Largo do Intendente Pina Manique - (entre 1898 e 1908) Foto de autor não identificado-em suporte negativo de gelatina e prata em vidro-(Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego" em actividade, vendo-se muito pessoal na frente da sua loja) (Abre em tamanho grande) in AML
Largo do Intendente Pina Manique - (1961) Foto de Armando Serôdio (Revestida de azulejos policromo ao gosto da época, a FÁBRICA DA VIÚVA LAMEGO" no Largo do Intendente Pina Manique) (Abre em Tamanho grande) in AML
Largo do Intendente Pina Manique - ( 1969 ) - Foto de João H. Goulart (A FÁBRICA DE CERÂMICA VIÚVA LAMEGO no LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE) in AML
Largo do Intendente Pina Manique - (2012) Foto de Diana R. Germano (Um aspecto do "LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE" e balcão de vendas da "VIÚVA LAMEGO" depois das recentes obras de recuperação) in PANORAMIO
Largo do Intendente Pina Manique - (2012) (O LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE" a loja de vendas da "VIÚVA LAMEGO" com o largo já com as obras concluídas in MINUBE
(CONTINUAÇÃO) - LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE [ XI ]
«A FÁBRICA DE CERÂMICA VIÚVA LAMEGO ( 1 )
Ainda que a toponímia, às vezes, nos ajude (se, por exemplo, um sítio se chama "dos OLIVAIS" é porque, forçosamente, lá existiu grande conjunto de oliveiras), não se imaginam com facilidade campos de trigo em "CAMPO DE OURIQUE", nem hortaliças a crescerem na "AVENIDA DA LIBERDADE". Mas a verdade é que o «CAMPO» foi cedendo, dando lugar à "CIDADE" através das sucessivas urbanizações.
O mesmo se diga que acontece em relação à constituição de alguns solos. LISBOA não teve sempre o aspecto uniforme dado pelo negro do basalto: havia terrenos bons para cultivo, como havia outros, cuja natureza argilosa, levava à instalação de OLARIAS.
Mais uma vez a TOPONÍMIA vem em nosso auxilio, conservando a RUA DAS OLARIAS, o LARGO DAS OLARIAS as ESCADINHAS DAS OLARIAS e o SÍTIO DAS OLARIAS, na encosta dos MONTES DA GRAÇA e de S. GENS: o solo é, naquela zona, rico em argila o que conduziu à fixação de oleiros.
Já os ROMANOS tinham descoberto o filão, mas foram os MOUROS quem muito desenvolveu os trabalhos de barro.
Sabe-se que em meados do século XVI havia 206 Oleiros em LISBOA, a maior parte dos quais se fixava entre a referida zona das OLARIAS e o BENFORMOSO, nas imediações, portanto, da freguesia a que chamavam dos ANJOS (hoje ARROIOS).
Em face destes dados, não será assim de espantar que, mesmo já em pleno século XIX, tivesse sido montada no LARGO DO INTENDENTE a mais conhecida, "FÁBRICA DE CERÂMICA DE LISBOA", aquela que ficou para a posteridade com o nome de "VIÚVA LAMEGO".
Diga-se num breve parêntese, que algumas VIÚVAS ficaram com o nome perpetuado em LISBOA, conotadas que foram com a INDUSTRIA ou COMÉRCIO: pelo menos a VIÚVA LAMEGO, VIÚVA FERRÃO e a VIÚVA REIS, estarão para a cidade, como a viúva "CLICQUOT" está para o CHAMPANHE...
Mas a casa que nos interessa, situada no LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE, foi fundada ainda pelo Senhor LAMEGO, propriamente dito. De facto, ANTÓNIO COSTA LAMEGO possuía um terreno naquela localidade e ali instalou, em 1849, a sua oficina de Olaria. A casa "pegou" e, com o negócio a prosperar, pensou o bom oleiro LAMEGO em fazer revestir a sua oficina de uns vistosos azulejos que ainda lá estão a dar a cor garrida e a nota artística ao «LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE» desde 1865. Já então se dedicava essencialmente ao fabrico de faianças e cerâmica artística.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE [ XII ] A FÁBRICA DE CERÂMICA VIÚVA LAMEGO (2)»
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