Campo de Santa Clara - (entre 1890 e 1945) Foto de José Artur Leitão Bárcia - (Loja de móveis na "FEIRA DA LADRA" no Campo de Santa Clara) - in AFML
- - "CHÃO DA FEIRA"- CASTELO DE SÃO JORGE, junto à ALCÁÇOVA(1185-1223).
- - Local que os ALVAZÍS de LISBOA achassem ser mais conveniente (Reinados de D. Afonso II e D. Sancho II, com probabilidade de um recuo no tempo.
- - Fora da ALCÁÇOVA, no arbítrio do Concelho (por disposição de D. Afonso III, datada de 07.03.1273). Posteriormente a esta Carta Régia e até 1429, ignora-se onde se terá implantado.
- - «ROSSIO» ( A partir de 1430 até ao final desse século, nos séculos XVI e XVII e até ao terceiro quartel do século XVIII. Alternada ou simultâneamente funcionou também.
- - «RIBEIRA» (Até 30.07.1755, data em que foi proibida).
- - «PRAÇA DA ALEGRIA» (Numa situação de facto, desde 1773 até ao Edital de 27.11.1809 que aí foi fixada - alastrava pela «RUA OCIDENTAL DO PASSEIO», até perto do «PALÁCIO DOS DUQUES DO CADAVAL» e «LARGO DO PASSEIO PÚBLICO» que chegou a ser conhecido por «LARGO DA FEIRA». Daqui foi transferida, por edital de 19.02.1823, logo concretizado em 18.03.1823.
- - «CAMPO DE SANT'ANA» (Onde se especializou como feira de fato e trapos, só até 10.07.1823.
- - «PRAÇA DA ALEGRIA» (Aqui voltou e permaneceu até Abril de 1834).
- - «CAMPO DE SANT'ANA» (Tendo a deliberação de 1834 sido suspensa, na sua execução, por motivo de reclamações várias, a transferência apenas se efectuou em virtude do Edital de 27.04.1835).
- - «CAMPO DE SANTA CLARA» (Deliberação de 19.12.1881 e Edital de 23.02.1882, inauguração a 04.04.1882.
- - «CAMPO DE SANT'ANA» (Devido a novas reclamações de feirantes, regressa a este lugar, poucos dias depois).
- - «CAMPO DE SANTA CLARA» (A partir de 01.07.1882 até ao presente, realizando-se às terças-feiras e sábados desde 1903, por força de deliberação de 05.11. desse ano e Edital de 12 do corrente mês).
- - «SÃO BENTO» (Aos sábados, entre 1882 e 1903).
Quanto ao objecto da «FEIRA DA LADRA», se algumas vezes foi um mercado com certa especialização, poderá concluir-se com verdade que toda a casta de coisas nela vem sendo transaccionada, desde as mais valiosas até às que preencham finalidades práticas do dia-a-dia. Excepção feita à venda de artigos usados que, por motivos controversos, esteve suspensa por algum tempo, tanto na «RIBEIRA» quanto no «ROSSIO», de acordo com a Postura de 1610, o Assento da vereação de 30.07.1755 e Edital de 26.01.1768.
Actualmente, nesta área de 2748,98 metros quadrados da freguesia de «SÃO VICENTE DE FORA», a feira não sofre qualquer limitação, ressentindo-se apenas do quase total afastamento dos autênticos "ANTIQUÁRIOS" (cuja actividade tanto a favoreceu no passado) por motivo de adaptação a novas formas negociais. Procura a edilidade valorizá-la o mais possível, como inegável ponto turístico e dentro do conceito de cariz medieval de «MERCADO FRANCO DE LISBOA».
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «CAMPO DE SANTA CLARA [ IX ] - O CONVENTO DE SANTA CLARA»
2 comentários:
Há muito que lá não vou, mas estes artigos abriram-me o apetite para lá passar em breve
Caro Rafael Santos
Estou a preparar outro sítio que vai gostar de certeza. Trata-se da «CALÇADA DOS BARBADINHOS» e existe uma referência à rua onde morou.
Ainda hoje de tarde estive a ler os seus últimos "posts". Aquele do cortar as unhas num transporte colectivo... está o máximo.
Um abraço
APS
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