Praça Duque da Terceira - (1888) Fotógrafo não identificado (Praça dos Remolares e Grand Hotel Central) in AFML
Praça Duque da Terceira - (187-) Fotógrafo não identificado (Relógio de Sol na Praça dos Remolares) in AFML
O Povo dá a toda aquela área entre a Praça Duque da Terceira e a beira Tejo, a denominação de Cais do Sodré.
Praça Duque da Terceira - (Desenho de Nogueira da Silva - gravura de madeira de Coelho) (Praça dos Remolares) Foto de Eduardo Portugal(1944) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
A PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA pertence à freguesia de S. Paulo. Fica entre a Avenida 24 de Julho, Largo do Cais do Sodré, Rua do Alecrim, Rua Bernardino Costa, Rua do Cais do Sodré (hoje algumas vezes designada por Avenida da Ribeira das Naus) e Rua dos Remolares.
O Povo dá a toda aquela área entre a Praça Duque da Terceira e a beira Tejo, a denominação de Cais do Sodré.
Na realidade este sítio era chamado de «REMOLARES» e só em finais do século XIX é atribuído o nome a esta Praça depois de aterros ali efectuados.
Hoje podemos separar exactamente a «PRAÇA DUQUE DA TERCEIRA» do «CAIS DO SODRÉ», porque como artéria ela é representada entre o Largo do Corpo Santo e termina na Praça Duque da Terceira.
Já nos referimos noutra altura ao «CAIS DO SODRÉ». hoje vamos ocupar-nos da área envolvente à Praça.
Em memória ao Duque da Terceira, que nas guerras liberais comandou as tropas constitucionais, tem uma estátua, obra do escultor José Simões de Almeida, sendo o risco da autoria de José António Gaspar, colocada no centro da Praça entre 1872 e 1877.
A seguir ao terramoto de 1755, a zona foi reconstruída com novo desenho urbano, os «SODRÉS» habitaram esta área largos anos num grande edifício pombalino do lado nascente da Praça, que na época era referenciada como a nova praça pombalina por «PRAÇA DOS REMOLARES».
Esta toponímia resulta directamente dum largo que tinha existido aí e que pela sua centralidade e importância no século XVII passou a referenciar também a área como Bairro dos Remolares.
A palavra «REMOLARES» está ligada à construção e reparo das Caravelas, na época dos Descobrimentos.
«REMOLARES» significara no século XVI os carpinteiros especializados na construção ou manufacturarão de apetrechos navais, designadamente de «remos».
Sabe-se que esta Praça foi empedrada em 1849, embora já houvesse ideia para aquele local desde o imediato pós-terramoto. Ao centro da pracinha existiu, até 1872, um «RELÓGIO DE SOL», assente sobre um pedestal. Chamava-lhe o eterno humorista lisboeta, «O MERIDIANO DOS REMOLARES», numa alusão à função do relógio e ao sítio vizinho dos Remolares, que ainda conserva o nome.
(CONTINUA)
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