Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (2014) - (Panorâmica do sítio da Trindade onde se insere o "LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO" antes chamado de "LARGO DA ABEGOARIA) in GOOGLE EARTH
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1870) - (Página de sátira "A BERLINDA" de Rafael Bordalo Pinheiro ) in HISTÓRIAS COM HISTÓRIAS
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (29 de Outubro de 1870) - ( O BINÓCULO - Hebdomadário de caricaturas, espectáculos e literatura de Rafael Bordalo Pinheiro) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in HEMEROTECA DIGITAL DE LISBOA
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1903) - (O ZÉ POVINHO na história publicada na revista "A PARÓDIA") (- nunca se levanta que se não deite-) in CONVERSAS EM PORTUGUÊS
Largo Rafael Bordalo Pinheiro - (1960-12) - Foto de Armando Maia Serôdio - (As iluminações de NATAL no "LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO" numa noite dos anos sessenta) in AML
(INÍCIO) - LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO [ I ]
«O LARGO DA ABEGOARIA ( 1 )»
O «LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO» (antigo "LARGO DA ABEGOARIA) pertencia à freguesia do "SACRAMENTO", hoje pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA DE 2012, passou a fazer parte da freguesia de "SANTA MARIA MAIOR". Este "LARGO" fica entre a "RUA DE SERPA PINTO", "RUA DA TRINDADE" e "TRAVESSA DO CARMO".
No "LARGO" outrora chamado "ABEGOARIA" do início do século XIX, por EDITAL MUNICIPAL de 11 de Fevereiro de 1915, ficou perpetuado "RAFAEL BORDALO PINHEIRO", pintor, ceramista e caricaturista, numa placa cerâmica do tipo florão e também por ter habitado largos anos neste LARGO, onde viveu e acabou por ali falecer.
A história desta "PRACINHA", colocada quase estrategicamente um pouco acima do CARMO e paredes meias com a TRINDADE, ou seja entre o "CARMO E A TRINDADE"... tem muito que contar.
O "LARGO DA ABEGOARIA" era em 1755 muito mais estreito que na actualidade. A recordação do Terramoto de 1755 esteve neste local patente durante muitos anos e as reconstruções muito difíceis.
Sabe-se que por aqui foram erguidos vários PALÁCIOS dos quais hoje não há vestígios, no entanto, há registos de alguns titulares; o "PALÁCIO DOS ALCÁÇOVAS CARNEIROS", Secretário do ESTADO. Nas redondezas do CARMO levantava-se o PALÁCIO nobilíssimo dos "MARQUESES DE ARRONCHES", e DUQUE DE LAFÕES, cheios de preciosidades, que tudo o fogo devorou em 1755.
Defronte da fachada SUL do "CONVENTO DA TRINDADE" foram. pouco a pouco erguendo barracas, construções provisórias e telheiros que deram ao local um aspecto de acampamento. Os frades tinham arrendado o velho templo arruinado, que se transforma em armazém. Onde hoje está aquele prédio, erguido pelo "DR. LOURENÇO DE ALMEIDA E AZEVEDO" depois de 1886, que tornejava para o "LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO" e dava para a "RUA NOVA DA TRINDADE", formando um pedaço da face SUL da "RUA DA TRINDADE", no sítio onde fora o PALÁCIO DOS ALCÁÇOVAS CARNEIROS arruinado e incendiado em 1755, era um amontoado de construções informes que em 1760 pertenciam a "FRANCISCO VELHO OLDEMBERG".
Em 1816 era anunciado na GAZETA de 23 de Fevereiro, a venda de um terreno na "RUA DA TRINDADE", com uma casa de três andares, com porta de pátio, fazendo cunhal e frente para a mesma RUA. Nesse terreno existia um telheiro e uma estância de Madeira ( 1 ) . Esse "LARGO" que havia de nascer era o da "ABEGOARIA". Em 6 de Outubro de 1817 publicava a GAZETA outro anúncio de venda de carruagens, "traquitanas", Seges, Carrinhos Ingleses, etc., chamava ao sítio "na RUA DA TRINDADE ao CARMO, no LARGO DA ABEGOARIA", e no suplemento do Diário do Governo de 06.05.1822, ao anunciar-se, também, a venda de carruagens e Seges, chamaram-lhe "Largo de Estevam Galhardo", ao "Carmo". A Toponímia ainda não estava devidamente bem fixada. A « de ABEGOARIA» veio, porém, a perpetuar-se ( 2 ) até 1915.
- ( 1 ) - É o prédio que faz um recanto e torneja da RUA NOVA DA TRINDADE para a RUA DA TRINDADE, pegado à casa dos azulejos.
- ( 2 ) - Junto à (antiga) RUA ORIENTAL do PASSEIO PUBLICO havia, em finais de 1844, outro "LARGO DA ABEGOARIA", onde se construiu o "CIRCO MADRID" (Diário do Governo de 31.12.1844) é hoje o "LARGO DA ANUNCIADA".
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO RAFAEL BORDALO PINHEIRO [ II ] O LARGO DA ABEGOARIA (2 )»
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