Praça General Domingos de Oliveira - (1966) Foto Artur Inácio Bastos (Placa Toponímica ) in AFML
Praça General Domingos de Oliveira - (1966) Foto Artur Inácio Bastos in AFML
Praça General Domingos de Oliveira - (1966) Foto Artur Inácio Bastos in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
Praça General Domingos de Oliveira - (1966) Foto Artur Inácio Bastos (Obras de remodelação na Rotunda de Alcântara devido à construção de um acesso à Ponte sobre o Tejo) in AFML
A PRAÇA GENERAL DOMINGOS DE OLIVEIRA pertence à freguesia de ALCÂNTARA e fica entre a Avenida da Índia, arruamento de acesso à Ponte 25 de Abril, Rua de Alcântara, Rua do Prior do Crato e Rua das Fontainhas.
Em 25 de Janeiro de 1965 reuniu-se a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia para apreciar entre outros assuntos, a carta do Capitão-de-fragata José Soares de Oliveira, solicitando que o nome de seu pai - General Domingos de Oliveira, seja perpetuado numa Rua do Bairro de Alcântara. (1)
DOMINGOS DA COSTA OLIVEIRA
(1) - Livros de Actas Nº 88 da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa (1943-1974)
Praça General Domingos de Oliveira - (1965) Foto Artur Inácio Bastos (Remodelação na rotunda de Alcântara devido à construção de uma entrada de acesso à Ponte sobre o Tejo) in AFML
A PRAÇA GENERAL DOMINGOS DE OLIVEIRA pertence à freguesia de ALCÂNTARA e fica entre a Avenida da Índia, arruamento de acesso à Ponte 25 de Abril, Rua de Alcântara, Rua do Prior do Crato e Rua das Fontainhas.
Esta Praça ou Rotunda (antes Largo de Alcântara) fica na zona oeste da capital. Essa Lisboa é hoje conhecida sobretudo pela vida nocturna que anima a cidade e pela Ponte 25 de Abril, ali mandada construir por Salazar, a qual veio permitir a primeira ligação rodoviária mais perto de foz, entre as duas margens do extenso estuário do Tejo. É caso para dizer que com a grandiosa ponte o Sul fica mais perto!
Quanto ao Largo de Alcântara propriamente dito, ele não mais poderá ser identificado, (com este nome), nem pelo investigador de qualquer roteiro, nem pelo visitante no local. Testemunhos colhidos in loco indicam o fim da Rua Prior do Crato, que realmente é um largo, como sendo o dito Largo de Alcântara. Pelo menos é esse o nome pelo qual as gentes locais o referem.
A fazer fé em tais testemunhos, o largo em questão distinguir-se-á da Praça de Alcântara, ficando um de cada lado da dita Rua do Prior do Crato. Mais que isso, sendo oficialmente o Largo de Alcântara parte integrante da referida rua, contudo, não há certeza que assim seja. Na verdade, outros testemunhos identificam o Largo de Alcântara como a Praça de Alcântara.
A Praça de Alcântara já não existe também sob esta designação, mudou de identidade e tem actualmente o nome de Praça da Armada. É enfeitada por um pequeno jardim, onde pontifica um
chafariz de 1845, situado em frente ao popular "Quartel dos Marinheiros". Uma pequena rampa, faz a ligação ao Largo das Necessidades.
À Praça de Alcântara segue-se a Rua do Livramento (hoje Rua do Prior do Crato) no fim da qual passava a ribeira de Alcântara, que corria no vale deste nome.
Junto ao antigo Largo de Alcântara existiu o Mercado Municipal de Alcântara. A ideia da construção do Mercado surge integrada numa campanha de melhoramentos do bairro de Alcântara, apoiada pelo seu prior, Reverendo José de Almeida Campos, entre outras personalidades do bairro. Construído segundo o projecto de José Alexandre Soares, foi inaugurado em 31 de Dezembro de 1905, com uma área de 900m2, no local onde primitivamente estava a ponte de Alcântara, representando desde logo um grande benefício para a população. Tinha 32 lugares de venda, incluindo os quatro Torreões cilíndricos e 41 mesas para peixe.
Aqui se manteve uma boa parte do século XX, até que a necessidade dos acessos à Ponte sobre o Tejo veio contribuir para o seu desaparecimento. Hoje o espaço corresponde à actual «Praça General Domingos de Oliveira».
Sobre a ribeira de Alcântara (só um pequeno apontamento), havia uma antiga ponte (construída pelos Árabes no final dos anos 200, princípios dos anos 300 - séculos III e IV), e foi neste local que se deu, em 25 de Agosto de 1580, a batalha da ponte de Alcântara entre tropas do Duque de Alba e as de D. António, Prior do Crato, em que os portugueses foram derrotados.
Em 25 de Janeiro de 1965 reuniu-se a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia para apreciar entre outros assuntos, a carta do Capitão-de-fragata José Soares de Oliveira, solicitando que o nome de seu pai - General Domingos de Oliveira, seja perpetuado numa Rua do Bairro de Alcântara. (1)
DOMINGOS DA COSTA OLIVEIRA
Nasceu em Lisboa na freguesia de Santa Maria de Belém, em 31 de Julho de 1873, faleceu em Lisboa em 25 de Dezembro de 1957.
Frequentou a Escola do Exército, na arma de Cavalaria, tendo alcançado a patente de General em 1928. Comandou a Brigada de Cavalaria do Alentejo, distinguiu-se na 3ª Região Militar (Tomar), em 1928 foi Governador Militar de Lisboa e Embaixador na Inglaterra em 1937.
Domingos da Costa Oliveira, foi presidente do Conselho de Ministros entre 21 de Janeiro de 1930 a 29 de Junho de 1932. (896 dias)
Neste Governo, Domingos da Costa tinha como Ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, que lhe sucedeu no Governo imediatamente a seguir.
O General Domingos da Costa Oliveira era considerado um homem modesto, popular e conservador. Passou à reserva em 1938.
(1) - Livros de Actas Nº 88 da Comissão Municipal de Toponímia de Lisboa (1943-1974)
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