES E ARQUEOLOGIA».
Com o advento da REPÚBLICA, as colecções que albergava dividem-se entre várias instituições e o «MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA» fica com a vocação de reunir, mostrar e estudar peças que vão, fundamentalmente, da «IDADE MÉDIA» ao início do século XIX. Para além do núcleo inicial oriundo dos Conventos extintos, as colecções do Museu tem-se alargado segundo vários processos.
Após a implantação da República dá-se uma importante incorporação de peças dos PALÁCIOS REAIS e das SÉS e PALÁCIOS EPISCOPAIS, neste último caso em virtude da lei da separação da IGREJA do ESTADO.
Peças oferecidas, legadas ou doadas por coleccionadores, peças em depósito por entidades públicas e privadas, bem como peças adquiridas directamente pelo MUSEU vêm-lhe acrescentando as colecções.
Reúne colecções de PINTURA PORTUGUESA do século XIX, PINTURA DE ESCOLAS EUROPEIAS do século XIV ao século XIX, OURIVESARIA PORTUGUESA do século XII ao século XVIII, OURIVESARIA FRANCESA do século XVIII (com o importante conjunto que é a Baixela Germaim), CERÂMICA PORTUGUESA do século XVI ao século XIX, ARTE NAMBAM, escultura religiosa do século XII ao século XVII (com um pequeno mas fundamental núcleo de esculturas clássicas), MOBILIÁRIO PORTUGUÊS do século XV ao século XIX, TAPEÇARIA EUROPEIA, tapetes persas e indianos.
Tudo isto completado por uma importante biblioteca especializada.
Revelando-se museologicamente ultrapassado, o interior do gigantesco anexo construído em 1940 é modificado nos anos de 1982 e 1983, sofrendo mais tarde várias alterações que permitissem uma instalação condigna do núcleo de pintura portuguesa.Em 1994 foram realizadas obras de infraestruturas e modificação de espaços no MUSEU, nomeadamente o alargamento da zona de exposição temporária, a reinstalação do «GABINETE DE DESENHO E ESTAMPAS» e dos serviços técnicos e administrativos, e ainda a criação de mais amplos serviços de apoio ao visitante.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMA) - «AVENIDA 24 DE JULHO [ IX ] - PALÁCIO ÓBIDOS-SABUGAL - CRUZ VERMELHA PORTUGUESA (1)».


6 comentários:

Ricardo Moreira disse...

Grande e magnífico museu! Na sua colecção está aquela jóia (em todos os sentidos) que é a Custódia de Belém.

APS disse...

Caro Ricardo Moreira

Uma das famosas obra da OURIVESARIA PORTUGUESA, (dum tal "GIL VICENTE" mestre de ourivesaria e dramaturgo) e (com mais de seis quilos em OURO), mandada lavrar pelo rei D. MANUEL I, para oferecer ao Mosteiro de Santa Maria de Belém, dos frades Jerónimos.
Abraço
APS

Rafael Santos disse...

Excelente espaço museológico e um blog renovado. Os meus parabéns pelo novo visual.

APS disse...

Caro Rafael Santos

Obrigado pelas suas palavras.
É sempre um grande prazer o seu comentário.

Um abraço
APS

Jorge Ramiro disse...

Como é bela a estrutura do museu. É incrível, um dos mais bonitos que eu já vi na minha vida. As pinturas também, eu vi em um dos restaurantes em sao paulo. É um restaurante com uma estética culturais.

APS disse...

Caro Jorge Ramiro
Realmente o MUSEU é magnifico, além de estar num sítio bastante privilegiado, encerra muitas riquezas no seu espólio.
Fico contente em saber que num Restaurante em S.PAULO (Brasil), também se observa "CULTURA PORTUGUESA".
Obrigado pelo seu comentário, volte sempre!
Cumprimentos
APS