sábado, 12 de março de 2011

RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA [ V ]

Rua dos Duques de Bragança - (s/d) - (Aclamação de D. JOÃO IV na Restauração de Portugal) in ESTADO SENTIDO
Rua dos Duques de Bragança - (2008) Foto de Nuno Miguel da Silva (Palácio Ducal de VILA VIÇOSA) in OLHARES

Rua dos Duques de Bragança - (2007) Foto de Jorge Dias (Paço dos Duques de Bragança em GUIMARÃES) in OLHARES

Rua dos Duques de Bragança - s/d (Armas da sereníssima CASA DE BRAGANÇA) in CASA REAL PORTUGUESA

.
(CONTINUAÇÃO)
.
RUA DOS DUQUES DE BRAGANÇA [ V ]
.
«A CASA DE BRAGANÇA (2)»

Nos Paços dos «DUQUES DE BRAGANÇA» eram servidos com quase tanta magnificência como os dos REIS. As DUQUESAS tinham uma CAMAREIRA-MOR, damas e moças de câmara.
A etiqueta do Palácio Ducal e o cerimonial dos DUQUES nas funções públicas pouco diferiam dos que se usavam com os soberanos.
A «CASA DE BRAGANÇA» foi destruída em 1483 por «D. JOÃO II», que fez decapitar o « DUQUE - D. FERNANDO II». Todos os bens da casa foram então confiscados e distribuídos pelos favoritos do soberano, inimigos dos BRAGANÇAS. Os filhos foram obrigados a sair do país, e só em 1497, reinado de «D.MANUEL I», regressaram do exílio a pedido deste monarca, que os recebeu em SETÚBAL, onde então estava a CORTE, com brilhantes festas.
«D. MANUEL I» restituiu ao «DUQUE D. JAIME», que contava então 17 anos, todos os bens da CASA, e ainda lhos acrescentou; foram, porém, os «FILIPES» que aumentaram ao máximo as prerrogativas da CASA, dando-lhes maior independência em relação à COROA, do que tinha tido desde a Condenação do «DUQUE D. FERNANDO II».
Em 1640 a «CASA DE BRAGANÇA» ascende ao trono na pessoa do 8º «DUQUE DE BRAGANÇA» «D. JOÃO II» na ordem da casa e «D. JOÃO IV» como Rei. O estado da «CASA DE BRAGANÇA»foi então considerado independente da COROA, constituindo o património dos filhos primogénitos dos soberanos.
Os «DUQUES DE BRAGANÇA», adoptaram o brasão de armas que o 1º Duque «D. AFONSO I» (1377-1461) tinha usado.
Decaída de muitos dos seus privilégios e direitos com i advento do «LIBERALISMO», a «CASA DE BRAGANÇA» continuou a ser uma das mais importantes do REINO, com os seus avultados bens espalhados por todo o país. Esta situação não se alterou depois da proclamação da «REPÚBLICA», em que a «CASA DUCAL» ficou considerada como património pessoal do último Rei.
Depois da morte de «D. MANUEL II», último reinante da «CASA DE BRAGANÇA» foi constituída a «FUNDAÇÃO DA CASA DE BRAGANÇA», instituição dotada de personalidade moral, que não limita a sua actividade à administração dos seus bens patrimoniais, desenvolvendo-se também nos campos culturais, artísticos, religiosos e social.
.
«A CASA REAL PORTUGUESA DOS BRAGANÇA»
.
Os «DUQUES DE BRAGANÇA» são até à presente época, 25 na sua totalidade.
  1. 1º)«D. AFONSO I » (1377-1461)
  2. 2º)«D. FERNANDO I » (1403-1478
  3. 3º)«D. FERNANDO II » (1430-1483)«
  4. 4º)«D. JAIME I » (1479-1532)
  5. 5º)«D. TEODÓSIO I » ( 1520 - 1563)
  6. 6º)«D. JOÃO I » (1543-1583)
  7. 7º)«D. TEODÓSIO II » (1568-1630
  8. 8º)«D. JOÃO II -(D.JOÃO IV, REI DE PORTUGAL» (1604-1656)
  9. 9º)«D. TEODÓSIO III » (1634-1653)
  10. 10º)«D. AFONSO II - (D. AFONSO VI, REI DE PORTUGAL» (1643-1683)
  11. 11º)«D. JOÃO III - (D. JOÃO V, REI DE PORTUGAL) (1689-1750)
  12. 12º)«D. JOSÉ I - (D. JOSÉ I, REI DE PORTUGAL» (1714-1777)
  13. 13º)«D. MARIA I - (D. MARIA I, RAINHA DE PORTUGAL» (1734-1816)
  14. 14º)«D.JOSÉ II (1761-1788)
  15. 15º)«D.JOÃO IV - (D. JOÃO VI, REI DE PORTUGAL» (1767-1826)
  16. 16º)«D.PEDRO I - (D. PEDRO IV, REI DE PORTUGAL» (1798-1834)
  17. 17º)«D. MIGUEL I - (D. MIGUEL I, REI DE PORTUGAL» (1802-1866)
  18. 18º)«D. MARIA II - (D. MARIA II, RAINHA DE PORTUGAL» (1819-1853)
  19. 19º)«D. PEDRO II - (D. PEDRO V, REI DE PORTUGAL» (1837-1861)
  20. 20º)«D. MIGUEL II (1853-1927)
  21. 21º)«D. CARLOS I - (D. CARLOS I, REI DE PORTUGAL» (1863-1908)
  22. 22º)«D. LUÍS FILIPE (1887-1908)
  23. 23º)«D. MANUEL II - (D. MANUEL II, REI DE PORTUGAL» (1889-1932)
  24. 24º)«D. DUARTE NUNO (1907-1976)
  25. 25º)«D. DUARTE PIO (1945 - ).

NOTA: As datas entre parêntese correspondem ao nascimento e morte dos titulares.

[ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

- Actas da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa - 2000- Edição da CML - Coordenação e Concepção da Edição de: Agostinho Gomes; Paula Machado; Rui Machado e Teresa Sandra Pereira.

- ARAÚJO, Norberto de - 1993 - PEREGRINAÇÕES EM LISBOA - Livro XIII- Vega- Lisboa- Patrocínio da Fundação Cidade de Lisboa.

- CASTILHO, Júlio de - 1937 - LISBOA ANTIGA - BAIRROS ORIENTAIS - 2ª Edição Volume VIII - Serviços Industriais da CML.

- DICIONÁRIO DA HISTÓRIA DE LISBOA - 1994 - Coordenação e Direcção de Francisco Santana e Eduardo Sucena.

- MACEDO, Luís Pastor de - 1985 - LISBOA DE LÉS A LÉS - VOLUME III - 3ª edição - Publicações Culturais da CML.

- NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL - 1960 - Volume II - Editora Enciclopédia, Ltda.

- SILVA, A. Vieira da - 1987 - A CERCA FERNANDINA DE LISBOA - Volume II - Edição CML.

- III Jornadas sobre Toponímia de Lisboa - 2000 - Edição da CML - Departamento de Adm. Geral, Coordenação de: António Trindade, Paula Machado e Teresa Sandra Pereira

(PRÓXIMO) - «CALÇADA DOS BARBADINHOS [ I ] - A CALÇADA DOS BARBADINHOS»






3 comentários:

Ricardo Moreira disse...

Dom Luís I (de Portugal, pai de Dom Carlos) não era Duque de Bragança?

APS disse...

Caro Ricardo Moreira

A sua pergunta é pertinente. Vou por e-mail fundamentá-la para não tornar muito longo este comentário.
No entanto posso acrescentar que não foi só o «D. LUÍS I» que não usou o título de «DUQUE DE BRAGANÇA». «D. PEDRO II». «D. MIGUEL» e «D. MANUEL», não usaram esse título por várias razões.

Um abraço
APS

Ricardo Moreira disse...

Muito obrigado pela resposta.