Avenida da Liberdade - (2009) Foto de Pedro Rodrigues ("Avenida da Liberdade" antigo local onde existiu o Palácio dos Condes da Ericeira, entre a "Rua dos Condes" e o "Largo da Anunciada") in GOOGLE EARTH
Avenida da Liberdade - (01.05.1975) Foto de APS ( O Primeiro 1º de Maio de 1975, festejado em liberdade na Avenida da Liberdade) ARQUIVO/APS
Avenida da Liberdade - (s/d) Foto de Artur Goulart ("LARGO DA ANUNCIADA" e lado direito até à "RUA DOS CONDES", eram os terrenos do Palácio dos Condes da Ericeira) in AFML
Avenida da Liberdade - (s/d) Foto de Artur Goulart ("LARGO DA ANUNCIADA" e lado direito até à "RUA DOS CONDES", eram os terrenos do Palácio dos Condes da Ericeira) in AFML
Avenida da Liberdade - (s/d) Foto de Artur Goulart - Avenida da Liberdade no antigo lado da «RUA ORIENTAL DO PASSEIO PÚBLICO», entre a «RUA DOS CONDES» e o «LARGO DA ANUNCIADA» in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA DA LIBERDADE [ VII ]
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«PALÁCIO DOS CONDES DE ERICEIRA - RUA DOS CONDES AO LARGO DA ANUNCIADA»
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O «PALÁCIO DOS CONDES DA ERICEIRA» ou «PALÁCIO DOS ANDRADES» o majestoso edifício, famoso pela sua grandeza e elegância, ocupava o actual quarteirão correspondente entre a «RUA DOS CONDES» e o «LARGO DA ANUNCIADA». Ficavam para poente as hortas do «VALVERDE», e seria mais tarde a «RUA ORIENTAL DO PASSEIO PÚBLICO».
Residência principesca, esta palácio tinha uma infinidade de compartimentos, qual o mais luxuoso e caprichosamente mobilado.
A entrada, grandemente aberta, maravilhava os que a transpunham para atravessarem o jardim de extraordinário encanto, com abundantes fontes de preciosos mármores, grutas forradas de verdura, e destacando-se de tamanha riqueza a cascata, única talvez na Península, que ficou celebre nos anais das glórias artísticas.
Interiormente tinha o edifício dois pátios.
Mandado construir por «FERNÃO ÁLVARES DE ANDRADE» no ano de 1533. O último conde de ERICEIRA que nele habitou foi um dos mais ilustres sábios do século XVII, prosador, historiador erudito. Era o inesquecível «D. LUÍS DE MENESES». General de Artilharia, Economista, muito dado à literatura, empregava o tempo na sua esplêndida biblioteca.
Esta biblioteca do nosso fidalgo continha mais de dezoito mil volumes entre os quais muitas obras raras.
O Terramoto de 1755 demoliu tudo, e o incêndio, cúmplice medonho da derrocada, encarregou-se de devorar o que resistia às sacudidelas do solo.
Ficaram as ruínas, alastradas por uma área enorme, e assim se conservaram por muito tempo.
Numa parte dos escombros foram sendo construídos casebres sem licença e de grande pobreza, os quais foram posteriormente substituídos por casas aburguesadas.
O nome de «RUA DOS CONDES» tem recordações seculares. Antes do terramoto já havia uma rua que separava o «PALÁCIO DOS CONDES DA ERICEIRA» do «PALÁCIO DO CONDE DE CASTELO MELHOR», daí a denominação que veio até aos nossos dias.
Na esquina norte da «RUA ORIENTAL DO PASSEIO PÚBLICO» funcionou em 1856/57 o «TEATRO DOS PAÍSES-BAIXOS», num barracão armado. No centro dos terrenos, a partir de 1845, foi montado o «CIRCO DE MADRID».
Igualmente na esquina da «RUA DOS CONDES», ficava o «TEATRO DA RUA DOS CONDES» inaugurado em 1765 e que findou em 1882.
Nesta quarteirão funcionou no século XX o "stand" da «GUERIN» (Comércio de Automóveis), mais tarde o «CENTRO COMERCIAL GUERIN». Na esquina da Avenida com o «LARGO DA ANUNCIADA», existe as instalações da «COMPANHIA DAS ÁGUAS DE LISBOA», hoje EPAL.
Com entrada pela «RUA DAS PORTAS DE SANTO ANTÃO» encontramos o «PÁTIO DO TRONCO», e no tempo deste Palácio existiu a «CADEIA MUNICIPAL DO TRONCO», local onde esteve detido o nosso poeta «LUÍS DE CAMÕES».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «AVENIDA DA LIBERDADE [ VIII ] - PARQUE EDUARDO VII»
2 comentários:
Caro APS,
Fantásticas, estas fotos. Adorei a do 1º de Maio.
Cara Luísa
É uma foto tirada ocasionalmente. Subia de carro em direcção à «PRAÇA DO MARQUÊS DE POMBAL» e decidi fotografar a viatura militar (MG) com os manifestantes.
Cumpts
APS
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