quarta-feira, 14 de outubro de 2015

RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ VII ]

«O JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA»
 Rua da Escola Politécnica - (2012) Foto de autor não identificado ( Uma das entradas para o JARDIM BOTÂNICO" na "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA" em LISBOA) in JUNTA DE FREGUESIA DE SANTO ANTÓNIO
 Rua da Escola Politécnica - (2001) Foto de Pedro Soares (Uma rua no interior do "JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA". Começou a ser plantado no ano de 1873 por iniciativa do "4º CONDE DE FICALHO" e "ANDRADE CORVO") in  MONTE OLIVETE
 Rua da Escola Politécnica - ( ant. 1945) Foto dos Estúdios de Mário Novais - ("JARDIM BOTÂNICO" da ESCOLA POLITÉCNICA, podemos ver ao fundo o observatório Meteorológico Infante D. Luís e pormenores da estufa) (Abre em tamanho grande)  in  AML
 Rua da Escola Politécnica - (depois de 1926) Foto de Fernando Manuel de Jesus Martins ( Monumento ao DR. BERNARDINO ANTÓNIO GOMES(pai) (1768-1823), inaugurada em 1926 no JARDIM BOTÂNICO da Escola Politécnica de LISBOA. Médico e Botânico, criou em Portugal o primeiro  Instituto de Vacinação do qual foi seu Director.  in   AML 
 Rua da Escola Politécnica - (1912) Foto de Joshua Benoliel ( Um pormenor do JARDIM BOTÂNICO da ESCOLA POLITÉCNICA DE LISBOA)  (Abre em tamanho grande )  in  AML 
Rua da Escola Politécnica - ( 19__) Foto de Paulo Guedes - ( A ESTUFA do JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA, na RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA) (Abre em tamanho grande)  in  AML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ VII ]

«O JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA»


O «JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA» é um Jardim científico, projectado em meados do século XIX, e começado a plantar em 1873, por iniciativa dos professores: "4.º CONDE DE FICALHO - Francisco Manuel de Melo Breyner (1837-1903) e "JOÃO DE ANDRADE CORVO" (1824-1890), com sentido de modernidade  e rara generosidade orçamental, para servir o ensino e a investigação da Botânica na ESCOLA POLITÉCNICA
Com a sua inauguração ao público no ano de 1878 (com aproximadamente 137 anos) a ESCOLA e o JARDIM BOTÂNICO são, ainda hoje, um símbolo dos novos rumos de progresso social e científico que a revolução liberal trouxe para PORTUGAL.
O JARDIM conheceu desde sua origem merecida fama. Do novo "Belvedere" ( 1 ) no MONTE OLIVETE, enriquecido com milhares de espécies exóticas, podia o visitante, especialmente estrangeiro, deleitar-se com o soberbo panorama de outras colinas debruçadas sobre o rio. A enorme diversidade de plantas, vindas dos quatro cantos do Mundo em que havia territórios sob soberania portuguesa, patenteava, ao turista, a importância da grande potência Colonial que Portugal então representava, embora fosse, na EUROPA, uma nação pequena e marginal.
A excelente qualidade do projecto, bem ajustado ao sítio e ao ameno clima de LISBOA, cedo foi comprovado. Acabadas as plantações, segundo o elegante desenho das veredas, canteiros e socalcos, atravessados por Lagos e Cascatas, as jovens plantas rapidamente prosperaram, ocupando todo o espaço e deixando logo adivinhar como, com o tempo, a cidade viria a ganhar o seu mais aprazível espaço verde e o de maior interesse cénico e botânico. Em pleno coração de LISBOA e em forte contraste com o seu bulício, as cores e as sombras, os cheiros e os sons do JARDIM BOTÂNICO dão recolhimento e deleite. E, tratando-se de um JARDIM BOTÂNICO, outras funções desempenhava o JARDIM, que não apenas as de lazer e recreio passivo.
As colecções sistemáticas servem vários ramos da investigação botânica, demonstram junto do público e das escolas a grande diversidade de formas vegetais e múltiplos processos ecológicos, ao mesmo tempo que representam um meio importante e efectivo na conservação de plantas ameaçadas de extinção.
Na norma do que hoje acontece na generalidade dos JARDINS BOTÂNICOS, também, desenvolve, em permanência, activos programas de educação ambiental.
Algumas colecções merecem menção especial. A notável diversidade de palmeiras, vindas de todos os continentes, confere inesperado cunho tropical a diversas localizações do JARDIM. As "CICADÁCEAS" são um dos "ex-libris" do JARDIM . Autênticos fósseis vivos, representam floras antigas, que na maioria se extinguiram. Hoje são todas de grande raridade, havendo certas espécies que só em JARDINS BOTÂNICOS se conservam.
O JARDIM é particularmente rico em espécies tropicais originárias da NOVA ZELÂNDIA, AUSTRÁLIA, JAPÃO e AMÉRICA DO SUL, o que atesta a amenidade do clima em LISBOA e as peculiaridades dos micro climas do JARDIM.
O JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA faz hoje parte da UNIVERSIDADE DE LISBOA(JBUL).

( 1 ) - BELVEDERE- Um complexo Jardim de BELVEDERE, em VIANA, AUSTRIA, também chamado "PALÁCIO-JARDIM". Noutro contexto,  pode-se atribuir a "qualquer estrutura construída com o objectivo de se poder usufruir da vista".

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ VIII ]-A CASA DAS ONZE PORTAS ( 1 )».

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