Largo da Ajuda - (1955) Foto 00521292 - (Vista aérea do lado Nascente do "PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA" no século passado) in SIPA-MONUMENTOS
Largo da Ajuda - (1968) Foto de F. Gonçalves (Fachada da casa de "Alexandre Herculano" - no Largo da Torre-, onde viveu grande parte da sua vida. Em 1977 foi colocada uma lápide lembrando o centenário da morte do escritor, historiador e conservador da Biblioteca da Ajuda) in BELÉM REGUENGOS DA CIDADE
Largo da Ajuda - Desenho possivelmente de início do século XX - (Planta dos Estacionamentos no "PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA") in SIPA-MONUMENTOS
Largo da Ajuda - (2006) - Foto de autor não identificado ( A "BIBLIOTECA" do PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA no século vinte e um) in BIBLIOTECA DA AJUDA
Largo da Ajuda - ( 2016) - (O "LARGO DA AJUDA" e o "PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA" , servidos por carreiras de autocarros) in GOOGLE EARTH
Largo da Ajuda - (2016) - (Vista do "PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA" no lado Nascente e fronteiro para o "LARGO DA AJUDA") in GOOGLE EARTH
(CONTINUAÇÃO) - LARGO DA AJUDA [ IV ]
«A BIBLIOTECA DO PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA»
A "BIBLIOTECA DA AJUDA" foi construída no tempo do "MARQUÊS DE POMBAL" (1756) perto do VELHO PALÁCIO DE MADEIRA, em consequência do incêndio que devorou o "PAÇO DA RIBEIRA" e a sua Biblioteca, após o Terramoto do ano anterior.
O edifício terá sido construído em pedra e cal e situado entre o "PAÇO" e a "PATRIARCAL", estes de madeira. Dividia-se em dois corpos: um o da BIBLIOTECA propriamente dita, e o outro àquele ligado através de um passadiço que comunicava entre edifícios, até 1877, e dava para a casa do Director. Com o desaparecimento do recheio da LIVRARIA REAL , DOM JOSÉ, constituiu um fundo para a BIBLIOTECA DA AJUDA. A compra em 1756 da colecção deixada por NICOLAU FRANCISCO XAVIER DA SILVA. No ano seguinte é negociado com um membro da família do CONDE DE REDONDO a totalidade dos manuscritos daquela casa. Em 1760, adquiriu os livros deixados por JOSÉ FREIRE MONTARROYO MASCARENHAS. Em 1772, o bibliófilo BARBOSA MACHADO ofereceu ao Monarca os seus livros. Assim, sucessivamente a BIBLIOTECA DA AJUDA foi enriquecendo o seu património em obras de grande valor, como o arquivo e livros da CASA DE AVEIRO e os livros dos cónegos regentes de SÃO VICENTE DE FORA, quando estes foram transferidos para o MOSTEIRO DE MAFRA.
Entraram também os manuscritos da CASA DO INFANTADO, grande parte dos livros e documentos da COMPANHIA DE JESUS, aquando da sua expulsão (incluindo originais escritos por Jesuítas da ÍNDIA e da CHINA, alguns pelo punho de SÃO FRANCISCO XAVIER, e livros de registo da correspondência da Casa professa de "SÃO ROQUE". Dezoito volumes da chancelaria de FILIPE II com anotações do próprio REI e muita outra documentação. Embora por pouco tempo, a biblioteca beneficiou daquilo a que hoje se chama "DEPÓSITO LEGAL". Com a ida da FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL, em 1807, o príncipe Regente ordenou a saída da BIBLIOTECA REAL, que logo começava a ser encaixotada, seguindo em três remessas. No regresso, não conseguiu o REI remeter para PORTUGAL a totalidade dos livros, por seu filho D. PEDRO o ter impedido, tendo ficado no BRASIL (onde constituíram o fundo da BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO), mais de mil manuscritos da coroa e outras preciosidades bibliográficas. O que veio ficou armazenado ou empilhado sem qualquer classificação, até que D. LUÍS, aproveitando as comemorações do TRICENTENÁRIO DE CAMÕES, destinou três salas do PALÁCIO DA AJUDA para ali instalar a BIBLIOTECA REAL.
Por ser insuficiente o espaço escolhido, foram ampliadas as instalações com mais quatro salas. Quanto à residência do director da BIBLIOTECA, ainda hoje se encontra. no "LARGO DA TORRE". Trata-se de um edifício relativamente pequeno, mas agradável, de rés-do-chão, com cinco janelas e porta de entrada na extremidade direita e 1.º andar com 6 janelas, hoje pertença da CASA PIA DE LISBOA. O hóspede mais ilustre desta casa foi sem dúvida ALEXANDRE HERCULANO, nomeado bibliotecário da BIBLIOTECA DA AJUDA pelo REI DOM FERNANDO II (Cargo do PAÇO e não do ESTADO), com o fim de lhe dar uma independência modesta que o habilitasse a prosseguir livremente as suas investigações históricas.
A «BIBLIOTECA DA AJUDA», além de preciosas obras portuguesas, tem magníficos espécimes estrangeiros e uma colecção de pinturas de ópera do antigo "TEATRO DA AJUDA".
A BIBLIOTECA DO PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA está estruturada para prestar apoio aos conservadores e técnicos de MUSEU, podendo disponibilizar consultas das suas publicações a outros utilizadores mediante marcação prévia.
O seu acervo é especializado em HISTÓRIA DE ARTE e nas diferentes temáticas relacionadas com as suas colecções. Até ao momento estão catalogadas cerca de 3 350 monografias e 40 títulos de publicação periódicas.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DA AJUDA [ V ] -A TORRE DA AJUDA»
O edifício terá sido construído em pedra e cal e situado entre o "PAÇO" e a "PATRIARCAL", estes de madeira. Dividia-se em dois corpos: um o da BIBLIOTECA propriamente dita, e o outro àquele ligado através de um passadiço que comunicava entre edifícios, até 1877, e dava para a casa do Director. Com o desaparecimento do recheio da LIVRARIA REAL , DOM JOSÉ, constituiu um fundo para a BIBLIOTECA DA AJUDA. A compra em 1756 da colecção deixada por NICOLAU FRANCISCO XAVIER DA SILVA. No ano seguinte é negociado com um membro da família do CONDE DE REDONDO a totalidade dos manuscritos daquela casa. Em 1760, adquiriu os livros deixados por JOSÉ FREIRE MONTARROYO MASCARENHAS. Em 1772, o bibliófilo BARBOSA MACHADO ofereceu ao Monarca os seus livros. Assim, sucessivamente a BIBLIOTECA DA AJUDA foi enriquecendo o seu património em obras de grande valor, como o arquivo e livros da CASA DE AVEIRO e os livros dos cónegos regentes de SÃO VICENTE DE FORA, quando estes foram transferidos para o MOSTEIRO DE MAFRA.
Entraram também os manuscritos da CASA DO INFANTADO, grande parte dos livros e documentos da COMPANHIA DE JESUS, aquando da sua expulsão (incluindo originais escritos por Jesuítas da ÍNDIA e da CHINA, alguns pelo punho de SÃO FRANCISCO XAVIER, e livros de registo da correspondência da Casa professa de "SÃO ROQUE". Dezoito volumes da chancelaria de FILIPE II com anotações do próprio REI e muita outra documentação. Embora por pouco tempo, a biblioteca beneficiou daquilo a que hoje se chama "DEPÓSITO LEGAL". Com a ida da FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL, em 1807, o príncipe Regente ordenou a saída da BIBLIOTECA REAL, que logo começava a ser encaixotada, seguindo em três remessas. No regresso, não conseguiu o REI remeter para PORTUGAL a totalidade dos livros, por seu filho D. PEDRO o ter impedido, tendo ficado no BRASIL (onde constituíram o fundo da BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO), mais de mil manuscritos da coroa e outras preciosidades bibliográficas. O que veio ficou armazenado ou empilhado sem qualquer classificação, até que D. LUÍS, aproveitando as comemorações do TRICENTENÁRIO DE CAMÕES, destinou três salas do PALÁCIO DA AJUDA para ali instalar a BIBLIOTECA REAL.
Por ser insuficiente o espaço escolhido, foram ampliadas as instalações com mais quatro salas. Quanto à residência do director da BIBLIOTECA, ainda hoje se encontra. no "LARGO DA TORRE". Trata-se de um edifício relativamente pequeno, mas agradável, de rés-do-chão, com cinco janelas e porta de entrada na extremidade direita e 1.º andar com 6 janelas, hoje pertença da CASA PIA DE LISBOA. O hóspede mais ilustre desta casa foi sem dúvida ALEXANDRE HERCULANO, nomeado bibliotecário da BIBLIOTECA DA AJUDA pelo REI DOM FERNANDO II (Cargo do PAÇO e não do ESTADO), com o fim de lhe dar uma independência modesta que o habilitasse a prosseguir livremente as suas investigações históricas.
A «BIBLIOTECA DA AJUDA», além de preciosas obras portuguesas, tem magníficos espécimes estrangeiros e uma colecção de pinturas de ópera do antigo "TEATRO DA AJUDA".
A BIBLIOTECA DO PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA está estruturada para prestar apoio aos conservadores e técnicos de MUSEU, podendo disponibilizar consultas das suas publicações a outros utilizadores mediante marcação prévia.
O seu acervo é especializado em HISTÓRIA DE ARTE e nas diferentes temáticas relacionadas com as suas colecções. Até ao momento estão catalogadas cerca de 3 350 monografias e 40 títulos de publicação periódicas.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DA AJUDA [ V ] -A TORRE DA AJUDA»
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