quarta-feira, 17 de março de 2010

RUA DE XABREGAS [ X ]

Rua de Xabregas - (1989) - Foto de APS - A Companhia NACIONAL de moagem permaneceu parada desde o incêndio de 1947, nos seus terrenos foi aberta a «RUA BISPO DE COCHIM» ARQUIVO/APS.
Rua de Xabregas - (1946) - (Foto de Ferreira da Cunha) (Antigo mercado de Xabregas depois de uma cheia em Xabregas, ao fundo o edifício da antiga Aliança, antes do incêndio) in AFML

Rua de Xabregas - (1939-07) Foto de Eduardo Portugal - (Antigo Mercado de Xabregas no Largo Marques de Nisa, vendo-se em segundo plano as instalações da antiga Fábrica de Moagem a Vapor Aliança) in AFML


Rua de Xabregas - (1938) - Foto de Eduardo Portugal ( Viaduto de Xabregas a Fábrica de Moagem a Vapor Aliança, mais tarde Nova Companhia NACIONAL de Moagem) in AFML



Rua de Xabregas - (1903) Foto de autor desconhecido (Anúncio da Fábrica a Vapor Aliança no Anuário Comercial de 1903) in FARINHAS, MOINHOS E MOAGENS.
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(CONTINUAÇÃO)
RUA DE XABREGAS [ X ]
«FABRICA DE MOAGEM A VAPOR ALIANÇA»
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Em «XABREGAS» situada junto ao viaduto ferroviário em terrenos roubados ao Tejo, funcionava desde 1877 a «FABRICA DE MOAGEM A VAPOR ALIANÇA», num vasto edifício de três andares, expressamente construído para esta fim.
Era uma fábrica de moagem de trigo pelo sistema Austro-Hungaro, e empregava uma máquina e caldeira a vapor com força de 15 cavalos. Em 30 de Julho de 1900 temos a informação de que tinha um sistema de trituração e conversão de quatro nós e de cilindros.
A sua força produtiva anual era de 21 300 000Kg/trigo. No ano de 1903 surge com a designação de «FÁBRICA A VAPOR ALIANÇA» de «JOÃO LUÍS DE SOUSA E FILHO».
Por despacho de 14 de Janeiro de 1905 esta firma, proprietária da «FABRICA DE MOAGEM DE SANTARÉM», foi autorizada a farinar, por um ano, na fábrica que possuía em XABREGAS.
Depois de 1908 integrou-se na «NOVA COMPANHIA NACIONAL DE MOAGEM» e foi avaliada em quinhentos mil réis.
No ano de 1917 esta empresa é integrada na firma de «JOÃO DE BRITO, LDA.», e em 17 de Dezembro de 1919, constitui-se a «COMPANHIA INDUSTRIAL DE PORTUGAL E COLÓNIAS, S.A.R.L.», através da fusão da «NOVA COMPANHIA NACIONAL DE MOAGEM» e da «COMPANHIA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO». No início dos anos 80 é transformada em Sociedade Anónima, com a designação «NACIONAL-COMPANHIA INDUSTRIAL DE TRANSFORMAÇÃO DE CEREAIS, SA»(ver mais aqui).
No ano de 1843 o industrial »João de Brito» instala no «CONVENTO DO BEATO» uma moenda de cereais. A utilização da marca «NACIONAL» foi-lhe concedida pela rainha «D. MARIA II». no ano de 1840, devido à relevância dos serviços prestados à Nação pelo empresário, através dos produtos comercializados na época.
A fabrica de moagem da «COMPANHIA INDUSTRIAL DE PORTUGAL E COLÓNIAS» sucessora da «NOVA COMPANHIA NACIONAL DE MOAGEM» situada perto do Viaduto Ferroviário de Xabregas, em 28 de Fevereiro de 1947 foi destruída totalmente por um violento incêndio.
Quanto à «FÁBRICA DE MOAGEM A VAPOR ALIANÇA» integrada nesta grande empresa «NACIONAL» e depois do incêndio, esteve largos anos em ruínas. Foi demolida e o seu espaço aproveitado para a «RUA BISPO DE COCHIM» para fazer a ligação entre a «RUA DE XABREGAS» e a «AVENIDA INFANTE D. HENRIQUE».
Desde o ano de 1990 que a «NACIONAL» faz parte do «GRUPO EMPRESARIAL DE AMORIM» e em 2005 sofreu outra reestruturação.
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DE XABREGAS [ XI ] -FÁBRICA DE FIAÇÃO DE XABREGAS (vulgo)-FÁBRICA SAMARITANA (1)»


2 comentários:

Ricardo Moreira disse...

Agora percebo porque motivo existiu durante muitos anos a publicidade à Nacional no muro que delimitava o terreno!
Curiosa a foto da inundação, não tanto pelas consequências da mesma, mas pela impressionante quantidade de mírones "estacionados" no viaduto ferroviário!

APS disse...

Caro Ricardo Moreira

A publicidade devia ser para assinalar que o terreno era da «NACIONAL». Não faço ideia quem ficou a ganhar com a permuta do espaço.

Dos curiosos no viaduto, eu também devia fazer parte, pois nessa altura era rapazote e gostava de assistir e estes "acontecimentos" na "bancada".

Um abraço
APS