Largo do Intendente Pina Manique - (1791) de D.A. de Siqueira Pinto e C. F. Queiroz (Gravura de DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE) in RESTOS DE COLECÇÃO
Largo do Intendente Pina Manique - (191_) Foto de Joshua Benoliel (LARGO DO INTENDENTE com saída para a RUA DO BENFORMOSO, na primeira porta ao lado esquerdo o ARMAZÉM DE PALHA, a "TENDINHA DO INTENDENTE" e "MERCEARIA e SALSICHARIA" - vinhos -tabacos etc.) (Abre em tamanho Grande) in AML
Largo do Intendente Pina Manique - (191_) Foto de Joshua Benoliel (LARGO DO INTENDENTE, ao fundo pomos ver o edifício da "VIÚVA LAMEGO" com a fachada de azulejos policromos da autoria de "FERREIRA DAS TABULETAS") (Abre em tamanho grande) in AML
Rua do Intendente Pina Manique (ant 1971) Foto de Eduardo Portugal (Chafariz do Intendente construído entre 1823 e 1824 um projecto conjunto dos Artºs. Henrique Guilherme de Oliveira e Honorato José Correia. Permaneceu neste Largo até 1917 junto da Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego, sendo depois transferido para a Rua da Palma) (Abre em tamanho Grande) in AML
Largo do Intendente Pina Manique - (2012) Foto de Autor não identificado (O "CHAFARIZ DO INTENDENTE/DESTERRO" já com a coroa e cruz na parte de cima do escudo Nacional na RUA DA PALMA) in LISBOA - COMPARAÇÕES COM OUTROS TEMPOS
(CONTINUAÇÃO) - LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE [ V ]
«DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE ( 3 )»
«DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE» que em 1780 passava a alto funcionário com a designação de "INTENDENTE-GERAL DA POLÍCIA, terá casado em 1773 com D. INÁCIA MARGARIDA UMBELINA DE BRITO NOGUEIRA DE MATOS. Foram pais de PEDRO ANTÓNIO DE PINA MANIQUE NOGUEIRA DE MATOS DE ANDRADE, que nasceu a 20.09.1774 e faleceu em LISBOA a 05.11.1839, tendo sido agraciado em 1801, pelo Príncipe-Regente D. JOÃO, com o 1º titulo de "BARÃO DE MANIQUE DO INTENDENTE" e depois elevado a VISCONDE do mesmo titulo em 1818 por D. JOÃO VI.
«DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE» formado em LEIS pela UNIVERSIDADE DE COIMBRA, regressa a LISBOA, passou a ver serem-lhe conferidos cargos públicos sempre relacionados ou com polícia ou com moralização de costumes.
Foi colaborador intimo do "MARQUÊS DE POMBAL" e executor rigoroso de algumas ordens deste último. Esta característica supõe uma rigidez que com nada se comovia.
Um caso é bem demonstrativo: O MARQUÊS DE POMBAL, que temia uma guerra próxima com ESPANHA, precisava assim de fortalecer o seu exército e, para tanto, quis mandar incorporar todos os refractários e soube que muitos deles se acoitavam na TRAFARIA, povoação na margem esquerda do rio TEJO, onde a maioria da população era composta por pescadores.
Deu então ordens a MANIQUE e este não hesitou nos meios: cercou a TRAFARIA (naquela noite de 24 de Janeiro de 1777) e, para não perder tempo, mandou deitar-lhe fogo!... Ardeu a povoação toda para se capturar uma dezena de meliantes.
Mas não fique no entanto a ideia, de que PINA MANIQUE procedeu em tudo na vida, como no incêndio da TRAFARIA. Bastará lembrar de que foi ele o fundador da REAL CASA PIA DE LISBOA, (Ordem régia de 20 de Maio de 1780, oficialmente inaugurada a 3 de Julho, sendo a sessão solene do acto no CASTELO DE SÃO JORGE, a 29 de Outubro, com discurso do DUQUE DE LAFÕES), que a instalou no antigo PAÇO DA ALCÁÇOVA. E destinada em principio apenas à recolha e tratamento de órfãos e mendigos, em breve se transformava num excelente estabelecimento de ensino.
Deve-se também ao INTENDENTE PINA MANIQUE a recuperação social de prostitutas e mendigos.
Outra obra que ainda subsiste é o caso do REAL TEATRO DE SÃO CARLOS (hoje sem o Real), que veio preencher a lacuna do antigo "ÓPERA DO TEJO" ou REAL CASA DA ÓPERA, que o terramoto de 1755 destruiu. Deve-se também a este homem algumas organizações e determinações de questão higiene, abertura de ruas e estradas.
Ficou mais conhecido, porém, a sua luta contra todos os marginais, tentando regenerar os que de tal se mostravam capazes, punindo severamente todos os outros.
Não deixa assim de ser irónico que, nas barbas do seu "ex-PALÁCIO" do VELHO INTENDENTE, se tenha passado um arraial de costumes e marginalidades, que aos poucos se vai debelando. Mas o "DIOGO INÁCIO PINA MANIQUE" não merecia!
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE [ VI ]-EPISÓDIOS NO LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE NO FINAL DO SÉCULO XX (1)»
«DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE» formado em LEIS pela UNIVERSIDADE DE COIMBRA, regressa a LISBOA, passou a ver serem-lhe conferidos cargos públicos sempre relacionados ou com polícia ou com moralização de costumes.
Foi colaborador intimo do "MARQUÊS DE POMBAL" e executor rigoroso de algumas ordens deste último. Esta característica supõe uma rigidez que com nada se comovia.
Um caso é bem demonstrativo: O MARQUÊS DE POMBAL, que temia uma guerra próxima com ESPANHA, precisava assim de fortalecer o seu exército e, para tanto, quis mandar incorporar todos os refractários e soube que muitos deles se acoitavam na TRAFARIA, povoação na margem esquerda do rio TEJO, onde a maioria da população era composta por pescadores.
Deu então ordens a MANIQUE e este não hesitou nos meios: cercou a TRAFARIA (naquela noite de 24 de Janeiro de 1777) e, para não perder tempo, mandou deitar-lhe fogo!... Ardeu a povoação toda para se capturar uma dezena de meliantes.
Mas não fique no entanto a ideia, de que PINA MANIQUE procedeu em tudo na vida, como no incêndio da TRAFARIA. Bastará lembrar de que foi ele o fundador da REAL CASA PIA DE LISBOA, (Ordem régia de 20 de Maio de 1780, oficialmente inaugurada a 3 de Julho, sendo a sessão solene do acto no CASTELO DE SÃO JORGE, a 29 de Outubro, com discurso do DUQUE DE LAFÕES), que a instalou no antigo PAÇO DA ALCÁÇOVA. E destinada em principio apenas à recolha e tratamento de órfãos e mendigos, em breve se transformava num excelente estabelecimento de ensino.
Deve-se também ao INTENDENTE PINA MANIQUE a recuperação social de prostitutas e mendigos.
Outra obra que ainda subsiste é o caso do REAL TEATRO DE SÃO CARLOS (hoje sem o Real), que veio preencher a lacuna do antigo "ÓPERA DO TEJO" ou REAL CASA DA ÓPERA, que o terramoto de 1755 destruiu. Deve-se também a este homem algumas organizações e determinações de questão higiene, abertura de ruas e estradas.
Ficou mais conhecido, porém, a sua luta contra todos os marginais, tentando regenerar os que de tal se mostravam capazes, punindo severamente todos os outros.
Não deixa assim de ser irónico que, nas barbas do seu "ex-PALÁCIO" do VELHO INTENDENTE, se tenha passado um arraial de costumes e marginalidades, que aos poucos se vai debelando. Mas o "DIOGO INÁCIO PINA MANIQUE" não merecia!
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE [ VI ]-EPISÓDIOS NO LARGO DO INTENDENTE PINA MANIQUE NO FINAL DO SÉCULO XX (1)»
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