Rua Alfredo da Silva - (Século XIX-Gravador J. Novaes) - (O antigo "CHAR-À-BANCS" do SALAZAR, era um veiculo de menores dimensões e praticava preços mais baixos) in LISBOA DE ALFREDO MESQUITA
Rua Alfredo da Silva - (1880) Foto de José Chaves Cruz - (O "CARRO AMERICANO" no sítio do ATERRO, com destino a BELÉM) (Abre em tamanho grande) in AML
Rua Alfredo da Silva - (C. 1890) Foto de Louis Levy Prova em Albumina-Colecção de Eduardo Portugal - ("PRAÇA D. PEDRO IV-ROSSIO" junto ao TEATRO D. MARIA II, dois "CARROS AMERICANOS" e um outro tipo "Charrette", todos eles um meio de transporte dos lisboetas) in AML
Rua Alfredo da Silva - (Início da segunda década do século XX) - (Caricatura de EMMERICO NUNES, na "A ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA 2.º Semestre-1911", nomeadamente aos transportes de Lisboa e em especial aos "CARROS CHORA") in EM VOLTA DA TORRE DE BELÉM
Rua Alfredo da Silva - (Post. a 1901) - (Panorâmica da zona da "ROCHA DO CONDE DE ÓBIDOS" e a passagem de um "CARRO AMERICANO" e um "ELÉCTRICO", existindo a particularidade de nesta época circularem pela esquerda) (ABRE EM TAMANHO GRANDE ) in AML
Rua Alfredo da Silva - (1901) - (Eléctrico da linha de BELÉM passando no ATERRO (actual Avenida 24 de Julho) no início do século XX) in LISBOA 125 ANOS SOBRE CARRIS
Rua Alfredo da Silva - (1909) Foto de Joshua Benoliel - ("LARGO DO CONDE BARÃO" um "ELÉCTRICO DA CARRIS" e um "CARRO DE EDUARDO JORGE", ambos circulando na época pelo lado esquerdo no sentido Nascente, um nos carris o outro no empedrado, à esquerda o "PALÁCIO DO ALVITO") (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
Rua Alfredo da Silva - (1912) - Foto de Joshua Benoliel - ("CARRO DA EMPRESA SALAZAR" com destino ao "CONDE BARÃO", já circulando pela direita) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ XII ]
«ALFREDO DA SILVA E A C.C.F.L. ( 2 )»
No século XIX mais próximo da segunda metade, LISBOA possuía uma péssima rede de transportes urbanos, baseada particularmente em carruagens de tracção animal de várias configurações e pertença de 15 Companhias diferentes. O serviço era péssimo, as carruagens muito sujas e os horários bastante irregulares.
Em 1877 é fundada a COMPANHIA CARRIS DE FERRO LISBOA- CCFL, tendo logo obtido da CML autorização para implementar, um novo sistema de transporte em carruagens sobre carris instalados na via pública e conhecidos por "TRAMWAYS" ou "CARROS AMERICANOS". Estes carros eram igualmente de tracção animal, no entanto mais cómodo para o passageiro, deslizando sobre carris, evitava assim o mau estado das RUAS.
A 17 de Novembro de 1873 era inaugurada a primeira linha de carros americanos entra "SANTOS" e "SANTA APOLÓNIA" com um horário determinado de uma regularidade de 15 minutos das seta horas da manhã às dezanove, o que era considerado já muito bom para a época.
Em 17 de Outubro de 1887 a CARRIS consegue finalmente obter da CML uma concessão de exploração e o monopólio virtual por 99 anos findos os quais todo o material e animais passariam a pertencer ao Município. Ainda no ano de 1887 a "CARRIS" chegou a fazer uma experiência nos "CARROS AMERICANOS", movidos a "electricidade". Mas as baterias não tinham a duração desejável. Sob o ponto de vista técnico o carro funcionava bem mas era um desastre sob o ponto de vista económico.
Finalmente no ano de 1892 a CARRIS adquire todas as empresas de carruagens "OMNIBUS" (que por mau serviço, não lhes são renovadas as concessões) ainda sobreviventes, excepto a Empresa EDUARDO JORGE. Esta Empresa acabou com os "CARROS CHORA" em 1917 e transformou-se numa Empresa de Camionagem de passageiros, ligando LISBOA aos arredores.
Os primeiros eléctricos chegaram no dia 24 de Janeiro de 1901 no VAPOR "ÓSCAR II" proveniente de "NOVA IORQUE". O primeiro "CARRO ELÉCTRICO" a fazer a experiência foi o Nº. 248 no dia 1 de Agosto de 1901, tendo levado 19 minutos entre SANTO AMARO e as portas de "RIBAMAR" (hoje ALGÉS), fazendo algumas paragens.
Finalmente no dia 31 de Agosto de 1901, pelas 4 horas e 40 minutos da manhã saia da estação de SANTO AMARO o primeiro "CARRO ELÉCTRICO" de LISBOA com o dístico "EXPERIÊNCIA". Ás 6 horas da manhã saia do CAIS DO SODRÉ o primeiro eléctrico em serviço regular com passageiros com destino a RIBAMAR (ALGÉS). Ao longo do dia circularam 16 carros ligando estes dois pontos da cidade, via ATERRO (actual Avenida 24 de Julho). Os resultados foram notáveis e o público passou a gostar dos eléctricos da sua cidade.
Os "CARROS AMERICANOS " foram retirados da circulação em 1905, embora desde 1901 algumas das carruagens mais recentes, pudessem servir de atrelados aos eléctricos, e em boa parte esta decisão coube à vontade intransigente de "ALFREDO DA SILVA" quando director da C.C.F.L..
Numa entrevista em Dezembro de 1904, ALFREDO DA SILVA deixara clara outra etapa do desenvolvimento da rede, agora no CHIADO. Nem todos, no entanto receberam com agrado a decisão. Os comerciantes, por exemplo criticavam o facto de as ruas serem demasiado estreitas para a circulação de eléctricos e peões, podendo assim diminuir o volume dos seus negócios. Mas o Director continuava... quando se estabeleceu a COMPANHIA tínhamos os "velhos americanos puxados a mulas", os passageiros ouvindo as chicotadas estalantes, e, de quando em vez, asneiras, obscenas. Agora tal situação estava ultrapassada. E, como se provaria pelo aumento substancial de passageiros, a C.C.F.L. vai alterando os hábitos dos lisboetas, quanto à utilização dos transportes públicos.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ XII ]-A CUF DO BARREIRO ( 1 )».
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