Avenida D. Carlos I - (2011) Foto de João Carvalho (Vista frontal do "CHAFARIZ DA ESPERANÇA" obra de "CARLOS MARDEL" edificada no século XVIII) in WIKIPÉDIA
Avenida D. Carlos I - (2011) - Foto de João Carvalho) (Vista do lado norte do "CHAFARIZ DA ESPERANÇA", no prédio amarelo que se vê ao fundo está instalada a "Guilherme Cossoul") in WIKIPÉDIA
Avenida D. Carlos I - (2011) - Foto de João Carvalho (Vista lateral do "CHAFARIZ DA ESPERANÇA") in WIKIPÉDIA
Avenida D. Carlos I - (194_) Foto de Fernando Martins Pozar (O "CHAFARIZ DA ESPERANÇA" uma obra de "Carlos Mardel" localizada no antigo "Largo da Esperança" hoje "Avenida D. Carlos I") in AFML
Avenida D. Carlos I (1907) Foto de Joshua Benoliel (Nesta época era usual a afluência de aguadeiros no "Chafariz da Esperança") in AFML
(CONTINUAÇÃO) - AVENIDA D. CARLOS I [ XVI ]
«O CHAFARIZ DA ESPERANÇA»
O monumental «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» é, sem dúvida, o "ex-libris" da freguesia de «SANTOS-O-VELHO».
Delineado no reinado de «D. JOÃO V» a sua construção integra-se na política de abastecimento público de água aos alfacinhas. Em 1731 o monarca assinou o decreto que autorizava a construção do «AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES». Este devia servir toda a cidade e visava colmatar os problemas relacionados com o fornecimento de água à capital.
No ano de 1747, já com «CARLOS MARDEL» como engenheiro principal da obra do aqueduto, começaram a ser executadas as galerias para o abastecimento das fontes principais da cidade, utilizando o mesmo sistema de galerias do aqueduto geral. No entanto, a dúvida sobre o local onde deveria ser construída a «MÃE DE ÁGUA», atrasou a edificação do chafariz. Só seriam aprovados no início da década seguinte, os primeiros projectos para os chafarizes.
No ano de 1750 era adquirido pelo Senado da Câmara de Lisboa uma porção de terreno pertencente ao «CONVENTO DA ESPERANÇA» para construir o grande chafariz, cuja galeria de abastecimento vinha directamente do reservatório das Amoreiras. O segundo ramal das «AMOREIRAS» que abastecia este chafariz era chamado «AQUEDUTO» ou «GALERIA DA ESPERANÇA» que partia do antigo «ARCO DE S. BENTO», na "RUA DE S. BENTO» (hoje erguido no centro da "PRAÇA DE ESPANHA") e terminava no «CHAFARIZ DA ESPERANÇA».
O «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» uma jóia de pedra, edificada em 1752, segundo o risco de «CARLOS MARDEL», um húngaro de nascimento que muito se distinguiu nas obras do abastecimento de água a LISBOA e na própria reconstrução da cidade após terramoto.
O grande chafariz, aproveitava um espaço já existente na malha urbana da cidade, mas a sua implantação marcou de forma definitiva a zona da «ESPERANÇA». Adossado a um edifício, o conjunto desenvolve-se numa estrutura de dois pisos servida por escadas laterais, de evidente carácter cénico, bem ao gosto do barroco.
Em cada um dos pisos foi edificado um tanque com espaldar. O tanque inferior que servia como bebedouro de animais, implanta-se ao nível do chão, com três bicas em forma de carrancas para saída de água. No piso superior, os tramos são marcados pela disposição de pilastras toscanas, e cada uma das carrancas verte água sobre um pequeno tanque. O conjunto é rematado por pórtico de gosto pombalino, muito semelhante aos remates das fachadas das igrejas construídas no período pós-terramoto, que imprime um cunho de verticalidade ao chafariz, uma vez que prolonga a sua altura muito para além do estritamente necessário.
Este chafariz está classificado como «MONUMENTO NACIONAL» desde 16 de Junho de 1910.
Esta grandiosa obra foi concluída no ano de 1768, por «MIGUEL BLASCO».
O grandioso «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» que foi de grande utilidade, está hoje um pouco desprezado, secou nos anos 30 do século passado, aquando da demolição do «ARCO DE SÃO BENTO», interrompendo assim, a sua fonte de abastecimento.
MEDALHÃO A GAGO COUTINHO
Sensivelmente no mesmo local onde permaneceu o «CRUZEIRO DA ESPERANÇA», no antigo «LARGO DA ESPERANÇA» do modesto jardim, na esquina do lado direito para quem se dirige à «RUA DA ESPERANÇA», vindo da «AVENIDA D. CARLOS I», existe uma base em paralelepípedo de cimento armado, onde está colocado um medalhão em bronze com a efígie de «GAGO COUTINHO» e placa de mármore. O medalhão é da autoria do escultor «DOMINGOS SOARES BRANCO», inaugurado a 18 de Fevereiro de 1984.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA D. CARLOS I [ XVII ] - O CONVENTO DE SÃO BENTO DA SAÚDE»
(CONTINUAÇÃO) - AVENIDA D. CARLOS I [ XVI ]
«O CHAFARIZ DA ESPERANÇA»
O monumental «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» é, sem dúvida, o "ex-libris" da freguesia de «SANTOS-O-VELHO».
Delineado no reinado de «D. JOÃO V» a sua construção integra-se na política de abastecimento público de água aos alfacinhas. Em 1731 o monarca assinou o decreto que autorizava a construção do «AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES». Este devia servir toda a cidade e visava colmatar os problemas relacionados com o fornecimento de água à capital.
No ano de 1747, já com «CARLOS MARDEL» como engenheiro principal da obra do aqueduto, começaram a ser executadas as galerias para o abastecimento das fontes principais da cidade, utilizando o mesmo sistema de galerias do aqueduto geral. No entanto, a dúvida sobre o local onde deveria ser construída a «MÃE DE ÁGUA», atrasou a edificação do chafariz. Só seriam aprovados no início da década seguinte, os primeiros projectos para os chafarizes.
No ano de 1750 era adquirido pelo Senado da Câmara de Lisboa uma porção de terreno pertencente ao «CONVENTO DA ESPERANÇA» para construir o grande chafariz, cuja galeria de abastecimento vinha directamente do reservatório das Amoreiras. O segundo ramal das «AMOREIRAS» que abastecia este chafariz era chamado «AQUEDUTO» ou «GALERIA DA ESPERANÇA» que partia do antigo «ARCO DE S. BENTO», na "RUA DE S. BENTO» (hoje erguido no centro da "PRAÇA DE ESPANHA") e terminava no «CHAFARIZ DA ESPERANÇA».
O «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» uma jóia de pedra, edificada em 1752, segundo o risco de «CARLOS MARDEL», um húngaro de nascimento que muito se distinguiu nas obras do abastecimento de água a LISBOA e na própria reconstrução da cidade após terramoto.
O grande chafariz, aproveitava um espaço já existente na malha urbana da cidade, mas a sua implantação marcou de forma definitiva a zona da «ESPERANÇA». Adossado a um edifício, o conjunto desenvolve-se numa estrutura de dois pisos servida por escadas laterais, de evidente carácter cénico, bem ao gosto do barroco.
Em cada um dos pisos foi edificado um tanque com espaldar. O tanque inferior que servia como bebedouro de animais, implanta-se ao nível do chão, com três bicas em forma de carrancas para saída de água. No piso superior, os tramos são marcados pela disposição de pilastras toscanas, e cada uma das carrancas verte água sobre um pequeno tanque. O conjunto é rematado por pórtico de gosto pombalino, muito semelhante aos remates das fachadas das igrejas construídas no período pós-terramoto, que imprime um cunho de verticalidade ao chafariz, uma vez que prolonga a sua altura muito para além do estritamente necessário.
Este chafariz está classificado como «MONUMENTO NACIONAL» desde 16 de Junho de 1910.
Esta grandiosa obra foi concluída no ano de 1768, por «MIGUEL BLASCO».
O grandioso «CHAFARIZ DA ESPERANÇA» que foi de grande utilidade, está hoje um pouco desprezado, secou nos anos 30 do século passado, aquando da demolição do «ARCO DE SÃO BENTO», interrompendo assim, a sua fonte de abastecimento.
MEDALHÃO A GAGO COUTINHO
Sensivelmente no mesmo local onde permaneceu o «CRUZEIRO DA ESPERANÇA», no antigo «LARGO DA ESPERANÇA» do modesto jardim, na esquina do lado direito para quem se dirige à «RUA DA ESPERANÇA», vindo da «AVENIDA D. CARLOS I», existe uma base em paralelepípedo de cimento armado, onde está colocado um medalhão em bronze com a efígie de «GAGO COUTINHO» e placa de mármore. O medalhão é da autoria do escultor «DOMINGOS SOARES BRANCO», inaugurado a 18 de Fevereiro de 1984.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA D. CARLOS I [ XVII ] - O CONVENTO DE SÃO BENTO DA SAÚDE»
2 comentários:
É uma pena que não se adoptem sistemas em circuito fechado nos chafarizes da cidade, de forma a que os mesmos continuem a deitar água, mesmo que seja apenas para efeitos cénicos!
Ficariam bem melhor do que assim, secos.
Caro Ricardo
E eu acrescentava que além da sua proposta, fosse adoptada uma postura para conservação de "Monumentos Nacionais". Obrigado pelo seu comentário.
Cumpts
APS
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