Avenida 24 de Julho - (1900?) (A. Editora) (Praça de D. Luís e Monumento ao Marquês Sá da Bandeira junto da Avenida 24 de Julho) (Brinde oferecido pela Biblioteca Social Operária aos seus assinantes do romance "COROA DE ESPINHOS" (Biblioteca Nacional Digital) in PURL
Avenida 24 de Julho - (1969) Foto de Artur Inácio Bastos ( Edifício da antiga Garagem Conde Barão, na Avenida 24 de Julho no sítio de Santos) in AFML
Avenida 24 de Julho (1969) Foto de Artur Inácio Bastos ( Companhia de Gás e Electricidade na Av. 24 de Julho) in AFML
Avenida 24 de Julho - (1965) Foto de Armando Serôdio (Avenida 24 de Julho
- Largo de Santos - no lado direito a rampa de Santos) in AFML
Avenida 24 de Julho - (1965) Armando Serôdio (Avenida 24 de Julho esquina com a Praça D. Luís I) in AFML
Avenida 24 de Julho (29.04.1908) Foto de Joshua Benoliel (Abertura das Cortes - Cortejo Real, antiga Rua 24 de Julho a caminho do Palácio das Necessidades) in AFML .
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(CONTINUAÇÃO
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AVENIDA 24 DE JULHO [ II ]
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«AVENIDA VINTE E QUATRO DE JULHO (2)»
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O início do Atêrro, ou seja da «AVENIDA 24 DE JULHO, fica entre a «PRAÇA DO DUQUE DA TERCEIRA» e o «CAIS DO SODRÉ».
Desnecessário seria dizer que, antes do atêrro tínhamos a praia da «BOA VISTA» e com este, toda a configuração urbana se alterou.
Diz-nos o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO» no seu livro «PAREGRINAÇÕES EM LISBOA» que: « O francês "LEBOIS" levantava em 1852 a planta da praia da "BOA VISTA", e em 1855 começou a ser engolido, gradualmente, o areal; em 1858 entrou a aterrar-se parte entre o "FORTE DE S. PAULO" hoje "PRAÇA D. LUÍS I".
Diz-nos o mestre «NORBERTO DE ARAÚJO» no seu livro «PAREGRINAÇÕES EM LISBOA» que: « O francês "LEBOIS" levantava em 1852 a planta da praia da "BOA VISTA", e em 1855 começou a ser engolido, gradualmente, o areal; em 1858 entrou a aterrar-se parte entre o "FORTE DE S. PAULO" hoje "PRAÇA D. LUÍS I".
Podemos adivinhar o quadro deste local, antes do desmantelamento do «FORTE DE S. PAULO». O mar a bater-lhe no parapeito, para nascente e poente a inexistência de prédios e cais, apenas areia, casotas de madeira e fragatas do peixe.
Seguindo mais à frente nos terrenos da «ABEGOARIA DA CÂMARA» a «FÁBRICA DO GÁS», cortada pela antiga «RUA VASCO DA GAMA». Segue-se a «RUA BOQUEIRÃO DOS FERROS» ladeada por pequenas industrias de serralharia, predominantes em toda a área da BOAVISTA.
E vamos passar pela «RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL» também com características antigas fabris.
Aparece-nos à direita a «AVENIDA PRESIDENTE WILSON», inaugurada (era então "Avenida de D. Carlos") em 28 de Dezembro de 1889; depois da proclamação República, mudaram-lhe o nome para «AVENIDA DAS CORTES» mas, depois da primeira grande guerra, passou a chamar-se com o nome que hoje conhecemos de «AVENIDA D. CARLOS I».
O «JARDIM DE SANTOS» e «LARGO DE SANTOS» datam da década de 1870 a 1880. Muito próximo ao «JARDIM DE SANTOS» encontramos o «LARGO VITORINO DAMÁSIO». Este engenheiro, director do Instituto Industrial, foi quem dirigiu as obras do ATÊRRO desde «SÃO PAULO» a «SANTOS» em 1858.
Passadas as «ESCADINHAS DA PRAIA», que antes da existência da rampa de Santos, ligava o adro da «IGREJA DE SANTOS» à praia antiga, encontra-se nas imediações o edifício da «GARAGEM CONDE BARÃO».
Segue-se o «PÁTIO DO PIZALEIRO», que começa na «RUA DAS JANELAS VERDES».
Por detrás do grande edifício da antiga «FÁBRICA 24 DE JULHO» (hoje um conjunto de prédios), também corre o estreito «BECO DA GALHETA».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA 24 DE JULHO [ III ] - AVENIDA VINTE E QUATRO DE JULHO (3)».
8 comentários:
Bom Dia Caro Amigo,
Como sempre, um excelente artigo, e obrigado por me trazer mais memórias de criança, pois foi aqui que corri, joguei futebol, brinquei aos índios e cow-boys e mais tarde aprendi a remar e a velejar no Clube Naval de Lisboa.
Lembro-me quando esta zona de manhã fervilhava de vendedores ambulantes, peixeiras, amoladores, com seus seus pregões típicos, com as crenças populares - um amolador trazia sempre chuva - ."Quem quer figos quem quer merendar?, ai que figos lindos...!!!" cantarolavam as vendedoras de figos apregoando o seu produto. Vendiam também caranguejos e camarão cozidos, choco seco, castanhas quentes no Outono. Era uma zona cheia de vida, agora infelizmente quando lá passo verifico que todo o comércio local fechou, a Garagem que fala no seu artigo onde o meu pai comprava e reparava os pneus também.
É a civilização em mudança para o bem e para o mal...
Obrigado
Carlos
Há alguns dias que por aqui não passava, até porque o tempo disponível para a internet tem faltado, mas adorei o novo visual do seu blog.
Parabéns!!
Caro Carlos Henriques
É sempre um prazer receber notícias suas.
Realmente a vida é feita de recordações boas e menos boas.
Feliz daquele que tem um bom passado para recordar.
O sítio é bastante característico, não faltando o cheiro do "nosso" Rio TEJO.
Um abraço
APS
Caro Rafael Santos
Agradecido pelas suas palavras de apreço.
Sempre que me é possível, também visito o seu blogue que aprecio.
Um abraço
APS
Caro APS
Que agradável rever estas fotos!
Que diferença para a mescla actual de antigo com moderno...
O Jardim está apodrecido, maltratado e mal frequentado...sem que ninguém pareça importar-se com isso.
Um abraço.
Caro José Quintela Soares
Concordo consigo e infelizmente este mal não é único, o que causa muita perplexidade.
Um abraço
APS
É sempre um prazer vesitar o seo blog!Não o agradêço mais vezes porque faço muitos erros ortograficos...50 anos fora do nosso querido Portugal e a nossa linda Lisboa tiraran-me os receios,eu que sou da querida Madragoa.Só para comprovar ...o que é possivel ,se na garagem Conde Barão hantes não estaria uma fabrica de perfumes?Muitos respeitosos Cumprimentos e muito obrigado.Chapeau
Caro Manuel Martins
Agradeço muito reconhecidamente as suas palavras a este Blogue.
Regressei ontem de férias, eis o motivo de só agora responder.
Realmente quem está fora do seu país, sente mais profundamente o seu afastamento, e vê com outros olhos, tudo aquilo que o comum citadino não repara.
Eu, com conhecimento de causa, porque também já estive fora, (embora por poucos anos) na África do Sul (1966-1974).
Da "GARAGEM DO CONDE BARÃO, LDA." existiu em dois lugares. A primeira, inaugurada no ano de 1923, em terrenos que pertenciam à firma "DIAS, FONSECA & SOTTOMAYOR,LDA." no antigo "PALÁCIO DOS ALMADA-CARVALHAIS", com instalações (só para recolha de automóveis) no Largo do Conde Barão, 50 até 1955.
As novas instalações da GARAGEM CONDE BARÃO na Avenida 24 de Julho, teve lugar em 05 de Abril de 1955.
Da existência de alguma "FÁBRICA DE PERFUMES" (anterior à construção) ou mesmo no Largo do Conde Barão, não tenho conhecimento.
Despeço-me com amizade, volte sempre
Um abraço
APS
http://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.pt/2008/05/largo-do-conde-baro-v.html
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