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(CONTINUAÇÃO)
LARGO DO CONDE BARÃO
«AINDA O SÍTIO DO CONDE BARÃO»
Primitivamente foi aqui o solar dos provedores da Casa da Índia, cargo entregue aos Almadas.
Mais uma vez um casamento veio trazer outra nova riqueza: uma dama trouxe consigo o senhorio de Carvalhais.
Das antigas opulências algumas relíquias ficaram. A entrada em rampa, as pilastras, os arcos, o pátio... No entanto, tudo isto tem convivido, ao longo dos tempos, com actividades industriais - garagens, tipografias, uma grande Companhia Editora etc.. E lá se encontrava até 2005, a sede do Casa Pia Atlético Clube, (Associação ali instalada desde 1920) com tradições nas noites lisboetas e percursor na zona como local de romagem de muita juventude.
Mas o pior, como anunciámos estava para vir: Chegamos agora à esquina do Largo com a Rua dos Mastros e aí vemos um casarão enorme fechado, decrépito, com vidros partidos. Ar de abandono absoluto...
Mas o pior, como anunciámos estava para vir: Chegamos agora à esquina do Largo com a Rua dos Mastros e aí vemos um casarão enorme fechado, decrépito, com vidros partidos. Ar de abandono absoluto...
Pois esse foi o principal Palácio da zona, onde moravam os Alvitos, os Condes-Barões.
Quem erguer o olhar, verá os três pisos do edifício, o último dos quais com as suas janelas de sacada. Não será notável o conjunto, convenhamos. Impera a sobriedade e talvez a eficácia. Mas não deixa, mesmo assim, de constituir um dor de alma.
O encerramento de um outro estabelecimento (que chegou a ter fama em muitas localidades do país) «OS ARMAZÉNS DO CONDE BARÃO», aqui tiveram a sua sede. Tratava-se de um armazém de estilo popular, com preços acessíveis, por isso muito frequentado, dando vida ao local. Agora, lá está o prédio, entre as ruas dos Mastros e do Silva, fechado e decrépito, também à espera de melhores dias.
O encerramento de um outro estabelecimento (que chegou a ter fama em muitas localidades do país) «OS ARMAZÉNS DO CONDE BARÃO», aqui tiveram a sua sede. Tratava-se de um armazém de estilo popular, com preços acessíveis, por isso muito frequentado, dando vida ao local. Agora, lá está o prédio, entre as ruas dos Mastros e do Silva, fechado e decrépito, também à espera de melhores dias.
A verdade é que o sítio conserva uma certa vivacidade e um ar ainda característico de uma Lisboa típica e aldeã.
Ainda são visíveis as pequenas oficinas, as lojinhas, as múltiplas casas de pasto onde se come em ambiente familiar, entre vizinhos, discutindo interesses comuns.
A toponímia local lembra muito o mar - GAIVOTAS, PESCADORES, MASTROS... São ainda os restos do labor que caracterizou o sítio.
(CONTINUA) - Próximo «O CONDE-BARÃO»
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