Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (Século XVIII) - (Reprodução fotográfica do painel de azulejos, principio do século XVIII, que representa o Rossio e o Hospital Real de Todos-os-Santos. Pertence ao Museu da Cidade) in REVELARLX
Praça D. Pedro IV (ROSSIO) - (Século XVI) - Gravura de Martins Barata (O Hospital Real de todos-os-Santos) in GEOCITES
(CONTINUAÇÃO)
PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [II]
«O ROSSIO (2)»
Nos tempos de El-Rei D. Dinis, já o «ROSSIO» tinha ganho maioridade. Lá se reuniam os fidalgos ou o povo, sempre que houvesse temas para discussão de assuntos de interesse comum. E lá se praticavam também convidativos folguedos, como era o caso das proezas de cavalaria. E não faltavam pequenas feiras periódicas.
D. Pedro I, segundo rezam as crónicas, ia para aquela praça comer, beber e bailar com o povo. Anos e séculos mais tarde, serviu o mesmo terreiro para cavalgadas e passou a constituir paragem obrigatória para os grandes cortejos nupciais.
Até touradas se realizaram no chão do Rossio, sendo a última em Julho de 1755.
Quando «D. Fernando» mandou edificar a muralha a que ficou ligado o seu nome, a praça ficou obviamente dentro da cerca, que passava a Norte dela vinda da Mouraria, a caminho da colina que conhecemos como sendo S. Roque e abrindo porta em Santo Antão.
Com o lisboeta D. João I no trono, o «ROSSIO» ganhou o estatuto de verdadeiro Parlamento da cidade. Na verdade, naquela praça se reuniu o povo quando Henrique II de Castela pôs cerco a Lisboa, combinando ali a estratégia para contrariar os intentos dos invasores. Lá se ergueu a voz do alfaiate « FERNÃO VASQUES», que fez vingar a ideia de aclamar o Mestre de Avis como «defensor e regedor do reino», opondo-se às intenções do rei estrangeiro.
Não espanta por isso, que D. João I tenha sempre ficado com «BOA MEMÓRIA» da praça onde se tinha decidido o seu destino. Aliás, já tinham decorrido no «ROSSIO» reuniões conspiratórias contra «LEONOR TELES», a rainha viúva de D. Fernando, acusada de entendimento com o «CONDE DE ANDEIRO», preparando ambos a entrega do trono a Castela.
E, Já que se fala deste período, que marca o fim da primeira e o começo da segunda dinastia de monarcas portugueses, caberá ainda uma referência ao «INFANTE D.PEDRO», filho de «D. João I». Aquele príncipe, culto e viajado, deu uma missão nobre ao «ROSSIO»: na grande praça mandou edificar em 1449 o «PALÁCIO DOS ESTAUS».
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «PRAÇA D. PEDRO IV (ROSSIO) [III] - O ROSSIO (3)»
1 comentário:
Caro João
Fico muito agradecido e sensibilizado pela sua informação.
Bem-haja!
APS
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