Rua da Junqueira - (2008) Foto de autor não identificado (A "Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha" na "Rua da Junqueira" vista do lado nascente) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS
Rua da Junqueira - (2011) Foto de autor não identificado (Fachada da entrada da "Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha", hoje "Universidade Lusíada" onde podemos ver sete janelas viradas para a "Rua da Junqueira", sendo as três centrais mais elaboradas, estando a central encimada por frontão triangular) in GEOLOCATION
Rua da Junqueira - (2008)? Foto de autor não identificado (Fachada da antiga "Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha", destacando-se o torreão com telhado de mansarda) in IGESPAR
Rua da Junqueira - (1930)? Foto de Eduardo Portugal (O Torreão do lado poente da antiga "Casa Nobre da Lázaro Leitão Aranha" na "Rua da Junqueira") in AFML
Rua da Junqueira - (1959) Foto de Armando Serôdio ("Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha" um pormenor gracioso das sete janelas de peitoril rectilíneas e com molduras de cantaria, assentes em pequenas mísulas e recortadas na zona superior; as centrais são mais elaboradas, duas com remate em cornija e a central com friso côncavo e pedra de fecho, encimada por frontão triangular) in AFML
Rua da Junqueira - (1966) Foto de Garcia Neves (A antiga "Casa nobre de Lázaro Leitão Aranha" na "Rua da Junqueira") in AFML
Rua da Junqueira - (1930) Foto de Eduardo Portugal (A antiga "Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha" na "Rua da Junqueira", encontrando-se a Capela no primeiro edifício do conjunto nobre) in AFML
(CONTINUAÇÃO) - RUA DA JUNQUEIRA [ XX ]
«A CASA NOBRE DE LÁZARO LEITÃO ARANHA (1)»
O "PALÁCIO DE LÁZARO LEITÃO ARANHA" na "RUA DA JUNQUEIRA" com os números 194 e 196, foi edificado pelo Principal da Igreja Paroquial e lente da "Universidade de Coimbra" «LÁZARO LEITÃO ARANHA» em 1734, após ter mandado demolir as casas que ali existiam.
«LÁZARO LEITÃO ARANHA» foi uma importante personagem do reinado de "D. JOÃO V", tendo feito parte da "EMBAIXADA ENVIADA A ROMA EM 1712".
«CARLOS MARDEL» chegou a LISBOA em 1733, com ideias inovadoras em matéria de arquitectura, por isso, teve o privilégio de lhe ser entregue a obra da construção deste Palácio junto ao rio TEJO.
A fachada principal é de um só andar, rematada por uma cimalha com quatro vasos.
Tem o conjunto sete janelas de peitoril rectilíneas com moldura de cantaria, sendo as três do centro elaboradas, seguindo duas com remates em cornija e uma com friso côncavo de pedra de fecho, encimada por frontão triangular. De cada lado existe um corpo de duas portas ladeadas por óculos ovalizados para iluminação. Cada um destes corpos tem outro andar de torreão com telhados de mansarda.
Do lado direito, um pequeno corpo com portas em verga recta e dupla moldura recortada com pingentes laterais, encimado por óculo ovalizado com dupla moldura, a exterior formando volutas, rematando em cornia onde assenta a sineira de arco de volta perfeita e corresponde à Capela, construída em 1740.
Esta casa tornou-se célebre no século XIX quando deste Palácio foi raptada pelo "Dr. JOÃO FRANCISCO DE OLIVEIRA", médico da REAL CÂMARA, na noite de 27 de Maio de 1803, uma linda senhorinha, "D. EUGÉNIA JOSÉ DE MENESES", filha do 1º CONDE DE CAVALEIROS neta do 5º MARQUÊS DE MARIALVA, dama da Princesa Regente, e que meses depois deu à luz uma menina.
O raptor foi sentenciado à forca, mas logrou fugir para a América, de onde regressou vinte anos depois, para ser MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS. Mãe e filha entraram num Convento, tendo mais tarde "D. EUGÉNIA" sido perdoada e reabilitada a menina que veio a casar em 1847 com "WILLIAM SMITH", Cônsul-Geral da Grã-Bretanha, já viúvo e apontado como filho natural do Rei Guilherme IV da Inglaterra.
O interesse escandaloso - a coincidência - desta história está em supor-se, quase sem erro, que a aventura do médico da REAL CÂMARA foi um serviço por ele prestado ao príncipe "D. JOÃO" de quem era íntimo, príncipe que teria sido o verdadeiro sedutor de "D. EUGÉNIA JOSÉ".
Também nesta casa viveu como inquilino o "PRÍNCIPE CARLOS LUÍS FREDERICO MECKLEMBURGO", cunhado do rei de Inglaterra, um dos oficiais que viera na companhia do "CONDE DE LIPPE", em 1762.
A casa foi mudando sucessivamente de mãos, até que no século XIX era vendida em haste pública no ano de 1839 e adquirida por "CAETANA MARIA ROSA". A casa encontrava-se arruinada por não ser habitada, assim, em 16 de Setembro de 1843, "CAETANA MARIA ROSA" vendeu toda a Quinta a "MANUEL JOAQUIM DA COSTA E SILVA".
Entretanto no ano de 1880 tendo o proprietário partido para o Brasil, colocou a Quinta à venda, sendo adquirida por "MANUEL JOAQUIM DE OLIVEIRA" que alugava a casa a vários locatários. No local ainda funcionou a "ADMINISTRAÇÃO DO 4º BAIRRO" e uma Esquadra.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA DA JUNQUEIRA [ XXI ] A CASA NOBRE DE LÁZARO LEITÃO ARANHA (2)»
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