sábado, 4 de maio de 2013

RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ]

 Rua de dona Estefânia - (2012) (Entrada da "Academia Militar" na parte Norte do "Palácio da Bemposta", no início da "Rua de dona Estefânia" lado Sul) in GOOGLE EARTH
 Rua de dona Estefânia - (2012) (A "Academia Militar" no "Palácio da Bemposta" com uma entrada pela "Rua de dona Estefânia") in GOOGLE EARTH 
 Rua de dona Estefânia - (2010) (Terrenos da "Quinta da Bemposta" do antigo "Palácio da Bemposta" ou "Paço da Rainha", hoje campos de treino da "Academia Militar" in MÁRIO MARZAGRÃO ALFACINHA
 Rua de dona Estefânia - (1960) (Palácio da Bemposta - "Academia Militar". Painel de azulejos com cenas militares na parede do átrio, autor da obra "Jorge Colaço" datados de 1918) in AFML
Rua de dona Estefânia - (entre 1938 a 1959) Foto de Augusto Bobone (A "Escola do Exército" no "Palácio da Bemposta" no "Largo do Paço da Rainha" in  AFML 

(CONTINUAÇÃO) - RUA DE DONA ESTEFÂNIA [ XXI ]

«A ACADEMIA MILITAR ( 2 )»

O segundo período vai de 1863 a 1890. "SÁ DA BANDEIRA" tinha sido nomeado seu director em 1851, manteve-se no cargo até 1863, e passou a "Comandante" até à sua morte, em 1876, salvo nos períodos em que desempenhou as funções de "Ministro" ou "Secretário de Estado".
Em 1860 quando Ministro, efectuou nessa qualidade a reorganização da "ESCOLA DO EXÉRCITO", que a prestigiou, embora acabando por não poder acompanhar os rápidos progressos da ciência e da técnica militar então percorridos.
No terceiro período, de 1890 a 1910, procedeu-se em 1891 a nova reorganização, pretendendo elevar o nível cientifico dos candidatos a oficiais.
Passou a existir mais cursos de "Administração Militar", e o "Corpo de Alunos", incorporando todos os alunos militares a funcionar nela o internato a partir de 1901. Nesse mesmo ano foi levantada na antiga cerca do "PAÇO DA RAINHA" as edificações necessárias, cujas obras estiveram a cargo do Engº RENATO BAPTISTA.
Com a implantação da REPÚBLICA, o nome da "ESCOLA DO EXÉRCITO" mudou para "ESCOLA DE GUERRA".
Foi profunda a remodelação, devido ao aparecimento no Exército, de oficiais milicianos e à necessidade de preparar os de carreira para bem os enquadrarem e lhes servirem de exemplo, suprimindo-se o curso de "Engenharia Civil", por se ter criado em LISBOA o "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO" e dividindo-se o curso de ARTILHARIA nos de "ARTILHARIA DE CAMPANHA" e "ARTILHARIA A PÉ".
Durante este período houve necessidade em 1916, com a entrada de PORTUGAL na 1.ª Grande Guerra Mundial (1914-1918), da reorganização de cursos reduzidos, com a duração de cinco meses de frequência efectiva e um mês para exames. A população escolar chegou a ser superior a setecentos alunos, esforço extraordinário só possível à notável acção de comando do General «JOSÉ ESTÊVÃO DE MORAIS SARMENTO". Findo o conflito, a "ESCOLA DE GUERRA" mudou de nome mais uma vez, chamando-se «ESCOLA MILITAR» de 1919 a 1938.
Aumentou a duração dos cursos para melhor se efectuar a educação militar dos alunos.
Pela reorganização de 25 de Outubro de 1926 o curso de "Estado-Maior", em vez de ministrado na "Escola Militar", passou a sê-lo na "ESCOLA CENTRAL DE OFICIAIS", então criada e acabou a existência de dois cursos de ARTILHARIA, embora um complementar, para permitir a alguns artilheiros a obtenção do diploma de engenheiro fabril.
O Decreto-Lei nº 30874, de Novembro de 1940, reorganizou a "ESCOLA MILITAR", novamente designada "ESCOLA DO EXÉRCITO". Foi criada, pela primeira vez o curso de "AERONÁUTICA", e parte do curso de "ENGENHARIA MILITAR".
Pela primeira vez também puderam ser admitidos à matricula sargentos do quadro permanente, com menos de 27 anos, que mais se distinguissem. Por Decreto-Lei nº.35 189, de 24 de Novº de 1945, foi autorizado também o ingresso aos oficiais milicianos com prolongamento permanente nas fileiras e revelada vocação militar.
Os cursos preparatórios foram integrados nos planos de ensino da "ACADEMIA MILITAR", criaram-se novos cursos, como o de "TRANSMISSÕES" para o Exército, o de Engenharia Aeronáutica para a Força Aérea e o de Engenharia Mecânica para o Exército e eventualmente para a Força Aérea, sendo eliminado o curso complementar de Artilharia.
Para a execução desta  reforma, além do "PALÁCIO DA BEMPOSTA", a «ACADEMIA MILITAR» necessitou de dispor também do aquartelamento do «ANTIGO BATALHÃO DE ENGENHOS» na AMADORA, onde passaram a funcionar os cursos preparatórios e o 1º. ano do CURSO GERAL DAS ARMAS. Nestas bases funcionou a "ACADEMIA MILITAR" até ao 25 de Abril de 1974. Actualmente a «ACADEMIA MILITAR» da "QUINTA DA BEMPOSTA" é comandada por um oficial general, estando directamente dependente do "CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO".      [ FINAL ]

BIBLIOGRAFIA

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ATLAS da Carta Topográfica de Lisboa- sob a Direcção de Filipe Folque:1856-1858-CML
DIÁRIO ILUSTRADO - Ed. de 25 de Julho de 1877
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FACTOS E FIGURAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL-Coord. Mafalda P.Almeida-1998-Lx.
HOSPITAIS Civis de Lisboa-Hist. do Azulejo(Veloso, A.J.Barros)-Col. Hist. Arte-1996-Lx.
LISBOA-Rev. Municipal Nº 17-1986 Ed. CML-Repartição de Acção Cultural- Lisboa
MARTINS, Rocha-Lisboa de Ontem e de Hoje-Ed. ENP-1945 - Lisboa
NOBREZA de Port. e do Brasil-A.Zuquete-Ed.Enciclopédia -1960 Lisboa
OLHARES DE PEDRA-Estátuas Portuguesas-Ed.João F. Mendes - 2004 - Lisboa
SARAIVA, José Antº. - O Palácio de Belém. Ed. Inquérito - 1985 - Lisboa
VIDAL, Angelina - Lisboa Antiga e Lisboa Moderna- Vega-2ª. Ed. 1994 - Lisboa

INTERNET



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