Rua Maria Lalande - (2010) Foto de André Barragon (A "RUA MARIA LALANDE" no novo Polo do "BAIRRO DOS ACTORES" na freguesia de BENFICA) in PANORAMIO
Rua Maria Lalande - (2010) Foto de André Barragon (A "RUA MARIA LALANDE" na freguesia de BENFICA) in PANORAMIO
Rua Maria Lalande - (depois de 1978) Foto de autor não identificado (A "RUA MARIA LALANDE" no Bairro das Pedralvas) in TOPONÍMIA DE LISBOA
Rua Maria Lalande - (2007) (Vista panorâmica da "RUA MARIA LALANDE" na freguesia de BENFICA) in GOOGLE EARTH
Rua Maria Lalande - (1938) (A inesquecível "MARIA LALANDE" no filme " ROSA DO ADRO" de Chianca de Garcia, publicado na revista CINÉFILO) in OS ANOS DE OURO DO CINEMA PORTUGUÊS
Rua Maria Lalande - (1948) - (Maria Lalande numa cena do filme "NÃO HÁ RAPAZES MAUS" de Eduardo Garcia Maroto) in OS ANOS DE OURO DO CINEMA
Rua Maria Lalande - (1950) - (Capa da Revista FLAMA com MARIA LALANDE numa cena do filme "FÁTIMA TERRA DE FÉ" de Jorge Brum do Canto de 1943) in OS ANOS DE OURO DO CINEMA PORTUGUÊS
(CONTINUAÇÃO)-RUAS DE LISBOA COM NOMES DE ACTRIZES E ACTORES [ XXII ]
«RUA MARIA LALANDE»
A «RUA MARIA LALANDE» pertence à freguesia de «BENFICA». Começa na "ESTRADA DE BENFICA" e finaliza na "RUA AUGUSTO COSTA(Costinha)". São convergentes a esta rua pelo lado esquerdo a "RUA LUCÍLIA SIMÕES" e "RUA AURA ABRANCHES", também duas distintas actrizes. E por EDITAL de 31 de Janeiro de 1978, a CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA designou que o topónimo desta actriz fosse dado à "RUA - D" da Zona a nascente do BAIRRO DAS PEDRALVAS, que faz a ligação com a ESTRADA DE BENFICA.
«MARIA ADELAIDE DA SILVA LALANDE» nasceu a 7 de Novembro de 1913 em SALGUEIRO DO CAMPO - CASTELO BRANCO e faleceu em LISBOA em 21 de Março de 1968. Entre para o CONSERVATÓRIO DE LISBOA com apenas 13 anos, onde fez os cursos de teatro (ou de Arte Dramática) e de Bailado, tendo obtido o 1º prémio quando terminou o curso de teatro. Ainda aluna, estreou-se no TEATRO DA TRINDADE na peça "A COVA DA PIEDADE", contracenando com ADELINA ABRANCHES.
MARIA LALANDE integra a Companhia AMÉLIA REY-COLAÇO/ROBLES MONTEIRO, depois da reposição das peças; "PERALTAS" e "SÉCIAS", sendo a sua estreia como profissional no ano de 1931, no TEATRO NACIONAL D. MARIA II, interpretando a peça "ROMANCE" de Sheldon.
Pela sua aparência terna e cândida (de olhos muito grandes e febris), passa a desempenhar um papel especifico de "ingénua dramática" desta companhia, onde permanecerá durante mais de uma década.
Seguiram-se depois a peça de Eduardo SCHWALBACH a "CAROCHINHA", "FREI LUÍS DE SOUSA" de Almeida Garrett no entanto foi em "A ASCENÇÃO DE JOANINHA"(1944) de Gerhart Hauptmann, que revelou o grande talento para esta área artística, estando na origem, o seu maior êxito. Representou ainda "A DAMA DAS CAMÉLIAS "(1936) de Alexandre Dumas e outras.
É constituída a Companhia de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO e seu irmão FRANCISCO RIBEIRO (Ribeirinho), que alugam o TEATRO DA TRINDADE para sua representações. Chamava-se "OS COMEDIANTES DE LISBOA" e levaram à cena um reportório cheio de novidades e de grande qualidade.
MARIA LALANDE estava descontente com a ideologia praticada no D. MARIA II, tal como muitos dos seus colegas grandes actores, que resolveram juntar-se a LALANDE e à nova COMPANHIA no TRINDADE. São representados "PIGMALEÃO"(1945) de Bernard Shan, "MISS BÁ" e "BÂTON", entre outras. Durante o seu percurso em "OS COMEDIANTES DE LISBOA" onde contracenou com o actor FRANCISCO RIBEIRO (Ribeirinho), com quem casou e de quem teve uma filha, "MARIA MANUELA LALANDE LOPES RIBEIRO".
Com a extinção da Companhia de "OS COMEDIANTES DE LISBOA" em 1950, MARIA LALANDE não pretende voltar ao NACIONAL e decide percorrer outras casas de TEATRO (VARIEDADES e MARIA VITÓRIA). É neste contexto que entre 1952 e 1953 que representa "A HIPÓCRITA" de Emlyn Wiliams e "O MILAGRE DA RUA" de Costa Ferreira.
No ano de 1955 marca a sua presença no "TEATRO D'ARTE DE LISBOA", destacando-se na peça "A CASA DOS VIVOS" e "YERMA", após o que fica parada durante uns anos.
Retoma a sua actividade de actriz em 1965 nas comemorações do CENTENÁRIO DE GIL VICENTE, é convidada para fazer o "AUTO DA ALMA" no TEATRO DE SÃO CARLOS com encenação de Almada Negreiros. Em 1966 MARIA LALANDE reaparece. Ninguém sabe mas é o seu derradeiro folgo, numa série de espectáculos memoráveis que com outros actores integra a COMPANHIA PORTUGUESA DE ACTORES, no TEATRO VILLARET, com as peças "AS RAPOSAS" e "FUMO DE VERÃO". A sua última aparição foi em "ANTÓNIO MARINHEIRO" de Bernardo Santareno no TEATRO SÃO LUÍS, representando o papel (embora já doente) da "BERNARDA", com a qual se despede dos palcos.
No CINEMA (embora ainda mudo) integrou o elenco de "LISBOA CRÓNICA ANEDÓTICA"(1930) de Leitão de Barros, "CAMPINOS DO RIBATEJO"(1932) de ANTÓNIO LOPES RIBEIRO. Na era do cinema sonoro teve interpretações em "ROSA DO ADRO"(1938) de Chianca de Garcia, "FÁTIMA TERRA DE FÉ"(1943) de Jorge Brum do Canto e "NÃO HÁ RAPAZES MAUS"(1948) de Eduardo Garcia Maroto. Ao longo da sua vida ganhou os prémios EDUARDO BRAZÃO e de LUCÍLIA SIMÕES.
MARIA LALANDE foi uma figura de primeiro plano no TEATRO português contemporâneo. [ FINAL ]
BIBLIOGRAFIA
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- 4ªs. Jornadas sobre Toponímia de LISBOA -Coord. Paula Levy, Jorge Pereira da Silva e Antº. Trindade-Edição da CML - Dep. de Serviços Gerais- 2004 LISBOA.
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- CINEMATECA PORTUGUESA - CICLO DE ANTÓNIO SILVA - Cinemateca-1986 - LISBOA
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