sexta-feira, 16 de maio de 2008

PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA [ VIII ]

Praça Duque da Terceira - (1958) Foto de Armando Serôdio (Café Royal na Praça Duque da Terceira) in AFML
Praça Duque da Terceira - (1958) Foto de Armando Serôdio (Café Royal-Painel de Azulejos) in AFML

Praça Duque da Terceira - Post. 1873) Foto Alberto Carlos Lima (Estátua do Duque da Terceira) in AFML
Praça Duque da Terceira - (1913) Foto Joshua Benoliel (Edifício da AGPL) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa



(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA
«O EDIFÍCIO DA AGPL E A PRAÇA)
No ângulo sueste desta Praça fica o edifício da Administração Geral do Porto de Lisboa, concluído em 1907, com o seu telhado típico francês e o relógio que já funcionou e agora é meramente decorativo.
A Sul da Praça fica o Jardim do Roque Gameiro e já em 1915 recebeu expressiva estátua «AO LEME» obra de Francisco Santos, que completou o sítio moderno com a estação da linha de Caminhos de Ferro de Cascais, já em 1876 aberta e em 1926 electrificada para progresso turístico, tendo o edifício o risco de Pardal Monteiro.


A Praça hoje chamada de Duque da Terceira, foi em 1845 ou 1849, empedrada a preto e branco e arborizada, também lhe colocaram no centro, sobre uma mesa de pedra-lioz, um quadrante horizontal o qual era chamado «O MERIDIANO DOS REMOLARES », depois substituído pela estátua do Duque, cuja implantação decorreu de 1875 a 1877.
Foi regularizado o aterro que afastou o rio definitivamente para mais longe de onde corria.
A Praça teve a sua vida muito própria, piso natural de embarcadiços que se repartiam por cafés e bares da vizinhança.
Tudo se foi alterando e modificando, os hotéis foram substituídos por escritórios de empresas ligadas ainda ao comércio marítimo. Os cafés de luxo desapareceram, retirando-se os bares nocturnos para a Rua de S. Paulo, como que envergonhados do que se passou.
Um ou outro bar ou restaurante ainda resiste. O afamado «Royal» frequentado por uma certa elite intelectual, ali almoçava com regularidade o pintor Columbano Bordalo Pinheiro, praticamente até ao fim da sua vida (1920), são algumas memórias de um antiquíssimo lugar outrora à beira-mar plantado.

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