Rua da Escola Politécnica - (2012) Foto de autor não identificado (Fachada principal do "PALÁCIO SEIA" também conhecido pelo "PALÁCIO BRAMÃO" e antigo "PALÁCIO REBELO DE ANDRADE" na "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA" números 141 a 147) (Abre em tamanho grande) in MONUMENTOS-SIPA
Rua da Escola Politécnica - (2012) Foto de autor não identificado - Entrada do "PALÁCIO REBELO DE ANDRADE", depois "PALÁCIO SEIA" e "PALÁCIO BRAMÃO", na Rua da Escola Politécnica, 147 em LISBOA) in JUNTA DE FREGUESIA DE SANTO ANTÓNIO
Rua da Escola Politécnica - ( 2011) - Foto de autor não identificado - ("Palácio Rebelo de Andrade" depois "Palácio Seia" na esquina com a "RUA DO ARCO DE S. MAMEDE" e a "RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA") in MONUMENTOS-SIPA
Rua da Escola Politécnica - (anterior a 1977) Foto de autor não identificado - (Possivelmente nesta altura já a "IMPRENSA NACIONAL" estava instalada no "PALÁCIO SEIA") in MONTE OLIVETE
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA [ XX ]
«O PALÁCIO REBELO DE ANDRADE - SEIA ( 2 )»
E essa leveza elegante, que é, sem dúvida, a imagem de marca deste edifício, considerando-o na sua forma primitiva, é bem acentuada pelo toque quase precioso dos óculos que compõem o "MEZZANINO" lateral.
O acrescento de um andar em altura veio perturbar a imagem bem composta e harmónica desta casa-nobre. Não se conhece a data de tal aumento, mas sabe-se que, ainda em 1812, num aviso de venda publicado na «GAZETA DE LISBOA», a casa é descrita como tendo; "onze janelas de sacada em frente e grande fundo".
"REBELO DE ANDRADE" habitou o Palácio pouco mais de dois anos, por falecimento, e em 1769 os seus herdeiros alugaram o segundo andar, e todo o prédio em 1781 até 1810, mas já então o tinham vendido, após 1805, aos "MARQUESES DE MINAS", "CONDES SOUSAS DO PRADO", que pelas datas que se extraiam foram sucessivamente quatro, do 5.º ao 8.º, com numerosas criadagem, de 42 elementos.
Em 1820 passou pelo palácio a "3.ª MARQUESA DE VAGOS", casada em 1815. No ano de 1833 pertencia esta casa a um "MANUEL DE MIRANDA CORREIA", homem de negócios, que consta ter enriquecido com o tráfico de escravos com o BRASIL, sendo, sem impedimento, CAVALEIRO DE CRISTO. Uma filha "D. MARIANA" e herdeira deste "MIRANDA CORREIA", foi dama da rainha "CARLOTA JOAQUINA", o que situa politicamente o "negreiro", que em 1816 a casou nobremente na grande casa "ATALAIA-TANCOS" com o "CONDE DE SEIA", "D. ANTÓNIO MANUEL DE MENEZES", um fidalgo, oficial da marinha, que possuía (não sabemos se à custa do sogro) uma fragata de tal modo ostentoso e revestida de oiro que era cognominada a "DOIRADINHA".
Usou as armas dos "MARIALVAS", da varonia paterna e sua casa; era capitão de fragata o CONDE que conduzira a CORTE DE D. JOÃO VI de regresso ao reino.
Quando em 1840 o "CONDE DE SEIA" habitava este Palácio que herdou de seu sogro, existiram muitas obras de ampliação, supõe-se que eventualmente nessa época terá sido acrescentado o 2.º andar. O CONDE DE SEIA morreu em 1848, deixando um filho arruinado e desgraçado, que foi figura dramática de LISBOA, de meados do século XIX.
Vendido o edifício por um preço mesquinho, a casa andou depois por várias mãos, como a dos "VISCONDES DE SANTIAGO DE CAIOLA", proprietários em PORTALEGRE, e também no século XX foi habitada por um "CONDE FEITOSA". Um "BRASILEIRO" rico, de nome "JOÃO FERNANDES" com a personagem já caricaturada pelo "RAMALHO" nas «FARPAS».
De 1908 a 1910 foi sede do PATRIARCADO. Os últimos proprietários foram os herdeiros do escritor "D. ALBERTO BRAMÃO", sendo na altura o edifício conhecido como o "PALÁCIO BRAMÃO".
Depois foi partilhado em andares e transformado numa espécie de prédio de rendimento. Um grande incêndio em Julho de 1931, afectou-a consideravelmente.
Existiram depois questões de heranças e o palácio foi vendido à "IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA" em 1977, pelos descendentes de "D. ALBERTO BRAMÃO", também ali habitado no século XIX, o célebre médico "SOUSA MARTINS".
Dado como irrecuperável pelo Ministério das Obras Públicas, foi salvo em 1983, adquirido pelo "INSTITUTO PORTUGUÊS DE ENSINO `A DISTÂNCIA", para a instalação da «UNIVERSIDADE ABERTA», tendo recebido, com isso, equipamento sofisticado.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA ESCOLA POLITÉCNICA[ XXI ]-A REAL FABRICA DAS SEDAS( 1 )».
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