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(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA
«ZONA PORTUÁRIA»
«CATA-QUE-FARÁS» e «REMOLARES» como local central da zona portuária lisboeta, era natural que fosse também o sítio privilegiado de Lisboa para as mais famosas hospedarias, casas de pasto e tabacarias. Já outro estrangeiro, agora francês, autor da Descrição de Lisboa em 1730, refere-se a Remolares escrevendo: « as boas hospedarias, quase todas francesas, inglesas e holandesas são caríssimas. Na melhor, que é francesa, situada à beira do Tejo, num pequeno largo chamado Remolares, levam 6 francos por dia».
«CATA-QUE-FARÁS» e «REMOLARES» como local central da zona portuária lisboeta, era natural que fosse também o sítio privilegiado de Lisboa para as mais famosas hospedarias, casas de pasto e tabacarias. Já outro estrangeiro, agora francês, autor da Descrição de Lisboa em 1730, refere-se a Remolares escrevendo: « as boas hospedarias, quase todas francesas, inglesas e holandesas são caríssimas. Na melhor, que é francesa, situada à beira do Tejo, num pequeno largo chamado Remolares, levam 6 francos por dia».
O emaranhado de Ruas estreitas, juntas às margens do Tejo, lugar de marinheiros e gente das mais variadas nacionalidades e origens, era natural que o lugar fosse conhecido também por seus maus costumes.
Aqui as memórias são mais vagas e as referências subentendidas.
No século XVI Baltazar Teles fala de vários frequentadores do bairro de marinheiros, marítimos e outros. Quem seria os outros? Em 1668 o príncipe regente D. Pedro mandou tapar os becos da zona a fim de evitar que por ali se praticassem descaminhos de direitos. Já no século XIX a Câmara Municipal de Lisboa vê-se obrigada a tomar providências pois a falta de pudor transbordava a lugares de prestigio como o Terreiro do Paço, onde «mulheres das últimas classes pouco afeitas ao feio do pudor, e rapazes em completo estado de nudez, iam banhar-se em pleno dia no cais».
(CONTINUA) - (Próximo - O DESNIVELAMENTO DA RUA DO ALECRIM)
3 comentários:
Permita-me uma correcção. D. Pedro II mandou entaipar os becos com «paredes de pedra e cal» por se obstar ao contrabando. Gomes de Brito dá conta disso e dá também conta de que a Câmara procurou contrariar a ordem pelo muito que prejudicava os moradores dos becos, muitos deles mercadores ou trabalhadores ligados à faina marítima do lugar e que asim ficavam com acesso vedado à praia. E asim ficaram.
Cumpts. :)
Caro Bic Laranja
É sempre um prazer da minha parte receber um comentário seu, sobre as "Ruas de Lisboa". Só que desta vez não entendi a correcção.
Será que me poderia explicar melhor?
Despeço-me com amizade
APS
Pois é.
« Em 1668 o príncipe regente D. Pedro mandou tapar os becos da zona a fim de evitar que por ali se praticassem descaminhos de direitos.»
Estava lá perfeitamente claro e devo ter treslido e entendido já não sei o quê. Salva-se o complemento de a Câmara ter argumentado contra o Regente.
Abraço.
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