Rua Lucília Simões - (2012) - Foto de André Barragon (A RUA LUCÍLIA SIMÕES próximo da Rua Maria Lalande na freguesia de BENFICA) in PANORAMIO
Rua Lucília Simões - (2012) Foto de André Barragon (A RUA LUCÍLIA SIMÕES no BAIRRO DAS PEDRALVAS) in PANORAMIO
Rua Lucília Simões - (2010) Foto de Lampião2000 (Um troço da RUA LUCÍLIA SIMÕES no segundo Bairro dos Actores, na freguesia de BENFICA) in SKYSCRAPERCITY
Rua Lucília Simões - (1977) Foto de autor não identificado (Placa Toponímica TIPO II indicando que mais uma actriz, tem uma RUA em LISBOA) in O INFERNO
Rua Lucília Simões - (Década dos anos 40 do século XX) (Um retrato da actriz LUCÍLIA SIMÕES antes do final da sua carreira) in OS ANOS DE OURO DO CINEMA PORTUGUÊS
Rua Lucília Simões - (1945) - ("LUCÍLIA SIMÕES" e "NASCIMENTO FERNANDES" numa cena do filme "A VIZINHA DO LADO" direcção de António Lopes Ribeiro) in OS ANOS DE OURO DO CINEMA PORTUGUÊS
(CONTINUAÇÃO)-RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES [ XXI ]
«RUA LUCÍLIA SIMÕES»
A «RUA LUCÍLIA SIMÕES» pertence à freguesia de «BENFICA». Começa na RUA MARIA LALANDE número 7 e finaliza na RUA PAZ DOS REIS.
A Acta Nº 122 de 14 de Novembro de 1977, da COMISSÃO CONSULTIVA MUNICIPAL DE TOPONÍMIA, dava parecer favorável que a "RUA-E" da zona Nascente do BAIRRO DAS PEDRALVAS, entre a "CALÇADA DO TOJAL" e a "ESTRADA DE BENFICA", seja designada por "RUA LUCÍLIA SIMÕES" - ACTRIZ - (1879-1962), sendo aprovado pelo EDITAL de 31 de Janeiro de 1978.
«LUCÍLIA CÂNDIDA SIMÕES FURTADO COELHO» nasceu no RIO DE JANEIRO (BRASIL) a 2 de Abril de 1879 e faleceu em LISBOA a 8 de Junho de 1962. Filha da actriz "LUCINDA SIMÕES" e do actor-empresário LUÍS FURTADO COELHO, estreou-se como amadora em 5 de Abril de 1895 na peça "FREI LUÍS DE SOUSA" de Almeida Garrett, no papel de MARIA, representada no TEATRO AVENIDA em COIMBRA. Pouco tempo depois abraça a carreira profissional em LISBOA, na peça "MADAME DE SANS-GENÉ" de SARDOU em Dezembro de 1895, no TEATRO DA RUA DOS CONDES. Contracenou com os principais actores portugueses do final do século XIX e princípio do século XX como: EDUARDO BRAZÃO, ÂNGELA PINTO, ROSA DAMASCENO, ADELINA ABRANCHES e sua mãe, LUCINDA SIMÕES.
LUCÍLIA SIMÕES na interpretação do papel de NORA, em "CASA DE BONECAS"(1897) do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, terá sido um dos seus primeiros grandes sucessos da sua carreira.
Em Fevereiro de 1899, a Companhia de sue mãe LUCINDA SIMÕES, estreou este texto em COIMBRA, no TEATRO-CIRCO PRÍNCIPE REAL. A partir da tradução de CRISTIANO DE SOUSA a peça foi ensaiada por "LUCINDA SIMÕES", tendo o par NORA/HELMER sido desempenhado por "LUCÍLIA SIMÕES" e CRISTIANO DE SOUSA, e a personagem da senhora LINDE representada por "LUCINDA SIMÕES". A "CASA DE BONECAS" foi o primeiro espectáculo baseado numa peça de Henrik Ibsen feito por uma Companhia portuguesa e representada em Portugal e no Brasil. Depois desta representação, um crítico de teatro teceu alguns elogios a "LUCÍLIA SIMÕES" referindo-se ao seu papel na personagem de NORA, dizendo: "Que deve lutar (...) para ter longa vida de triunfos".
Apesar destas críticas, LUCÍLIA SIMÕES teve ainda outra fase de grandes sucessos, até que, por razões particulares afasta-se do teatro durante treze anos.
Reaparece nos palcos em 1921, à frente da sua própria COMPANHIA, tinha-se associado ao actor ERICO BRAGA, (com quem tinha casado entretanto) formando assim a COMPANHIA LUCÍLIA SIMÕES/ERICO BRAGA. São inúmeras as listas de obras a que LUCÍLIA SIMÕES ligou o seu nome, mas recordemos as mais recentes: "O BÂTON" de Alfredo Cortês, escrita para ela e para JOÃO VILLARET e a "PERDOAI-NOS SENHOR", de Mendonça Alves, "FOGUEIRAS DE S. JOÃO", onde o seu trabalho mereceu justamente os louvores da crítica.
Interpreta magnificamente a peça "RAÇA" de Lenhares Rivas e de "GARÇONNE" extraída do romance de Victor Marguerite. Depois de uma temporada brilhante em que levou à cena todo o género de teatro, apresentou também "MAR ALTO" de António Ferro, que serviu para mostrar que desejava lançar novos ares no teatro com a Companhia. LUCÍLIA afirmava não ser possível trabalhar no palco do D. MARIA II porque "a lei que rege esse teatro mo proíbe, por ser brasileira". Em 1936, após a separação com ERICO BRAGA, esta Companhia dissolve-se e LUCÍLIA SIMÕES vai para a COMPANHIA REY COLAÇO/ROBLES MONTEIRO substituir a sua mãe, na peça "A CONSPIRADORA" de Mendonça Alves.
Durante dois anos esteve como ensaiadora teatral no BRASIL, na COMPANHIA DE EVA TUDOR. Regressou a PORTUGAL e integrou-se nos COMEDIANTES DE LISBOA (dirigido por RIBEIRINHO) onde deu o seu melhor, tendo representado em 1951 no TEATRO MONUMENTAL a sua penúltima peça "O HOMEM QUE VEIO PARA O JANTAR". Teve ainda a sua festa de despedida a 8 de Junho de 1951, acabando por deixar definitivamente o TEATRO.
No CINEMA colaborou nos filmes: "A VIZINHA DO LADO"(1945) de António Lopes Ribeiro, "NÃO HÁ RAPAZES MAUS"(1948) de Eduardo Garcia Maroto e "ERAM DUZENTOS IRMÃOS"(1952) de Armando Vieira Pinto.
Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios, destacando-se a "COMENDA DA ORDEM DE SANTIAGO" em PORTUGAL e as "PALMAS DE OURO" da ACADEMIA FRANCESA e bastantes homenagens que o BRASIL lhe prestou.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES[XXII]-RUA MARIA LALANDE
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