Rua de dona Estefânia - (entre 1663 e 1665) Quadro a óleo sobre tela, do artista Peter Lely - (O quadro de "D. CATARINA DE BRAGANÇA" rainha consorte da Inglaterra, Escócia e Irlanda, colecção do "Royal Collection of the U. K." in WIKIPÉDIA
Rua de dona Estefânia - (Século XVII) ("Carlos II", Rei de Inglaterra marido de "D. Catarina de Bragança" de 1662 a 1685) in IDENTIDADYCULTURA
Rua de dona Estefânia - (Segundo quartel do século XVII) (A Infanta "D. Catarina Henriqueta de Bragança", futura rainha de Inglaterra) in GRUPO DESPORTIVO BAIRRENSE
Rua de dona Estefânia - (Segundo quartel do século XVII) ("D. Catarina de Bragança" Rainha de Inglaterra, introduziu na corte Inglesa o culto do CHÁ) in GRUPO DESPORTIVO BAIRRENSE
Rua de dona Estefânia - (Terceiro quartel do século XVII) (A Rainha consorte de Inglaterra de 1662 a 1685, foi casada com "Carlos II" Rei da Inglaterra) in RAINHAS E DEUSAS
(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XV ]
«A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA ( 1 )»
«DONA CATARINA DE BRAGANÇA», Infanta de Portugal e Rainha de Inglaterra, nasceu em Vila Viçosa a 25 de Novembro de 1638 e faleceu em LISBOA a 31 de Dezembro de 1705, no Palácio do "CAMPO REAL DA BEMPOSTA" que o tinha mandado construir para sua residência.
Casou com "Carlos II», Rei de Inglaterra, filho de "Carlos I", que foi degolado em 1649.
A Rainha de Inglaterra era filha de "D. JOÃO IV" e de sua mulher, "D. LUÍSA DE GUSMÃO" e ainda irmã dos monarcas "D: AFONSO VI" e "D. PEDRO II".
Foi educada no Convento de ALCÂNTARA, de onde raramente saia. Quando casou não conhecia uma palavra de inglês; o francês que sabia não era suficiente para poder dialogar com perfeição. Com o marido falou sempre em espanhol. Deve ter deixado o Convento em 1656, ano em que faleceu "D. JOÃO IV".
"D. CATARINA" inicialmente destinada a casar com o monarca francês, acabaria, no entanto, por vir a contrair matrimónio com o Inglês «CARLOS II», apesar de ser uma princesa católica num país onde a religião oficial era o protestantismo. Prudente, recatada, dotada de espírito de sacrifício exemplar e bondosa em extremo, «D. CATARINA» não teria uma vida fácil no meio das intrigas da corte inglesa, mas tudo suportou em nome do bom relacionamento entre PORTUGAL e a INGLATERRA e do seu amor pelo marido.
Quando em 1660, em Inglaterra foi restaurada a Monarquia, pondo fim a um breve mas atribulado período republicano, «D. LUÍSA DE GUSMÃO» que governava Portugal desde a morte de seu marido «D. JOÃO IV», ordenou imediatamente que se iniciassem os contactos com vista ao casamento da filha com o novo monarca inglês.
Desde 1657 que se encontrava em LONDRES como Embaixador de Portugal o padrinho de "D. CATARINA DE BRAGANÇA", «D. FRANCISCO DE MELO» "CONDE DA PONTE", depois «MARQUÊS DE SANDE». "D. Francisco" pôs-se logo em comunicação com "CARLOS II" em "BREDA" e também com "MONK" em Inglaterra, sobre o assunto do casamento, conseguindo deste a promessa do seu apoio. Após a proclamação do Rei, em Maio de 1660, "D. Francisco" renovou oficialmente a proposta, reforçada pela oferta de 2 000 000 de cruzados como dote, a cedência de «TÂNGER» e «BOMBAIM» e a liberdade de comércio para os Ingleses nas Colónias Portuguesas.
Em troca pedia para a Infanta a liberdade de exercer o seu culto religioso e para Portugal o auxílio inglês no caso de agressão por parte da Espanha ou da Holanda.
Em Londres, a classe mercantil recebeu com o maior agrado a proposta de Portugal, pois passavam a dispor de amplas facilidades comerciais e acesso ao comércio da «ÍNDIA» e do «BRASIL».
O Rei convocou uma reunião secreta em casa do «LORD CHANCELLOR», estando o Conselho de "Carlos II" inclinado para aceder a este acordo, caso não houvesse princesas protestantes disponíveis para casar com o Rei.
No cenário Internacional "LUÍS XIV" de França aconselhava o monarca Inglês a aceitar a proposta portuguesa, que servia os seus próprios interesses.
O Embaixador Espanhol em Londres, evidentemente, agia em sentido contrário, mas o seu peso era ali bastante reduzido. Havia, porém, uma dificuldade suplementar, que viria atrasar o acordo.
"Carlos II" era um homem particularmente sensível aos aspectos físicos femininos, e ninguém pensaria em casá-lo com uma princesa que lhe desagradasse fisicamente. O Rei não gostava de loiras e das mulheres do Norte; as propostas suecas ou alemãs estavam, assim, postas de parte. Existia ainda a alternativa de várias princesas italianas, mas nenhuma cumpria os requisitos exigidos pelo monarca.
Após ponderar cuidadosamente a questão e, segundo se diz, depois de lhe ter sido mostrado, pelo «CONDE DA PONTE», um retrato de "D. CATARINA", "CARLOS II" decidiu-se pela princesa portuguesa.
Em LISBOA, a resposta favorável foi recebida com entusiasmo. Era agora necessário juntar a enorme quantia destinada ao dote, para o qual a própria Rainha vendeu as jóias pessoais e recorreu a diversos empréstimos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVI ] -A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA (2)»
Desde 1657 que se encontrava em LONDRES como Embaixador de Portugal o padrinho de "D. CATARINA DE BRAGANÇA", «D. FRANCISCO DE MELO» "CONDE DA PONTE", depois «MARQUÊS DE SANDE». "D. Francisco" pôs-se logo em comunicação com "CARLOS II" em "BREDA" e também com "MONK" em Inglaterra, sobre o assunto do casamento, conseguindo deste a promessa do seu apoio. Após a proclamação do Rei, em Maio de 1660, "D. Francisco" renovou oficialmente a proposta, reforçada pela oferta de 2 000 000 de cruzados como dote, a cedência de «TÂNGER» e «BOMBAIM» e a liberdade de comércio para os Ingleses nas Colónias Portuguesas.
Em troca pedia para a Infanta a liberdade de exercer o seu culto religioso e para Portugal o auxílio inglês no caso de agressão por parte da Espanha ou da Holanda.
Em Londres, a classe mercantil recebeu com o maior agrado a proposta de Portugal, pois passavam a dispor de amplas facilidades comerciais e acesso ao comércio da «ÍNDIA» e do «BRASIL».
O Rei convocou uma reunião secreta em casa do «LORD CHANCELLOR», estando o Conselho de "Carlos II" inclinado para aceder a este acordo, caso não houvesse princesas protestantes disponíveis para casar com o Rei.
No cenário Internacional "LUÍS XIV" de França aconselhava o monarca Inglês a aceitar a proposta portuguesa, que servia os seus próprios interesses.
O Embaixador Espanhol em Londres, evidentemente, agia em sentido contrário, mas o seu peso era ali bastante reduzido. Havia, porém, uma dificuldade suplementar, que viria atrasar o acordo.
"Carlos II" era um homem particularmente sensível aos aspectos físicos femininos, e ninguém pensaria em casá-lo com uma princesa que lhe desagradasse fisicamente. O Rei não gostava de loiras e das mulheres do Norte; as propostas suecas ou alemãs estavam, assim, postas de parte. Existia ainda a alternativa de várias princesas italianas, mas nenhuma cumpria os requisitos exigidos pelo monarca.
Após ponderar cuidadosamente a questão e, segundo se diz, depois de lhe ter sido mostrado, pelo «CONDE DA PONTE», um retrato de "D. CATARINA", "CARLOS II" decidiu-se pela princesa portuguesa.
Em LISBOA, a resposta favorável foi recebida com entusiasmo. Era agora necessário juntar a enorme quantia destinada ao dote, para o qual a própria Rainha vendeu as jóias pessoais e recorreu a diversos empréstimos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XVI ] -A RAINHA D. CATARINA DE BRAGANÇA (2)»
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