Calçada Marquês de Tancos - ( 2011 ) - (Fachada principal do "PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS" na COSTA DO CASTELO) in MONUMENTOS-SIPA
Calçada Marquês de Tancos - (2011) - (Interior do Palácio, sala revestida com silhares de azulejos) in MONUMENTOS-SIPA
Calçada Marquês de Tancos - (1961) Foto de Armando Maia Serôdio - (Palácio Marquês de Tancos, na Calçada Marquês de Tancos. Painel de Azulejos no interior do Palácio) in AML
Calçada Marquês de Tancos - (1945) Foto de Eduardo Portugal - (Antiga casas dos criados da Casa de TANCOS, ao fundo a Abóbada da Igreja de São Cristóvão) (ABRE EM TAMANHO GRANDE) in AML
(CONTINUAÇÃO)-CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS [ III ]
«O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 2 )»
"DOM JOSÉ MANUEL" CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA, irmão do 1.º MARQUÊS DE TANCOS, tendo vivido alguns anos no PALÁCIO, um ano antes do Terramoto de 1755, deixou de viver no PALÁCIO. Antes, seu irmão pedira o alargamento das RUAS de acesso, em especial da "CALÇADA" para facilitar a subida íngreme das carruagens. Apeado o casario circundante, foi reconstruído o edifício, dando-lhe o aspecto grandioso da residência dos "ATALAIAS" e "TANCOS", onde habitou, até meado de oitocentos, o 10.º CONDE DE ATALAIA "DOM LUÍS PEREGRINO DE ATAÍDE (1700-1758).
No interior do PALÁCIO (apesar dos espaços terem sido sucessivamente transformados) destaca-se ainda o ANDAR NOBRE, cuja entrada a NE se faz por amplo átrio rectangular que conduz aos salões virados ao RIO, tendo todas as divisões silhares de azulejos de composição figurativa, conservando grande parte do recheio artístico original com destaque para o espólio azulajar por painéis de finais do século XVII a meados do séc. XVIII.
A Noroeste as salas têm dimensões mais reduzidas e convergem para uma sala semi-circular - ORATÓRIO - que abre para o terraço também revestido de azulejos. Dezenas de painéis formando silhares revestem as paredes dos vários pisos do edifício, destacando-se o piso 4 (ANDAR NOBRE). Na sua maioria são painéis monocromos - azul de cobalto em fundo branco, de padrão, figura avulsa, composição ornamental ilustrando episódios das "METAMORFOSES" de "OVÍDIO", da "ILÍADA" de HOMERO, caçadas, cenas galantes e campestres.
É ainda no andar nobre que os antigos salões são ornamentados com silhares de azulejos, vendo-se uma série de quatro painéis a ornamentar uma das aulas, nelas fugurando, no topo e no centro as armas dos MANUÉIS.
Diz-nos o Mestre NORBERTO DE ARAÚJO nas suas "PEREGRINAÇÕES A LISBOA": "essas renques de casas defronte do PALÁCIO, na RUA que desce a S. CRISTÓVÃO, (presentemente) melhoradas de aspecto, acusam construção antiga e oferece um aspecto de certo modo gracioso; foram em tempos moradas de criados da casa de TANCOS".
No interior do PALÁCIO (apesar dos espaços terem sido sucessivamente transformados) destaca-se ainda o ANDAR NOBRE, cuja entrada a NE se faz por amplo átrio rectangular que conduz aos salões virados ao RIO, tendo todas as divisões silhares de azulejos de composição figurativa, conservando grande parte do recheio artístico original com destaque para o espólio azulajar por painéis de finais do século XVII a meados do séc. XVIII.
A Noroeste as salas têm dimensões mais reduzidas e convergem para uma sala semi-circular - ORATÓRIO - que abre para o terraço também revestido de azulejos. Dezenas de painéis formando silhares revestem as paredes dos vários pisos do edifício, destacando-se o piso 4 (ANDAR NOBRE). Na sua maioria são painéis monocromos - azul de cobalto em fundo branco, de padrão, figura avulsa, composição ornamental ilustrando episódios das "METAMORFOSES" de "OVÍDIO", da "ILÍADA" de HOMERO, caçadas, cenas galantes e campestres.
É ainda no andar nobre que os antigos salões são ornamentados com silhares de azulejos, vendo-se uma série de quatro painéis a ornamentar uma das aulas, nelas fugurando, no topo e no centro as armas dos MANUÉIS.
Diz-nos o Mestre NORBERTO DE ARAÚJO nas suas "PEREGRINAÇÕES A LISBOA": "essas renques de casas defronte do PALÁCIO, na RUA que desce a S. CRISTÓVÃO, (presentemente) melhoradas de aspecto, acusam construção antiga e oferece um aspecto de certo modo gracioso; foram em tempos moradas de criados da casa de TANCOS".
Do LATIM vulgar "CALCIATA", «CALÇADA» é uma RUA pavimentada com material duro ou uma ladeira íngreme, aludindo às vias romanas, sendo uma toponomenclatura muito frequente em PORTUGAL e na GALIZA, onde é chamada de "CALZADA". Da CALÇADA deriva CALÇADINHA de menores dimensões. [Fonte: TOPONÍMIA DE LISBOA]
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«CALÇADA MARQUÊS DE TANCOS[ IV ]O PALÁCIO MARQUÊS DE TANCOS ( 3 )».
1 comentário:
Amigo Agostinho
A primeira casa de empregados que se vê em primeiro plano, foi utilizada nas cenas exteriores do filme "O Costa do Castelo".
Um abraço
José Leite
Enviar um comentário