quarta-feira, 2 de março de 2011

RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA [ II ]

Rua dos Duques de Bragança - (20010) (A Rua dos Duques de Bragança, entrada de viaturas, traseiras do Hospital da Ordem Terceira) in GOOGLE EARTH
Rua dos Duques de Bragança - (2010) - (A Rua dos Duques de Bragança, no lado esquerdo o muro do Hospital da Ordem Terceira) in GOOGLE EARTH

Rua dos Duques de Bragança - (2010) (Início da Rua dos Duques de Bragança na parte Sul) in GOOGLE EARTH

Rua dos Duques de Bragança - (2010) (A Rua dos Duques de Bragança depois de passar o Largo do Picadeiro para Sul) in GOOGLE EARTH
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA [ II ]
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«A RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA (2 )»

Colina conhecida por «MONTE FRAGOSO» mais tarde chamado de «MONTE DE SÃO FRANCISCO», na altura sobranceiro ao TEJO, sobre o qual caíam abruptas ravinas e córregos, tal como ainda hoje o deixam entender os declives da «CALÇADA DE S. FRANCISCO» da «RUA DO FERRAGIAL». Sítio altaneiro e ao mesmo tempo com cariz sagrado. Ali acamparam (por altura do ano de 1147) os «CRUZADOS INGLESES» que sitiaram LISBOA para ajudar o nosso rei «D. AFONSO HENRIQUES», na "tomada de Lisboa aos Mouros"; campo santo dos «MÁRTIRES» que morreram como CRUZADOS, em defesa da fé cristã.
«D. AFONSO HENRIQUES» mandou edificar uma ermida em acção de graça a Nossa Senhora, tal como nos diz a crónica. "El-Rei mandou logo fazer ali um oratório a Nª. Senhora dos MÁRTIRES". E por ser já lugar de romarias devotas e piedosas peregrinações, é que certamente, ali fizeram erguer o seu primeiro ermitério os frades franciscanos em (1217), o «CONVENTO DE SÃO FRANCISCO» e logo ficou mais notabilizado através do espírito e da sua projecção social.
Por alguns documentos existentes, sabe-se que desde finais do século XIV estes terrenos pertenceram a «NUNO ÁLVARES PEREIRA», e por motivo do casamento de sua filha «D. BEATRIZ», com «D. AFONSO», filha natural de «D. JOÃO I», mais tarde «DUQUE DE BRAGANÇA», todos estes chãos e prédios entraram na «CASA DE BRAGANÇA».

Existia ao fundo do último quarteirão da «RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO» que antigamente teve outras designações: «RUA DO PICADEIRO», «RUA DO TESOURO» ou ainda «RUA DO TESOURO VELHO», junto à «RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA» (antiga RUA DA LUTA), os «PAÇOS DOS DUQUES DE BRAGANÇA» ou «PALÁCIO DA CASA DE BRAGANÇA» instalado no planalto do outeiro, no extremo sul do quarteirão de prédios.
A Sul dos «PAÇOS» corria antes do terramoto de 1755, uma rua sem nome, que tinha aproximadamente a direcção da actual «RUA VÍTOR CORDON». Esta rua fazia a separação dos «PAÇOS» e o edifício do «TESOURO» que lhe ficava a SUL, quase à beira do escarpado do outeiro. No local que aproximadamente ocupava a «CASA DO TESOURO», foi construído em meados do século XIX, uma hospedaria que no início de (1845) se chamava «HOSPEDARIA BRAGANÇA», e depois «HOTEL BRAGANÇA». Mais tarde foi alugado às «COMPANHIAS REUNIDAS GÁS E ELECTRICIDADE» (hoje EDP) onde tinha os seus serviços administrativos.
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No século de quinhentos os «DUQUES DE BRAGANÇA» adquiriram aos frades de «SÃO FRANCISCO» muitos terrenos para alargarem suas hortas, e compreende-se assim que tudo isto por aqui fosse na maioria dos «BRAGANÇA». A artéria para onde estava virada a fachada principal do «PAÇO» chamava-se em meados do século XVI, «RUA DO DUQUE». Depois passou a «RUA DO PICADEIRO», «PAÇO DO DUQUE» e por fim, «RUA DO TESOURO» (esta última atribuída com a restauração em 1640).
No tempo de «D. JOÃO IV», foi abandonado este «PAÇO» como moradia, instalaram-se então no «PALÁCIO» o arquivo. o tesouro e a guarda das jóias.
«D. JOÃO V» mandou fazer grandes obras no «PALÁCIO», e assim ele chega ao terramoto cheio de riqueza.
O cataclismo de 1755 destruiu tudo e o sítio na altura, converteu-se num montão de escombros.
Em meados do século XIX, a artéria foi finalmente rectificada e edificada nos moldes actuais.
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(CONTINUA)-(PRÓXIMO)- «RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA [ III ] - BRITO CAMACHO E O SEU JORNAL "A LUTA"»




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