sábado, 10 de outubro de 2015

RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ VI ]

«A ESCOLA POLITÉCNICA ( 2 )»
 Rua da Escola politécnica - (2001) Foto de Pedro Soares - (Frontaria da "ESCOLA POLITÉCNICA" com suas colunas "Jónicas" recuperadas das ruínas da "Igreja de S. Francisco da Cidade" que existia no antigo "LARGO DA BIBLIOTECA", hoje "LARGO DA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES")  in  MONTE OLIVETE 
 Rua da Escola Politécnica - ( 2001 ) Foto de Pedro Soares (Vista aérea da "ESCOLA POLITÉCNICA" na Rua da Escola Politécnica, imóvel que é possivelmente testemunho da obra de "PÉZERAT")  in  MONTE OLIVETE
 Rua da Escola Politécnica - (1933) Foto de FOTOVOO - (A severa fachada neoclássica da "ESCOLA POLITÉCNICA" de vinte e um vãos é animada por pilastras e, ao centro, por um pórtico monumental)  in  SÉTIMA COLINA
 Rua da Escola Politécnica - (c. 1937) Foto de Judah Benoliel - (Edifício da "ESCOLA POLITÉCNICA", na "Rua da Escola Politécnica")  (Abre em tamanho grande) in  AML 
Rua da Escola Politécnica - (entre 1900 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bária  ("CASA DO NOVICIADO DA COTOVIA"- Construída na Quinta do Monte Olivete, no sítio da COTOVIA, à "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA". Esta casa foi concluída em 1616, pelo Arquitecto BALTAZAR ÁLVARES, entrou em funcionamento em 1619. Aqui se formaram quase todos os Jesuítas desta província até à expulsão  em 1759. Em 1761 o Marquês de Pombal aproveitou o espaço para ali instalar o COLÉGIO DOS NOBRES. Em 1843 este local sofreu um grande incêndio) in  AML


(CONTINUAÇÃO)-RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ VI ]

«A ESCOLA POLITÉCNICA ( 2 )»

Sendo coadjuvado por um jovem e brilhante desenhador "JOÃO PEDRO MONTEIRO", de quem, à falta de arquivos documentais que se conheçam, se afirmou ( o professor de Desenho da Escola, A. RESSANO GARCIA, em 1937) "se dever certamente a linha geral do edifício". Mas "J.P.MONTEIRO" faleceu em 1853, data em que foi nomeado, sempre para a cadeira de Desenho, o engenheiro francês "PIERRE-JOSEPH PÉZERAT", que já em 1870, grandes serviços de responsabilidade prestou à CÂMARA MUNICIPAL da Capital, sendo uma figura incontornável da sua história urbanística.
A ele parece possível atribuir a forma definitiva do edifício da POLITÉCNICA, por similitude de gosto com outras obras suas: "último arquitecto neo-clássico de LISBOA", como lhe chamavam.

O pórtico monumental do edifício, utilizando, sobre altas bases, ao nível do embasamento de cantaria de toda a fachada, duas colunas Jónicas recuperadas das ruínas da IGREJA DE SÃO FRANCISCO DA CIDADE" (no antigo LARGO DA BIBLIOTECA PÚBLICA), sobre elas, e as pilastras que a delimitam, pousando uma arquitrave discretamente trabalhada e, sobre um frontão as armas reais, em "bronze", enobrecem, no tímpano o todo ao alto de uma escadaria depois de encurtada, por necessidades do trânsito.
São elementos de estilo que, tal como o movimento dos corpos da fachada, levemente salientes sobre a cornija contínua, os das extremidades, de três janelas, e os ricos portões laterais, dourados, à francesa (alargados depois do incêndio de 1978) definem bem a personalidade do arquitecto final da vasta obra, monumento principal da "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA", e emblema da cidade.
Nesta ESCOLA se formaram e leccionaram muitos nomes conhecidos, mais pela sua carreira política do que pela sua actividade cientifica, na segunda metade do século XIX.
Com o advento da REPÚBLICA esta instituição é substituída pela FACULDADE DE CIÊNCIAS, quando na reconstituição da UNIVERSIDADE DE LISBOA ( 1911 ).
Imóvel que é testemunho da obra de "PÉZERAT" (embora o projecto esteja infelizmente perdido), hoje a "ESCOLA POLITÉCNICA" recém-classificada como -  PATRIMÓNIO DE INTERESSE PÚBLICO - alberga os "MUSEUS DE HISTÓRIA NATURAL, DE CIÊNCIA E MINERALÓGICO E GEOLÓGICO", perpetuando a tradição cultural e pedagógica no local.
Sofreu um violento incêndio na noite de 18 de Março de 1978, que destruiu parte da ala Sul, com grandes perdas das colecções do MUSEU BOCAGE e da MINERALOGIA, embora não tivesse afectado as fachadas.
Resumindo: Foi um estabelecimento de ensino pré-universitário fundado em LISBOA em 1761, e voltado para a educação inicial dos jovens aristocratas portugueses. Foi extinto em 1837, uma vez que os seus objectivos não podiam subsistir no enquadramento criado pela implantação do regime liberal em PORTUGAL. As instalações e equipamento foram concedidos à então criada "ESCOLA POLITÉCNICA DE LISBOA", transformada, em 1911, na FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA (desde 1985 localizado na CIDADE UNIVERSITÁRIA).

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA[ VII ]-O JARDIM BOTÂNICO»

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