Rua da Esperança - (actual) Fotógrafo não identificado (Chafariz da Esperança)
Rua da Esperança - (s.d.) Fotografo não identificado (Chafariz da Esperança-Placa) in cidadanialx.blogspot.com
Não fica, por aí os pergaminhos que preenchiam o começo da vetusta RUA DA ESPERANÇA. O Monumento que é "ex-libris" da freguesia de Santos fica ali: O Chafariz uma jóia de pedra, edificada em 1752, segundo o risco de Carlos Mardel, um húngaro de nascimento que muito se distinguiu nas obras de abastecimento de águas a Lisboa e na própria reconstrução da cidade após o terramoto. Grandioso, o chafariz já teve a sua grande utilidade e hoje está um tanto desprezado.
Do outro lado da rua, no quarteirão onde fica a padaria e a Sociedade Guilherme Cossoul, erguiam-se as casas dos Duques de Aveiro, conjunto que constava de residência e Quinta. O Terramoto primeiro e um grande incêndio mais tarde, não deixaram restos da moradia senhorial. Uma inscrição singela assinala o local. Iniciando a subida da rua, poderá ver-se quase à entrada do lado do chafariz, num terceiro andar, uma lápide que reza terem ali reunido, pela última vez antes da proclamação do novo regime, os revolucionários republicanos, em 3 de Outubro de 1910.
Quase logo a seguir abre-se a Travessa do Pasteleiro, um pequeno mundo do tipicismo e de miscigenação, ligado à memória do poeta Domingos Reis Quita. Na Rua da Esperança à esquerda de quem sobe, no número 49, fica actualmente a Junta de Freguesia de Santos-o-Velho, espaço ocupado outrora pelo Convento de Nossa Senhora da Porciúncula, pertencente aos frades Barbadinhos franceses, cujo nome ainda perdura nas escadinhas (chamada de travessa) que liga a rua da Esperança à Calçada Marquês de Abrantes.
Rua da Esperança - (194--) Foto Fernando Martinez Pozal (Chafariz da Esperança) in AFML
(CONTINUAÇÃO)
Rua da Esperança - (Início do século XX) Foto Joshua Benoliel in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
(CONTINUAÇÃO)
Cá fora, no meio do larguinho e em frente do chafariz, existiu, até 1835, um cruzeiro, simples monumento ingénuo e popular, sem a arte patenteada no seu homólogo de Arroios. Foi apeado pela Câmara de então e está hoje no Museu da Cidade.
Não fica, por aí os pergaminhos que preenchiam o começo da vetusta RUA DA ESPERANÇA. O Monumento que é "ex-libris" da freguesia de Santos fica ali: O Chafariz uma jóia de pedra, edificada em 1752, segundo o risco de Carlos Mardel, um húngaro de nascimento que muito se distinguiu nas obras de abastecimento de águas a Lisboa e na própria reconstrução da cidade após o terramoto. Grandioso, o chafariz já teve a sua grande utilidade e hoje está um tanto desprezado.
Do outro lado da rua, no quarteirão onde fica a padaria e a Sociedade Guilherme Cossoul, erguiam-se as casas dos Duques de Aveiro, conjunto que constava de residência e Quinta. O Terramoto primeiro e um grande incêndio mais tarde, não deixaram restos da moradia senhorial. Uma inscrição singela assinala o local. Iniciando a subida da rua, poderá ver-se quase à entrada do lado do chafariz, num terceiro andar, uma lápide que reza terem ali reunido, pela última vez antes da proclamação do novo regime, os revolucionários republicanos, em 3 de Outubro de 1910.
(Muito embora o seu quartel-general estivesse instalado no edifício dos "Banhos de São Paulo" na Rua Nova do Carvalho).
Quase logo a seguir abre-se a Travessa do Pasteleiro, um pequeno mundo do tipicismo e de miscigenação, ligado à memória do poeta Domingos Reis Quita. Na Rua da Esperança à esquerda de quem sobe, no número 49, fica actualmente a Junta de Freguesia de Santos-o-Velho, espaço ocupado outrora pelo Convento de Nossa Senhora da Porciúncula, pertencente aos frades Barbadinhos franceses, cujo nome ainda perdura nas escadinhas (chamada de travessa) que liga a rua da Esperança à Calçada Marquês de Abrantes.
Vieram estes religiosos para Lisboa no tempo de D. João IV, mais exactamente em 1647 e fixaram-se naquele local por cedência de terrenos por parte do Duque de Aveiro - então D. Raimundo - que era proprietário de toda a zona que hoje abrange parte da Calçada Marquês de Abrantes até à actual Avenida de D. Carlos.
Tiveram vida um tanto agitada em Lisboa. De facto, os Barbadinhos (assim chamados porque todos usavam barba comprida) tinham já casa no Brasil, em Pernambuco, e sempre quiseram acumular as duas residências. Mas, por razões políticas, esse desejo não era visto com bons olhos. A facilidade oferecida em Lisboa parece ter tido como objectivo a retirada destes religiosos do Brasil.
(CONTINUA)
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