quinta-feira, 1 de maio de 2008

PRAÇA DO MUNICIPIO [ VI ]

Praça do Município - (2002) Foto de Dias dos Reis (Câmara Municipal de Lisboa) in www.pbase.com
Praça do Município - (2008) Foto de APS (Edifício da Câmara Municipal de Lisboa)

Praça do Município - (1945) Foto André Salgado (Paços do Concelho e Pelourinho) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa


(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA DO MUNICÍPIO
«PAÇOS DO CONCELHO»
Aquando do terramoto de 1755, encontrava-se a Câmara, então designada por «SENADO», a proceder a obras no seu Paço do Rossio. O chão onde assentava esse Paço seria absorvido depois do terramoto pelo no «PALÁCIO DOS ESTAUS», que rematou o lado Norte da também nova Praça do Rossio saída do reordenamento urbano.
Em 1756 o Senado reunia-se no Campo do Curral (Campo de Santana) em casas fabricadas de madeira.
D. José mandava edificar uma casa decente para o Senado e foi o Engenheiro Eugénio dos Santos Carvalho quem executou o projecto. Nesta nova casa da Câmara, existem ainda dois desenhos, assinados, representando as fachadas Sul e Norte do imponente edifício que ocupava, num só quarteirão, todo o espaço entre a fachada ocidental dos actuais Paços do Concelho, até à fachada do Ministério da Administração Interna sobre a Rua do Ouro.
A sua fachada principal estava voltada a ocidente, a fachada Norte dava para a Rua Nova d'El-Rei, a Oriente dava para a Rua Áurea e a Sul para a Rua Nova do Arsenal.
As obras do Paço Pombalino, seguidas por Reinaldo Manuel, começaram em Abril de 1770 e terminaram em Outubro de 1774, sendo inaugurado a 2 de Janeiro de 1775. No dia 4 a Câmara reuniu pela primeira vez.
A Sala nobre do Senado era forrada com panos de arrás, e respectivas sobre portas da série «Histórias de Constantino», nos quais tinham sido apostas as Armas da Cidade.
Reposteiros, móveis, lampiões, candeeiros e pinturas engrandeceram substancialmente as Salas do Senado.
Tudo desapareceu! O incêndio de 19 de Novembro de 1863, não só destruiu o Paço da Cidade, como destruiu também, em parte, o programa pombalino daquele longo quarteirão.
O espaço, embora respeitando as linhas externas de limite, foi cortado ao meio para se abrir uma «passagem», com dimensões de Rua, à qual puseram o nome de Henrique Nogueira.
O Novo edifício, pensado, projectado e construído ao gosto do século XIX, exprimia uma nova linguagem dinâmica e ousada que anunciava as grandes mudanças do século e a idealização do municipalismo.


(CONTINUA) - (Próximo - O FOGO NA CML no SÉCULO XIX)

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