Praça Duque da Terceira - (Post. 1873) Fotógrafo não identificado (Praça já com a estátua do Militar) in AFML
Praça Duque da Terceira - (1867) Fotógrafo não identificado ((Inicio do Aterro da Av. 24 de Julho, a Praça ainda sem a estátua mas arborizada e com calçada à portuguesa) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
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Bairro do século XVI, «CATA-QUE-FARÁS», tornou-se rapidamente num local privilegiado das gentes ligadas às fainas do mar e ao comércio Marítimo.
Praça Duque da Terceira - (Início do século XX) Autor não identificado (Monumento ao Duque da Terceira)
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PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA
«CATA-QUE-FARÁS»
O «BAIRRO DOS REMOLARES», cuja feição urbana remonta ao início do século XVI, era completamente diferente do que é hoje: um conjunto de estreitas ruas mais ou menos paralelas e orientadas perpendicularmente ao rio Tejo, entre o que foi o grande Palácio dos Corte Real e o Largo de S. Paulo.
Os quarteirões construídos na antiquíssima praia de «CATA-QUE-FARÁS», directamente sobre areais formados pelo assoreamento do Tejo, constituíam-se como um prolongamento do porto de Lisboa e da então recente Ribeira das Naus.
As propriedades da coroa que ficavam fora das muralhas da cidade são doadas por D. Manuel I a grandes armadores e comerciantes, muitas vezes estrangeiros, principalmente financiadores das suas expedições marítimas e suporte dum império que se alargava pelas "Áfricas", "Américas" e "Índias".
Bairro do século XVI, «CATA-QUE-FARÁS», tornou-se rapidamente num local privilegiado das gentes ligadas às fainas do mar e ao comércio Marítimo.
No livro de Lançamento (...) «da cidade de Lisboa de 1565 aqui vemos morarem, além de ricos comerciantes portugueses, italianos, flamengos, ingleses e franceses, capitães de naus, pilotos de carreira, a par de pequenos artífices e marinheiros».
No século XVI «CATA-QUE-FARÁS», ainda na primeira metade do século XVII «REMOLARES», «CAIS DO SODRÉ» depois do terramoto, «PRAÇA DO DUQUE DA TERCEIRA» entre 1845 e 1849. A zona será durante séculos, o lugar de quem chega e parte, o ponto de habitual reunião de estrangeiros e marítimos, maraus, moços de saco e outros, segundo o cronista Baltazar Teles.
Muito mais tarde, em 1862 um oficial inglês autor de uma descrição de Lisboa, escreve «o sítio do Cais do Sodré é um lugar de encontro ao fim da tarde dos mercadores de todas as nações, judeus, turcos e cristãos ali se vêm em chusma a falar de negócios».
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