Praça do Município - (2008) Foto de APS (Paços do Concelho de Lisboa)
Praça do Município - (Ant. a 1910) Fotógrafo não identificado (Postal antigo Edição da Tabacaria Inglesa) in http://www.blogdaruanove.blogs.sapo.pt/
(CONTINUAÇÃO)
Dizem-nos Pastor de Macedo e Norberto de Araújo que «as obras de terraplanagem e demolição das ruínas do Paço Pombalino, as quais quase três anos pejaram a larga área que ia do Terreiro do Paço ao Largo do Pelourinho, haviam começado em 29 de Outubro de 1866, por consequência antes da elaboração e aprovação do projecto de Domingos Parente». E, acrescentam os mesmos autores, que a «15 de Maio de 1867, menos quatro meses passados sobre essa aprovação, (...) iniciaram-se os trabalhos da edificação que, apesar da pressa que algumas vereações denotavam, haviam de durar oito anos até que a Câmara colocasse os pés na sua nova casa». Foi apenas no começo de 1875, que a Câmara se reinstalou no novo edifício, ainda «com a fachada por concluir, envolta por tapumes e armações».
Foi alterado por diversas vezes o plano inicial de «Domingos Parente da Silva», tendo sido o desenho do remate da fachada modificado por decisão do Engenheiro «Ressano Garcia 1847-1910», responsável pelos Serviços Técnicos da Câmara, dando origem ao grande frontão clássico com decoração escultórica da autoria do escultor francês «Anatole Calmels».
No dia 7 de Novembro de 1996 um novo incêndio destruiu os pisos superiores, ficando afectados os tectos e pinturas do primeiro andar.
Praça do Município - (!876) Francisco Rochini (Aspecto da frontaria em construção dos actuais Paços do Concelho) in Casas da Câmara de Lisboa-Engº A. Vieira da Silva
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PRAÇA DO MUNICÍPIO
«O FOGO no EDIFÍCIO da CÂMARA no SÉCULO XIX»
Noite de 19 de Novembro de 1863: um violento incêndio destruiu por completo o Edifício da Câmara Municipal. Transferida no início para o edifício do Governo Civil, instalado no Convento de S. Francisco, e onde permaneceu apenas 28 dias (de 23 de Novembro a 21 de Dezembro), a Câmara instalou-se nas nas «Sete casas»ou «Alfandega das Sete Casas», edifício situado à Ribeira Velha, até à reedificação dos Paços do Concelho.
A edificação do novo edifício esteve a cargo do arquitecto camarário Domingos Parente da Silva, cujas obras só ficaram concluídas aproximadamente no ano de 1880.
Dizem-nos Pastor de Macedo e Norberto de Araújo que «as obras de terraplanagem e demolição das ruínas do Paço Pombalino, as quais quase três anos pejaram a larga área que ia do Terreiro do Paço ao Largo do Pelourinho, haviam começado em 29 de Outubro de 1866, por consequência antes da elaboração e aprovação do projecto de Domingos Parente». E, acrescentam os mesmos autores, que a «15 de Maio de 1867, menos quatro meses passados sobre essa aprovação, (...) iniciaram-se os trabalhos da edificação que, apesar da pressa que algumas vereações denotavam, haviam de durar oito anos até que a Câmara colocasse os pés na sua nova casa». Foi apenas no começo de 1875, que a Câmara se reinstalou no novo edifício, ainda «com a fachada por concluir, envolta por tapumes e armações».
O primeiro serviço Municipal a instalar-se, em Fevereiro de 1875, foi a repartição técnica, no andar superior, então o único habitável.
Foi alterado por diversas vezes o plano inicial de «Domingos Parente da Silva», tendo sido o desenho do remate da fachada modificado por decisão do Engenheiro «Ressano Garcia 1847-1910», responsável pelos Serviços Técnicos da Câmara, dando origem ao grande frontão clássico com decoração escultórica da autoria do escultor francês «Anatole Calmels».
Os interiores estão a cargo do Arquitecto «José Luís Monteiro», tanto na escadaria central como dos portões de ferro forjado lacado.
As obras interiores e exteriores desenvolviam-se, procedia-se às decorações das várias salas do edifício, contando a Câmara com a colaboração de vários artistas entre outros destacamos (Columbano e Malhoa).
As obras interiores e exteriores desenvolviam-se, procedia-se às decorações das várias salas do edifício, contando a Câmara com a colaboração de vários artistas entre outros destacamos (Columbano e Malhoa).
O aspecto Arquitectónico construtivo e decorativo apresenta uma estética de inovação de grande qualidade.
No dia 7 de Novembro de 1996 um novo incêndio destruiu os pisos superiores, ficando afectados os tectos e pinturas do primeiro andar.
BIBLIOGRAFIA
FALCÃO, Picotas, O Município de Lisboa e as Casas da sua Câmara, Lisboa 1902;
MACEDO, Luís Pastor de, e ARAÚJO, Norberto de, Casas da Câmara Municipal de Lisboa, Ed. da CML-Lisboa, 1951;
EDUARDO, Freire de, Elementos para a História do Município de Lisboa.
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