sábado, 23 de fevereiro de 2008

RUA D. PEDRO V

Rua D. Pedro V, 2 a 6 - (1969) (Portão de entrada para a ex-residência de Diniz Bordalo Pinheiro Director do "Jornal do Comércio", hoje na posse do Totobola, com entrada também pela Rua das Taipas número 1) in AFML
Rua D. Pedro V, 8 a 14 - (1968) Foto João H. Goulart in AFML

Rua D. Pedro V - (1967) Foto Vasco Gouveia de Figueiredo (Pátio do Tijolo, 25 a 35) in AFML


Rua D. Pedro V - (1967) Foto Vasco Gouveia de Figueiredo ( Litografia de Portugal no Pátio do Tijolo) in AFML



Rua D. Pedro V - (1945) Foto Eduardo Portugal (Arco do Evaristo) in AFML




Rua D. Pedro V - [s.d.] Fotógrafo não identificado (Vendedora ambulante com sua mula, no lado direito o Convento de S. Pedro de Alcântara) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa



A RUA D. PEDRO V pertence a três freguesias. À freguesia da ENCARNAÇÃO os números 1 a 57, à freguesia de S. JOSÉ todos os números pares, à freguesia de SANTA CATARINA do número 59 em diante.
Começa na Rua Luísa Todi em frente do número 1 e termina na Praça do Príncipe Real no número 35.
A Rua D. Pedro V, antiga Rua do Moinho de Vento, foi assim chamada por estar muito perto do campo e ser ventosa.
Segundo se lê na obra de Norberto de Araújo em "Peregrinações em Lisboa", «esta artéria era uma estrada de terra batida que corria entre (terras de semeadura)». Já tinha servido causas patrióticas pois «os ingleses de Maria Tudor, auxiliares de D. António Prior do Crato, quando cercaram Lisboa em 1589, tempo de Filipe II de Espanha, estiveram aqui acampados».
No início da antiga Rua do Moinho de Vento (actual Rua D. Pedro V), encontramos o Convento de S. Pedro de Alcântara e sua Capela, também chamada dos Lencastres. Datam do século XVII e reproduzem a grandeza de um Arcebispo de Braga e Primaz de Espanha, "Cardeal Inquisidor" D. Veríssimo de Lencastre, descendente de D. João II.
A sua Capela dedicada aos Santos Veríssimo, Máxima e Júlia Mártires de Lisboa, testemunho de uma cristandade bastante antiga. ( o percurso da vida destes Mártires, impossível de averiguar com rigor, aparecem descritos num códice quatrocentista na Biblioteca Pública de Évora, -cód. CV/1-23d).
O espaço deste Convento e Igreja é pertença da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, é um exemplo de coesão entre diferentes manifestações de arte decorativa do Barroco português, no que diz respeito ao ornamental de mármore policromados que os revestem.
Foi nesta rua, no Pátio do Tijolo, que existiu a Litografia de Portugal fundada no ano de 1803. Hoje com 105 anos de idade, fomos encontrar a referida firma no Cabeço de Montachique (LOURES), muito bem estruturada (de notório prestígio Nacional e Internacional) e ainda, com o mesmo nome: «LITOGRAFIA DE PORTUGAL, S.A.».
No Pátio do Tijolo está instalado o Palácio Braamcamp, edifício datado do século XVIII, onde funcionou o primeiro Liceu Francês.
Desde 1963 está nesse mesmo Palácio a funcionar a Caixa de Previdência do Pessoal de Câmara Municipal de Lisboa.
Neste Palácio viveu além de Anselmo Braamcamp (que lhe deu o nome) o Fontes Pereira de Melo.
Segundo o Itinerário Lisbonense, esta rua «é a continuação da Patriarcal Queimada, vindo da parte do Rato e termina no Largo de São Pedro de Alcântara». Pertencia à freguesia da Pena em 1780.
Em 1885 a rua acompanhou os sinais do tempo, mudando o nome para D. Pedro V.



1 comentário:

Anónimo disse...

Velho Pátio do Tijolo:)