Avenida Dr. Augusto de Castro - (2015) - (Um troço da Avenida Dr. Augusto de Castro no sentido Norte em direcção da "Avenida Marechal Gomes da Costa") in GOOGLE EARTH
Avenida Dr. Augusto de Castro - ( 2015 ) - Panorâmica da Avenida Dr. Augusto de Castro no sítio de CHELAS um pouco mais aproximada - em 3D) in GOOGLE EARTH
Avenida Dr. Augusto de Castro - ( 2015) - (Panorâmica da Avenida Dr. Augusto de Castro no sítio de CHELAS) in GOOGLE EARTH
Avenida Dr. Augusto de Castro - (Post. 1971) Foto de autor não identificado (Um troço da Avenida Dr. Augusto de Castro na freguesia de Marvila) (Abre em tamanho Grande) in TOPONÍMIA DE LISBOA
Avenida Dr. Augusto de Castro - (Post a 1971) Foto de Sérgio Dias - (Placa tipo IV da "Avenida Dr. Augusto de Castro" em CHELAS na freguesia de Marvila) ( abre em tamanho grande) in TOPONÍMIA DE LISBOA
(INÍCIO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - 3.ª SÉRIE [ I ]
«AVENIDA DR. AUGUSTO DE CASTRO»
A «AVENIDA DR. AUGUSTO DE CASTRO» pertence à freguesia de «MARVILA». Tem início na antiga "QUINTA DA TROCA" nomeadamente na antiga AZINHAGA DA TROCA hoje "RUA SALGUEIRO MAIA", e finaliza com a ligação à "AVENIDA MARECHAL GOMES DA COSTA".
O Edital Municipal de 27 de Julho de 1971 determinou que a antiga "AVENIDA CENTRAL DA MALHA DE CHELAS", passasse a ostentar o nome do jornalista que também foi diplomata e escritor.
A "AVENIDA DR. AUGUSTO DE CASTRO" rasgada na malha do sítio de CHELAS, inicia o seu percurso na antiga QUINTA DA TROCA seguindo para Norte atravessando as também antigas QUINTAS: DA CERA; DA RAPOSA; DO ALENTEJÃO e DO POÇO DE CORTES, ficando ligada a Norte pela AVENIDA MARECHAL GOMES DA COSTA. [Informação do PLANO DE URBANIZAÇÃO DE CHELAS - 1965 - CML - GABINETE TÉCNICO DE HABITAÇÃO].
De mãos dadas entre a política e o Jornalismo constituem prática de muitos anos. Podemos mesmo dizer que estavam em clara minoria as personalidades que encaravam o trabalho nas redacções como sua profissão única e que faziam da tarefa de informar com clareza e objectividade uma missão.
Felizmente que hoje as águas tendem estar nitidamente separadas. A deontologia exige, por exemplo, que o jornalista profissional que se decida por qualquer cargo de natureza política, devolva a sua carteira. Noutros tempos a mistura seria mais densa. O certo é que se perpetua este namoro entre dois mundos; que passam a vida em amuos e queixas recíprocas como se fosse apenas ódio, os laços que os unem.
«AUGUSTO DE CASTRO SAMPAIO CORTE REAL» era portuense, nascido em 11 de Janeiro de 1883. Formou-se em DIREITO em COIMBRA e voltou ao PORTO onde se estabeleceu como advogado. Pequeno de corpo, era, contrapartida, um incansável trabalhador, dono de uma perspicácia que lhe abria caminhos.
Assim, em breve era deputado pela sua cidade. Mas, bem mais do que à política, sentia-se AUGUSTO DE CASTRO preso ao jornalismo. Contando apenas 20 anos, já dirigia no PORTO o Diário «A PROVÍNCIA», do qual passou para o «DIÁRIO DA NOITE», onde se firmou como cronista.
Tendo fixado residência em LISBOA, foi redactor principal do "JORNAL DO COMÉRCIO" e entrou depois no "O SÉCULO", jornal onde lançou uma secção que ficou célebre, chamada "Fumo do meu cigarro", série de crónicas que reuniu em livro.
Em 1919, ficaria definitivamente traçado o seu destino jornalístico: uma remodelação na empresa proprietária do «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» levaria ao afastamento de "ALFREDO DA CUNHA" da Direcção e ao convite endereçado a AUGUSTO DE CASTRO, que exerceria o cargo praticamente até ao fim da vida, exceptuando embora os anos em que esteve colocado como embaixador de PORTUGAL. É considerado como grande renovador daquele matutino lisboeta. E foi também o impulsionador de congressos e encontros da imprensa latina.
Interrompeu em 1924 as funções jornalísticas para seguir a carreira diplomática. Substituído por "EDUARDO SCHWALBACH" no DIÁRIO DE NOTÍCIAS. «AUGUSTO DE CASTRO» foi ministro plenipotenciário em LONDRES, no VATICANO, BRUXELAS e ROMA. Mas ia escrevendo, nomeadamente para o seu jornal onde criou "CARTAS SEM DATA".
Regressou a PORTUGAL em 1939 para ser comissário da «EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS», certamente que se realizaria no ano seguinte. Mais uma vez o "Bichinho" dos jornais o mordeu e fundou "A NOITE", vespertino efémero. Voltaria logo a seguir ao seu "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"; em 1945, porém, seria nomeado embaixador em PARIS, sendo de novo substituído por "EDUARDO SCHWALBACH". Mas este morreu em 1946 e "CASTRO" assumiu definitivamente a Direcção do Jornal.
Era dotado de um espírito fino, traduzido nos seus escritos. Sobre os diplomatas, por exemplo dizia que: " já hoje lhe é permitido ter opiniões, com a condição, em princípio. de não serem suas"... Os seus artigos de fundo, os seus livros eram escritos de uma forma leve, prendendo pela subtil ironia e pela aparente simplicidade com que apresentava temas profundos. Morreu no ESTORIL em 24 de Julho de 1971. O «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» chegava ao fim de uma marcante e longa da sua quase centenária vida.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS- 3.º SÉRIE [ II ] AVENIDA ELIAS GARCIA( 1 )».
O Edital Municipal de 27 de Julho de 1971 determinou que a antiga "AVENIDA CENTRAL DA MALHA DE CHELAS", passasse a ostentar o nome do jornalista que também foi diplomata e escritor.
A "AVENIDA DR. AUGUSTO DE CASTRO" rasgada na malha do sítio de CHELAS, inicia o seu percurso na antiga QUINTA DA TROCA seguindo para Norte atravessando as também antigas QUINTAS: DA CERA; DA RAPOSA; DO ALENTEJÃO e DO POÇO DE CORTES, ficando ligada a Norte pela AVENIDA MARECHAL GOMES DA COSTA. [Informação do PLANO DE URBANIZAÇÃO DE CHELAS - 1965 - CML - GABINETE TÉCNICO DE HABITAÇÃO].
De mãos dadas entre a política e o Jornalismo constituem prática de muitos anos. Podemos mesmo dizer que estavam em clara minoria as personalidades que encaravam o trabalho nas redacções como sua profissão única e que faziam da tarefa de informar com clareza e objectividade uma missão.
Felizmente que hoje as águas tendem estar nitidamente separadas. A deontologia exige, por exemplo, que o jornalista profissional que se decida por qualquer cargo de natureza política, devolva a sua carteira. Noutros tempos a mistura seria mais densa. O certo é que se perpetua este namoro entre dois mundos; que passam a vida em amuos e queixas recíprocas como se fosse apenas ódio, os laços que os unem.
«AUGUSTO DE CASTRO SAMPAIO CORTE REAL» era portuense, nascido em 11 de Janeiro de 1883. Formou-se em DIREITO em COIMBRA e voltou ao PORTO onde se estabeleceu como advogado. Pequeno de corpo, era, contrapartida, um incansável trabalhador, dono de uma perspicácia que lhe abria caminhos.
Assim, em breve era deputado pela sua cidade. Mas, bem mais do que à política, sentia-se AUGUSTO DE CASTRO preso ao jornalismo. Contando apenas 20 anos, já dirigia no PORTO o Diário «A PROVÍNCIA», do qual passou para o «DIÁRIO DA NOITE», onde se firmou como cronista.
Tendo fixado residência em LISBOA, foi redactor principal do "JORNAL DO COMÉRCIO" e entrou depois no "O SÉCULO", jornal onde lançou uma secção que ficou célebre, chamada "Fumo do meu cigarro", série de crónicas que reuniu em livro.
Em 1919, ficaria definitivamente traçado o seu destino jornalístico: uma remodelação na empresa proprietária do «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» levaria ao afastamento de "ALFREDO DA CUNHA" da Direcção e ao convite endereçado a AUGUSTO DE CASTRO, que exerceria o cargo praticamente até ao fim da vida, exceptuando embora os anos em que esteve colocado como embaixador de PORTUGAL. É considerado como grande renovador daquele matutino lisboeta. E foi também o impulsionador de congressos e encontros da imprensa latina.
Interrompeu em 1924 as funções jornalísticas para seguir a carreira diplomática. Substituído por "EDUARDO SCHWALBACH" no DIÁRIO DE NOTÍCIAS. «AUGUSTO DE CASTRO» foi ministro plenipotenciário em LONDRES, no VATICANO, BRUXELAS e ROMA. Mas ia escrevendo, nomeadamente para o seu jornal onde criou "CARTAS SEM DATA".
Regressou a PORTUGAL em 1939 para ser comissário da «EXPOSIÇÃO DO MUNDO PORTUGUÊS», certamente que se realizaria no ano seguinte. Mais uma vez o "Bichinho" dos jornais o mordeu e fundou "A NOITE", vespertino efémero. Voltaria logo a seguir ao seu "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"; em 1945, porém, seria nomeado embaixador em PARIS, sendo de novo substituído por "EDUARDO SCHWALBACH". Mas este morreu em 1946 e "CASTRO" assumiu definitivamente a Direcção do Jornal.
Era dotado de um espírito fino, traduzido nos seus escritos. Sobre os diplomatas, por exemplo dizia que: " já hoje lhe é permitido ter opiniões, com a condição, em princípio. de não serem suas"... Os seus artigos de fundo, os seus livros eram escritos de uma forma leve, prendendo pela subtil ironia e pela aparente simplicidade com que apresentava temas profundos. Morreu no ESTORIL em 24 de Julho de 1971. O «DIÁRIO DE NOTÍCIAS» chegava ao fim de uma marcante e longa da sua quase centenária vida.
(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS- 3.º SÉRIE [ II ] AVENIDA ELIAS GARCIA( 1 )».
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