Largo Castro Soromenho - (2016) - (Panorâmica mais aproximada do "LARGO CASTRO SOROMENHO», ao fundo a "AVENIDA MARECHAL GOMES DA COSTA") in GOOGLE EARTH
Largo Castro Soromenho - ( 2016 ) - (O "LARGO CASTRO SOROMENHO" entre a "RUA CIDADE DE TETE" e a "RUA DA MATOLA") in GOOGLE EARTH
Largo Castro Soromenho - (2016) - (O "Largo Castro Soromenho" visto da "Rua da Matola") in GOOGLE EARTH
Largo Castro Soromenho - ( 2016 ) - ("Rua Cidade de Tete" à esquerda a entrada para o "Largo Castro Soromenho) in GOOGLE EARTH
Largo Castro Soromenho - (1961) - (Livro de CASTRO SOROMENHO "A MARAVILHOSA VIAGEM" 3.ª Ed. da Editora Arcádia) in LITERATURA COLONIAL PORTUGUESA
Largo Castro Soromenho - (1957) - (Foto do escritor, Jornalista e etnógrafo, tendo afinidades nos seus temas com o neo-realismo) in WIKIPÉDIA
(CONTINUAÇÃO) - RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS - (4.ª SÉRIE) [ II ]
«LARGO CASTRO SOROMENHO ( 2 )»
"CASTRO SOROMENHO" de feitio irrequieto, não se fixou facilmente num só jornal. Assim, foi Redactor do Jornal Literário Brasileiro "DOM CASMURRO" e apareceu nos quadros de "A NOITE", "JORNAL DA TARDE" e "O SÉCULO". No ano de 1948 CASTRO SOROMENHO, ADOLFO CASAIS MONTEIRO e ANTÓNIO FERRO foram os responsáveis pela propaganda eleitoral na Rádio do GENERAL NORTON DE MATOS candidato oposicionista à presidência da REPÚBLICA PORTUGUESA.
No entanto, quando em 1949 voltou a trabalhar no BRASIL, fê-lo já como redactor-correspondente do "DIÁRIO POPULAR".
No RIO DE JANEIRO, acertou com o editor "ARQUIMEDES DE MELO NETO", a constituição de uma editora "SOCIEDADE DE INTERCÂMBIO CULTURAL LUSO-BRASILEIRA" que acabaria por ser dissolvida pelos sócios em 1953.
"CASTRO SOROMENHO" fundou a "EDITORIAL SUL", em sociedade com seu cunhado "RAÚL MENDONÇA", que aparece, nos documentos oficiais, como sendo o responsável pela empresa, pois o escritor sabia que as autoridade portuguesas não permitiam o funcionamento de editora se o seu nome figurasse na sociedade.
Divididas as suas andanças entre o BRASIL e ARGENTINA, em breve regressando a PORTUGAL abandonou então o jornalismo, dominado por outra paixão: a escrita.
Pelo caminho tinha ficado a sua obra de ficcionista e etnógrafo. Deixou obras como: "NHÁRI", "LENDAS NEGRAS" ou "HOMENS SEM CAMINHO" e também "IMAGENS DA CIDADE DE SÃO PAULO DE LUANDA" ou "A MARAVILHOSA VIAGEM DOS EXPLORADORES PORTUGUESES".
"NHÁRI" o seu primeiro livro escrito embora o terceiro a ser publicado, inserido no movimento "neo-realista" português, valeu-lhe uma referência no livro da "HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA" de ANTÓNIO SARAIVA e ÓSCAR LOPES, Editado pela PORTO EDITORA, 17.ª ED. de 1966, pág. 1041. "Pelas suas afinidades com o neo-realismo, embora tematicamente integrado na literatura angolana, a que serviu de precursor, deve-se aqui uma referência que, depois de várias obras de fundo etnográfico e histórico, se salientou pela triologia de romances de ciclo dito de "CAMAXILO" (TERRA MORTA", 1949; "VIRAGEM", 1957; "A CHAGA", 1970), que denunciam a violência Colonial numa típica região do NORTE DE ANGOLA, com a degradação das estruturas gentílicas e através de um processo inumano de que os próprios agentes administrativos de base sofrem, por ressaca, as consequências degradantes".
CASTRO SOROMENHO terá integrado uma rede de conspiração para derrubar o regime Salazarista de 1959 e 1960 e, quando no início de Abril de 1960 apareceu numa praia o cadáver de um dos membros da conspiração - episódio que inspirou "JOSÉ CARDOSO PIRES" no livro "A BALADA DA PRAIA DOS CÃES" - pensou ser um assassinato da PIDE e resolveu exilar-se, pelo que algumas semanas depois quando a PIDE lhe invadiu a residência para prendê-lo, já não o encontrou.
"CASTRO SOROMENHO" esteve exilado em FRANÇA até 1965, onde trabalhou como leitor de português e espanhol,colaborou em revistas, esteve nos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA como professor de LITERATURA PORTUGUESA na UNIVERSIDADE DO WISCONSIN.
Posteriormente, foi viver para o BRASIL onde se dedicou ao estudo da etnografia angolana. Faleceu cedo, tinha apenas 58 anos, no Estado de SÃO PAULO, BRASIL.
(PRÓXIMO)-«43.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL».
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