sábado, 28 de abril de 2012

RUA VÍTOR CORDON [ X ]

 Rua Vítor Cordon - (2010) - ("Largo da Academia Nacional de Belas-Artes" entrada para a "Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa" no antigo "Convento de S. Francisco") in ESPAÇO E MEMÓRIA
 Rua Vítor Cordon - (2007) - (Panorama das instalações da "ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES" e "Largo da Academia Nacional de Belas-Artes") in GOOGLE EARTH
 Rua Vítor Cordon - (2007) - (Vista panorâmica das instalações da "Academia Nacional de Belas-Artes" e "Rua Vítor Cordon") in GOOGLE EARTH
Rua Vítor Cordon - (início do século XX) Foto de Joshua Benoliel ("Rua Vítor Cordon" junto ao "Largo da Academia Nacional de Belas-Artes") in AFML

(CONTINUAÇÃO) - RUA VÍTOR CORDON [ X ]

«A ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES»

A «ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES», sucessora das extintas «ACADEMIA DE BELAS-ARTES»(1862) e «ACADEMIA REAL DE BELAS-ARTES»(1911, tem as suas instalações no antigo espaço do «CONVENTO DE S. FRANCISCO DA CIDADE».
Insere-se a «ACADEMIA DE BELAS-ARTES» no prosseguimento da «IRMANDADE DE  S.LUCAS»(1602); e da «ACADEMIA PORTUGUESA DE ROMA», iniciada no reinado de «D. JOÃO V» no "Palácio Cimarra", suspensa em 1760, em consequência do conflito que interrompeu as relações entre PORTUGAL e a SANTA SÉ. Foi restabelecido em 1785, pelo diplomata «D. ALEXANDRE DE SOUSA HOLSTEIN».
Nos Séculos XVIII e XIX o magistério das BELAS-ARTES decorriam em vários locais: em MAFRA; no COLÉGIO DOS NOBRES; na FÁBRICA DAS SEDAS (desenho); na IMPRENSA RÉGIA (Gravura artística); na AULA RÉGIA (desenho e figura); na CASA PIA, no CASTELO DE S.JORGE e na Escola de Pintura do Real Palácio da Ajuda, criada em 1802.
A «ACADEMIA DE BELAS-ARTES» criada em Lisboa, a 25.10.1836, por decreto da rainha D. Maria II, assinado por «PASSOS MANUEL», que apresenta os primeiros decretos sobre o ensino das BELAS-ARTES, decretos que - segundo o então Ministro do Reino - eram "frutos dos trabalhos e das informações coligidas por diversas Comissões de Artistas e Literato". Desta forma, era instituída a «ACADEMIA DAS BELAS-ARTES» de Lisboa, cujo "objectivo imediato" era "unir em um só corpo de Escolas todas as Belas-Artes, com o fim de facilitar os seus progressos, de vulgarizar a sua prática e de a aplicar às Artes Fabris". 
A «ACADEMIA NACIONAL DE BELAS-ARTES» voltou a ser restaurada a 05.05.1932 (Decreto nº 20 977). É de sua competência tomar parte em reuniões cientificas nacionais e internacionais da sua especialidade, garantindo o eficaz funcionamento da sua biblioteca.
De salientar, ainda, que determinam os seus estatutos: aceitar doações, legados e heranças para o desenvolvimento das artes visuais e a defesa do património; conservar e expor ao público as suas colecções. Na sua biblioteca, existem milhares de volumes, entre os quais muitas raridades (provenientes de muitas ordens extintas em 1834). Deve ser a mais rica do país no respeitante a arte portuguesa e uma galeria com obras de assinalável interesse artístico e histórico.
Em 1950 passou a ser chamado de «ESCOLA SUPERIOR DE BELAS-ARTES DE LISBOA»(ESBAL), sendo integrada na «UNIVERSIDADE DE LISBOA» no ano de 1992, adoptando a actual denominação de: «FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA».
Em 1979 o «DEPARTAMENTO DE ARQUITECTURA DA (ESBAL)», foi autonomizado da escola, transformando-se na «FACULDADE DE ARQUITECTURA DA UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA».
Actualmente a «FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA» sendo uma instituição de ensino público universitário dedicada ao ensino e investigação nas áreas de Pintura, Escultura, Design de Equipamentos, Design de Comunicação e da Arte Multimédia ao nível graduado e pós graduado, bem como nas áreas da Teoria e História de Arte, Curadoria e Desenho a nível pós-graduado.

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) -«RUA VÍTOR CORDON [ XI ] -O HOSPITAL DA ORDEM TERCEIRA».



2 comentários:

Analfabruto disse...

Boa noite. Há já uns meses que sigo este blogue. Encontrei-o enquanto fazia pesquisas para a minha dissertação de mestrado. Quero deixar aqui o meu agradecimento, uma vez que tenho aqui encontrado uma série de assuntos relevantes. Achei particularmente interessantes os posts feitos acerca da zona oriental de Lisboa, do período em que zona fervilhava com fábricas a laborar. É óptimo conhecer esta Lisboa, o que se esconde por detrás da actualidade. Muito obrigado. Samuel Agostinho

APS disse...

Caro Samuel Agostinho
Fico muito grato pelas suas simpáticas palavras a este blogue.
Os "posts" da Zona Oriental de Lisboa e, nomeadamente o sítio de Xabregas, onde nasci e fui criado e ainda está na minha memória, os silvos das Fábricas que controlavam a vida deste ex-arrabalde de Lisboa, nas décadas de 40 e 50 do século XX.
Mais uma vez obrigado e volte sempre.
Cordialmente
(Agostinho Paiva Sobreira)
APS